sexta-feira, 28 de março de 2008

Semi adopção

Se uma criança é entregue para adopção ou se está em risco, e, neste caso, enquadrada numa instituição, assume-se que qualquer coisa correu mal no seio da família biológica.

Actualmente, pelos vistos, existem duas formas de lidar com estas coisas da adopção, a família de acolhimento e a adopção plena, sendo que a família de acolhimento pretende ser uma medida de protecção transitória, enquanto a situação da criança não está resolvida, sem, no entanto, visar a adopção plena.

Ora, segundo parece, as novas medidas, que serão apresentadas brevemente, pretendem criar uma família de acolhimento duradoura, na qual a criança possa ser inserida de forma estável, mas sem romper definitivamente os laços afectivos com a família biológica, a não ser que se demonstre que tal venha a ser realmente necessário.

Ou seja, o abrigo destas novas regras, uma criança poderá ser integrada numa nova família, que terá direitos de tutela, mas continua, por exemplo, a fazer visitas sociais aos pais biológicos.

Um dos resultados pretendidos prende-se com a necessidade de resolver a situação em que se encontram cerca de doze mil crianças institucionalizadas, das quais uma grande parte sem a sua situação jurídica resolvida, para que se possa avançar com um processo de adopção plena, nomeadamente por falta de consentimento dos pais biológicos.

Há coisas que me escapam…

Então tira-se a criança aos pais biológicos, por problemas familiares de diversas ordens, e estes continuam a mandar no destino da cria?

E, se o objectivo final é a adopção, então não se considera a família de acolhimento como principal candidata a esse objectivo, em vez de ser uma forma de transição?

E tem alguma lógica estragar o, potencialmente, bom “trabalho” que a família de acolhimento vai desenvolvendo, com vista ao bem-estar da criança, com as tais visitas sociais aos pais biológicos, que provocarão, com certeza, uma instabilidade emocional na criança que se pretende proteger?

Diz o Presidente do Observatório da Adopção, Guilherme Oliveira, que a adopção restrita, que já existe e tem parecenças com as novas medidas a apresentar, "é algo que não pegou, talvez por ser demasiado parecida com a adopção plena e pela circunstância de os candidatos a pais adoptivos manifestarem algumas reservas em dividir as crianças com os pais biológicos".

Pois com certeza que manifestam reservas e, o mais certo, com toda a razão!

Se querem pensar nas crianças, na sua estabilidade emocional e sanidade mental, então pensem como é que elas se devem sentir ao privarem com uma família durante certo período de tempo, enquanto, provavelmente, continuam a ver os pais biológicos, para, findo o prazo do acolhimento ou adaptação, se assim lhe quiserem chamar, aparecer uma outra família candidata à adopção plena, porque a primeira foi só de transição.

No meio disto, há milhares de famílias, ansiosas e cheias de vontade, à espera, durante anos a fio, por uma oportunidade para poder adoptar, plenamente, uma criança.

Agradecimentos

Não é todos os dias que se vê o nosso próprio blog ser considerado “O Blog” e inserido num leque de outros espaços que gozam, desde há algum tempo a esta parte, de merecida reputação.

Ao blog O Viseu, os meus agradecimentos por ter brindado o Sempre a Produzir com semelhante distinção.

Mudanças em Cuba

Até agora, só a populaça estrangeira e a populaça que trabalha para organismos oficiais é que estavam autorizados a ter telemóvel, ainda que alguns comuns cidadãos andassem a adquirir estes aparelhos usando o nome de amizades fora das fronteiras.

Com vista ao desenvolvimento da conectividade e novos serviços, Raul Castro decidiu autorizar a restante populaça a ter telefone móvel, numa atitude clara dum certo rompimento com o passado recente.

quinta-feira, 27 de março de 2008

"Grávido"

De acordo com a revista americana The Advocate, que, através da pesquisa cibernauta, constatei ser direccionada para paneleiros, lésbicas e afins, anda por aí um “gajo” com um barrigão levado da breca devido a estar “grávido” de cinco meses.

