Alemanha 0 - Espanha 1
Quarenta e quatro anos depois, a Espanha volta ao estatuto de Campeã da Europa, após bater, na final, a Alemanha, por uma a zero.
Mereceram, com certeza, os espanhóis que, após os primeiros quinze minutos do jogo dominados pela selecção alemã, conseguiram dar a volta e impor a sua maneira de jogar, envolvente e desconcertante.
Os alemães acusaram esta mudança radical e, aos 33 minutos, o génio de Fernando Torres, verdadeiramente incansável, cheio de garra e que já tinha ameaçado com uma bola à barra da baliza adversária, foi decisivo para levar a melhor sobre a defesa alemã e picar a bola por cima do guarda-redes Lehmann.
A segunda parte do jogo foi, quase, uma fotocópia dos primeiros 45 minutos, com os alemães a pressionarem durante o primeiro quarto de hora para, depois, levarem com verdadeira lição de futebol, administrada por uma equipa extremamente coesa e batalhadora, onde não houve lugar a vedetismos absurdos.
O seleccionador Luís Aragonés, que abandonou o cargo após este torneio, sai com um merecido título no bucho, fazendo lembrar, a nós, portugas, o que devia ter acontecido com Scolari e com a selecção nacional.
A nossa selecção não soube aproveitar e, à semelhança de outras andanças mundanas, onde os espanhóis vão entrando cá no burgo, também no futebol se viu a diferença.
Depois de termos sido eliminados, precisamente, pela Alemanha, valha-nos o sabor, algo amargo para muitos, da vingança Ibérica que “nuestros hermanos”, sabiamente, nos proporcionaram.
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