Algures no artigo, o “gajo” tem a veleidade, estupidamente ridícula e anormal, de questionar a sociedade, vulgo a populaça mundial, sobre o que é que é considerado normal.

Abro um parêntesis para informar a populaça assídua neste espaço que, caso ainda não saibam, a linguagem usada no Sempre a Produzir tende a ser uma linguagem recatada, de modo a não ferir susceptibilidades, ainda que, por vezes, me apeteça chamar as coisas pelos devidos nomes.

Por exemplo, penso que é mais agradável para o leitor ler “o pénis que fecunde esta bosta” do que ler “o caralho que foda esta merda”, e fecho o parêntesis.

Na entrevista que deu à tal revista, o “gajo” diz que querer ter um filho biológico não é um desejo feminino ou masculino mas, sim, um desejo humano.

Como pai, não posso estar mais de acordo com o “gajo”, porque, na minha condição de humano, desejei muito a pequena cria que gerámos, e trouxemos a este mundo de loucos, e entendo, perfeitamente, o sentimento de quem quer produzir uma nova vida.

Acontece que, nestas coisas de paneleiragem, fufalhada e gente que muda de sexo, o que é normal para semelhantes criaturas não é normal para o resto, diga-se a larga maioria, da populaça do burgo mundial.

O que é normal é a bem conhecida reprodução, a bem dizer o acto sexual durante o qual o macho fecunda a fêmea, dando lugar, se tudo correr bem, a uma ou mais crias.

É assim, aliás, com a raça humana bem como com o resto do mundo animal, como, por exemplo, os leões, raça em que a prática usual é um macho fecundar várias fêmeas, não se tendo nunca ouvido falar duma leoa que tenha ido a um banco de esperma, algures no meio da savana, para se foder a ela mesma só porque não gosta de pilas.

Que seja do meu conhecimento, só há um caso na natureza em que é o macho a dar à luz, e esse caso é o cavalo-marinho.

Esta circunstância é, no entanto, algo natural, porque a própria natureza os engendrou assim e não tiveram que andar a sujeitar-se a operações nem a tratamentos para conseguir semelhante façanha.

No caso do “grávido”, estamos a considerar duas “mulheres”, sendo que uma delas decide submeter-se a uma série de tratamentos, essencialmente químicos, suponho eu, para ficar sem mamas, algo tão belo e puro no corpo duma mulher, e para mudar de sexo, conservando, no entanto, os seus órgãos reprodutores.

Ou seja, se bem entendo o que li na notícia, conseguiu ter barba, pêlos no peito e arranjar um caralho para enfiar dentro da outra, mas nada de esperma.

Ora, como a outra não pode ter filhos, devido a uma qualquer complicação que teve há uns anos atrás, o “gajo” decide dar uso aos órgãos reprodutores que manteve e toca de ir a um banco de esperma para pôr aquilo tudo a funcionar.

Ainda que eu não esteja de acordo que casais do mesmo sexo o façam, para o futuro bem psicológico da criança, não seria melhor, mais simples e, porque não, mais aceitável aos olhos da sociedade normal adoptar uma cria?

Ficam, ainda, mais alguns pormenores para considerar, como, por exemplo, como é que a gaja que é gajo mas que quer ter o papel de mulher em vez de homem, pelo menos na hora de dar à luz, vai amamentar a pequena cria, uma vez que as mamas foram desta para melhor…

Obviamente que o parto terá que ser por cesariana, mas, daqui a alguns anos, como é que a gaja que é gajo vai dizer à criança que saiu da barriga do gajo que era gaja mas que tinha um pénis em vez duma vagina?

O que leva a ponderar sobre quem é que será o verdadeiro pai da criatura, uma vez que a mulher que não pode ter filhos não produz esperma, por razões óbvias, e o gajo que era gaja não pôde ser fodido por nenhum macho conhecido, de modo a iniciar o processo de reprodução, por ter uma pila acoplada ao seu próprio aparelho reprodutor feminino, tendo que recorrer a um banco de esperma e levar com uma injecção de fluido fecundante dum anónimo qualquer.

Foda-se! Complicação do caralho, bem condizente com o fim do mundo em cuecas!

quarta-feira, 26 de março de 2008

Um docinho

As eleições de 2009 ainda estão longe, mas o Sr. Sócrates deve ter pensado que, depois de tanta bosta, é conveniente começar, desde já, a distribuir uns rebuçados à populaça.

Primeiro rebuçado… A redução do IVA de 21 para vinte por cento, a partir de Julho.

Tropeçou e morreu

O principal suspeito da morte da menina espanhola encontrada a boiar no rio Huelva, 54 dias depois de ter desaparecido, era vizinho dos pais da cria, tem antecedentes criminais por pedofilia, estando, inclusive, impedido de se aproximar das próprias filhas, e desapareceu a seguir ao desaparecimento da criança.

Mas deve ser, de acordo com a sua própria, e egocêntrica, opinião, um gajo porreiro, porque a miúda até estava com ele por vontade própria e a sua morte foi um mero acidente.

É o chamado azar dos Távoras, já que a desgraçada da criatura escorregou numa pedra da calçada ou numa casca de banana, bateu com a moleirinha no chão e foi desta para melhor, o que, considerando que a catraia estava, repito, com ele de livre vontade, nos leva a estar perante um daqueles casos típicos de quem está no local certo, mas à hora errada.

Vai na volta, ainda vai pôr as culpas na miúda e acusá-la de ter feito o que fez para montar uma cabala à volta do seu bom e limpo nome.

Viaturas indianas de luxo

Estava eu a pensar comprar uma carripana nova e toma lá com a novidade de que a Jaguar e a Land Rover foram vendidas à Tata, uma construtora indiana de automóveis baratos.

Ainda que a marca já tenha assegurado que vai manter a herança, a competitividade e ambas as identidades intactas, desisto da compra da carrinha X-Type para as voltas familiares diárias e do Discovery para os passeios de fim-de-semana.

Momento lúdico VI

Dois velhotes mantêm uma amena conversa no asilo onde se encontram a viver:

- Ó Macedo - diz um dos velhotes - eu tenho 83 anos e estou cheio de dores e problemas.
Diz-me lá tu, que tens, mais ou menos, a mesma idade que eu, como é que te sentes?


- Pois sinto-me como um recém-nascido, meu querido Asdrúbal.

- Como um recém-nascido?!

- Exactamente… Sem cabelo, sem dentes e acho que acabei de mijar nas calças.

terça-feira, 25 de março de 2008

A galinha e o ovo

Valter Lemos, o Secretário de Estado da Educação, diz que os casos de violência escolar conhecidos cá no burgo resultam de factores externos aos estabelecimentos de ensino.

Em parte, posso até concordar com o Sr. Secretário de Estado mas ressalvo que, tendo em conta que a jovem populaça estudantil passa mais tempo nas escolas do que em casa com os progenitores, supostamente os verdadeiros educadores, o ambiente caseiro também se pode queixar dos factores externos que entram pela porta de casa adentro, o que vai provocar uma espiral sem fim.

É, no fundo, a eterna questão de quem apareceu primeiro, a galinha ou o ovo?

Quem controla o burgo

De acordo com um estudo divulgado pelo Eurostat, quase metade da riqueza gerada no sector não financeiro cá do burgo é controlada por grupos com sede em Espanha (16,8%), Alemanha (15,7%) e Holanda (14,6).

Famílias no “red-line”

O Diário Económico de hoje avança com uma estimativa, que, pelos vistos, será divulgada, oficialmente, em breve, de cerca de cem mil famílias cá do burgo que se encontram em situação de séria dificuldade financeira, ou seja, famílias que têm graves problemas para conseguir pagar os empréstimos contraídos, sejam eles para o consumo ou para a aquisição de uma habitação.

Ainda segundo este jornal, o estudo conjunto do Gabinete de Orientação ao Endividamento dos Consumidores e da Direcção-Geral do Consumidor traz, uma vez mais, à tona a triste realidade que os dados oficiais, relativos ao crédito malparado, continuam sem evidenciar e que o incumprimento bancário está a aumentar, afectando já, tendo como base as tais 100 mil famílias, quase 3% do total das famílias portuguesas.

Infelizmente, quer-me parecer que a situação só tende a agravar e muitas serão as famílias que passarão do “red-line” a um buraco muito negro.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Lido noutros blogs

- Contentamento descontente, no Bar do Moe, nº 133
- E a cor da lingerie da noiva, não interessa?, no Incontinentes Verbais
- Na cama com … o Estado, no Lóbi

O Bom da Fita

Quem conhece, sabe que é raro apanhar-me a ver futebol mas, no passado Sábado, confesso que vi os momentos finais da final da Taça da Liga e a lotaria dos penáltis.

Lotaria, salvo seja, porque o tal Eduardo, guarda-redes do Vitória de Setúbal, demonstrou, com três gloriosas defesas, que essa coisa dos pontapés da marca de grande penalidade não é só sorte.

Fórmula Um 2008 - II

GRANDE PRÉMIO DA MALÁSIA

23 de Março de 2008


2008 FORMULA 1 PETRONAS MALAYSIAN GRAND PRIX

Circuito de Kuala Lumpur - 5 quilómetros e 543 metros
Recorde de Melhor Volta - JP Montoya, em 2004, com o tempo de 1:34.223


Resultados

1º - Kimi Räikkönen
2º - Robert Kubica
3º - Heikki Kovalainen

Volta mais rápida - Nick Heidfeld com o tempo de 1:35.366

Campeonato Pilotos

1º - Lewis Hamilton - 14 pontos
2º - Kimi Räikkönen - 11 pontos
3º - Nick Heidfeld - 11 pontos

Campeonato Construtores

1º - Mclaren Mercedes- 24 pontos
2º - BMW Sauber - 19 pontos
3º - Ferrari - 11 pontos

Depois do pesadelo australiano, a Ferrari voltou aos bons resultados na Malásia, com o actual campeão do mundo a impor-se à demais concorrência.

O domínio dos bólides italianos começou, desde logo, nas qualificações, com a Ferrari a conseguir as duas primeiras posições da grelha de partida, facto que só não consumou no final da prova devido a um erro de Felipe Massa que o levou a fazer um peão e a ficar fora da corrida.

Quanto aos McLaren, e depois de terem sido penalizados com cinco lugares na grelha, devido a circularem a baixa velocidade durante a qualificação e terem interferido nas voltas lançadas de outros pilotos, Kovalainen conseguiu salvar a honra do convento, ao subir ao lugar mais baixo do pódio.

O segundo lugar de Robert Kubica, permitiu à BMW Sauber manter o segundo lugar no campeonato de construtores, ainda que não se adivinhe que a marca se consiga intrometer no que se espera seja uma reedição dos duelos da época passada, nomeadamente entre Räikkönen e Hamilton e entre Ferraris e McLarens.

Próximo Grande Prémio a 06 de Abril no Bahrain.

Mais informações aqui.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Acordo ortográfico

Num dos matutinos gratuitos que são distribuídos na zona da grande Lisboa, aparece uma notícia sobre o Acordo Ortográfico e a opinião do ministro Pinto Ribeiro, que diz que o acordo é uma necessidade para a expansão da língua cá do burgo.

Em primeiro lugar, ficam-me sérias dúvidas sobre esta expansão porque não vejo para onde poderemos expandir mais do que já expandimos, mesmo linguisticamente falando.

Depois, temos que ter em consideração que o Português, o verdadeiro Português e não o Português cheio de sotaque e estrangeirismos, é falado por pouco mais de dez milhões e começa a ser cada vez mais raro, fruto da invasão, ou, se quisermos, da tal expansão que o ministro tanto deseja, do "português" vindo de além fronteiras.

O que vai, sem dúvida, acontecer é que a pureza da nossa língua vai desaparecer e ser aglutinada por uma mescla impressionante de regras e palavras vindas dos outros locais, onde se fala alguma coisa parecida.

Deixo dois pequenos exemplos:

Hoje, num estabelecimento comercial perto do escritório, fui atendido por um cidadão, provavelmente português por via da naturalização, que se exprime com sotaque brasileiro.

Ao pagar um euro e meio com uma nota de dez euros, fui surpreendido com a pergunta “O senhor não tem troco mais menor, não?

Acredito que muitos dos leitores do Sempre a Produzir pensem da mesma maneira que eu, ou seja, é melhor fingir que nem percebemos e nem vale a pena dizer seja o que for.

O outro exemplo prende-se com este espaço, onde o autor não é nenhum especialista na matéria mas tenta, dentro dos conhecimentos que tem, escrever duma forma clara, sem erros ortográficos e de acordo com as regras básicas da gramática cá do burgo.

Ora, num post já algo longínquo, apareceu um comentário que diz, e passo a citar, “para de fica escrevendo besteira na internete e vai fase algo que preste”.

Posso, até, dar o benefício da dúvida e considerar que o anónimo anormal, que escreveu semelhante aberração, pode ter razão ao querer referir-se ao conteúdo do artigo publicado ou, até mesmo, ao conteúdo do Sempre a Produzir.

Não posso, no entanto, estar de acordo que o referido anónimo anormal se aproveite do meu espaço para impingir à populaça um tipo de linguagem mal parida, parecida ao que é o bom Português.

Penso, caro anónimo, que o que o senhor, ou senhora, queria escrever era qualquer coisa parecida a “Pára de ficar escrevendo besteira na internete e vai fazer algo que preste.

Como pode constatar, uma frase começa com letra maiúscula, “pára”, do verbo parar, leva acento e o verbo fazer escreve-se com “z”, e não com “s”, até mesmo no “português” escrito e falado lá por terras do outro lado do Oceano Atlântico.

Além disso, “besteira” é um termo que não existe em Português.

Em Português minimamente correcto, deveria ter escrito qualquer coisa como “Pára de escrever estupidezes na Internet e vai fazer algo que valha a pena.

Fica, ainda, um meu pedido, que, estou certo, reunirá inúmeros apoiantes:

Escreva, meu caro anónimo, uma pequena missiva ao Ministro da Cultura deste nosso cantinho à beira mar plantado sobre um qualquer assunto, que até pode ser para denunciar algumas das parvoíces que aparecem neste blog, mas escreva no seu belo “português”.

Pode ser que, dessa forma, o ministro e o executivo, em geral, percebam que esta história do acordo ortográfico é mais uma balela que não interessa nem ao Menino Jesus e que mais vale fazer um esforço para melhorar o nível de Português falado cá no burgo.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Não vou trabalhar

Muita da populaça cá do burgo passa a vida a queixar-se da porcaria de emprego que tem, dos parcos salários e, em muitos casos, da falta de emprego, propriamente dita.

Como em tudo, há sempre a excepção à regra e gente há, por este país fora, que tendo um emprego, que tanta falta faz a outros, tudo faz para o perder, como é o caso dum tresloucado de Guimarães (tresloucado, sim, porque doidivanas é pouco) que, só porque não lhe apetecia ir trabalhar, decidiu imolar-se pelo fogo.

Ao estorricado deixo os meus votos de rápida recuperação e o conselho de que prescinda de pôr semelhante habilitação técnica no seu curriculum vitae, já que tal causará, sem dúvida, uma péssima impressão junto de potenciais futuros empregadores.

Demissão

Dizem as notícias que o Dalai Lama se reuniu com grupos radicais tibetanos, quando começam a chover críticas à sua actuação e após ter ameaçado demitir-se da função de líder espiritual, caso a escalada de violência se agrave no Tibete.

Radicais? Demissão? Ameaça?

Há qualquer coisa nestas palavras que não encaixa com a imagem do que é um líder espiritual…

Dia do Pai

Isto é um bocado da praxe, porque Dia do Pai é todos os dias, para quem é pai, obviamente.

Em todo o caso, um abraço de felicidades a todos os pais que visitam este espaço produtor e um abraço especial, acompanhado da inevitável beijoca, para o Gonçalves Sénior, senhor meu pai.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Lido noutros blogs

- E se o continente tivesse tido um?, no 31 da Armada
- A Páscoa é quando o sindicato quiser, no Po Caralho Pah
- Um povo sem país, n’O País do Burro

Agradecimentos

Aos meus agradecimentos ao blog Dias Imorais, pelo link feito ao Sempre a Produzir, junto os meus votos de boa sorte para o recém criado espaço.

Três décadas

Alberto João Jardim cumpre, hoje, 30 anos à frente do Governo Regional da Madeira e dos destinos da ilha.

Há quem lhe chame ditador e que diga que se trata de abuso de poder; há quem goste da maneira de ser de Jardim e há quem diga que é um prepotente malcriado.

Uma coisa é certa… Nestes 30 anos, a Madeira sofreu uma transformação radical e só os Madeirenses poderão opinar, de forma fiel, sobre a actuação de tão carismático governante.

Fórmula Um 2008 - I

GRANDE PRÉMIO DA AUSTRÁLIA

16 de Março de 2008


2008 FORMULA 1 ING AUSTRALIAN GRAND PRIX

Circuito de Melbourne - 5 quilómetros e 303 metros
Recorde de Melhor Volta - M Schumacher, em 2004, com o tempo de 1:24.125

Resultados

1º - Lewis Hamilton
2º - Nick Heidfeld
3º - Nico Rosberg

Volta Mais Rápida - Heikki Kovalainen, com o tempo de 1:27.418

Campeonato Pilotos

1º - Lewis Hamilton - 10 pontos
2º - Nick Heidfeld - 8 pontos
3º - Nico Rosberg - 6 pontos

Campeonato Construtores

1º - Mclaren Mercedes- 14 pontos
2º - Williams Toyota - 9 pontos
3º - BMW - 8 pontos

Veni, vidi, vici!

A célebre frase do Imperador Romano Júlio César, traduzida para “cheguei, vi e venci”, no bom português cá do burgo, pode bem ser o espelho do que vai na alminha do jovem piloto Lewis Halmilton, após uma corrida sem erros e a vitória conseguida na primeira prova de 2008.

Depois de na época passada, a sua época de estreia na Fórmula Um, ter ficado a um mísero ponto do primeiro lugar no campeonato, Hamilton abriu a temporada mostrando aos restantes concorrentes e equipas, e à populaça em geral, que não é um fenómeno passageiro e temporário, a quem a sorte teria, eventualmente, sorrido na passada época, e que se assume, desde logo, como potencial candidato ao título na presente temporada.

Numa corrida marcada por inúmeros acidentes, erros e desistências, algumas das quais se ficaram a dever, possivelmente, às novas regras da F1 e ao facto dos pilotos terem que passar a mostrar os seus verdadeiros dotes de condução, já que acabou-se a “mama” do sofisticado controlo de estabilidade e tracção, que ajudavam, electronicamente, à condução em corrida, o piloto da McLaren-Mercedes soube tirar partido e, sobretudo, gerir, o facto de ter partido da primeira posição da grelha de partida, ainda que a corrida tenha sido interrompida, e, consequentemente, obrigado ao reagrupamento do pelotão, por três vezes.

Nota positiva para a excelente prova de Nick Heidfeld e do jovem Nico Rosberg que, dentro do possível, conseguiram acompanhar Hamilton na fuga à hecatombe australiana.

Nota negativa para os Ferraris, que viram frustradas todas as expectativas que tinham para esta prova de abertura do campeonato, e para Rubens Barrichello, que deitou muito a perder à custa dum erro crasso e ingénuo, nada condizente com o estatuto de piloto experiente e veterano que detém.

Continuando com o latim de César… “Alea jacta est”, ou seja, “a sorte está lançada”, ou, no caso da temporada 2008 de Fórmula Um, os dados estão lançados e que vença o melhor.

Próximo Grande Prémio a 23 de Março na Malásia.

Mais informações aqui.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Proibição II

Alguns deputados, afectos ao partido do executivo, estão deveras preocupados com o visual das gerações futuras cá do burgo, o que, confesso, acho muito bem, ainda que pense que há muitas outras coisas muito mais importantes com as quais se deveriam preocupar.

Em causa estão os, tão em voga, piercings, bem como as tatuagens, que, digo eu, poderão deitar por terra as aspirações dum, por exemplo, futuro deputado.

Ainda que possam (e existem, com certeza, casos assim) ser muito bem intencionados, educados, determinados e sérios, que credibilidade é que merece à populaça um qualquer deputado, advogado ou médico cheio de buracos tapados com brincos, alfinetes de dama ou qualquer outro artefacto semelhante?

Deve ter sido a pensar, minimamente, neste tipo de situações que os deputados entregaram, no Parlamento, um projecto de lei que regula o funcionamento dos estabelecimentos que fazem tatuagens e aplicam piercings, passando a ser proibida a sua aplicação a menores de dezoito anos, bem como em locais menos próprios como a língua.

Ainda que, como referi, ache que há certos cidadãos que mais parecem animais saídos dum qualquer jardim zoológico, e que deveriam ter um pouco de juízo e aperceberem-se das figuras ridículas e tristes que andam a fazer no meio da rua, penso que a legislação não deve impor regras ao cidadão sobre como usar o seu próprio corpo.

Aconselhar, talvez sim. Impor, definitivamente não.

Legislar sobre condições de higiene e segurança para quem fornece e quem solicita estes serviços, claro que sim.

Mas, se um gajo, ou uma donzela, depois de atingir a maioridade, quer esburacar ou pintar os dedos dos pés, as sobrancelhas, os lábios (sejam eles quais forem), a língua ou o nariz, então que o faça, e quem somos nós, eu, o governo, um qualquer amigo ou seja quem for, para o impedir, impondo-lhe algo contrário à anormalidade das suas convicções ou ao conceito ridículo que tem sobre beleza humana.

Meio-termo

Sempre foi, e sempre será, assim.

Sempre que há uma greve ou uma manifestação ou coisa que o valha, os números das entidades governamentais nunca coincidem com os números dos organizadores do evento.

É legítimo, com certeza, que ambas as partes puxem a brasa à sua sardinha, mas, desta vez, alguém está a exagerar estupidamente.

A Frente Comum dos Sindicatos começa por apontar uma adesão à greve da função pública de cerca de 70%, enquanto o governo reduz drasticamente esta cifra para um valor próximo dos 5%.

Sessenta e cinco por cento de diferença é uma brutalidade que só pode querer dizer que devem andar a gozar com a populaça.

No meio é que está a virtude, meus senhores, e qualquer valor próximo dos 37,5% é um valor engraçado, que serve, como um qualquer outro número, para a populaça cá do burgo, pelo menos para aquela que já se está a cagar para tanta intriga e tanta politiquice de baixo nível, deixando ambas as partes envolvidas felizes e contentes.

Proibição I

Por muito que goste de animais, e por muito que não goste deste executivo, concordo com a decisão do governo em querer proibir a importação de raças canídeas consideradas potencialmente perigosas.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Lido noutros blogs

- Decepção, n’O Estado do Tempo
- O cliente 9, no Contra Capa
- Estatuto & Credibilidade, no Po Caralho Pah

Leviandade

Independentemente de quaisquer convicções, nomeadamente as religiosas, de qualquer cidadão, o acto do casamento constitui um passo importante e, supostamente, duradouro.

Esta coisa do Divórcio na Hora, que “consiste num requerimento electrónico de divórcio que permita a dois cidadãos, regularmente casados pela lei portuguesa, requerer a qualquer conservatória de registo civil o seu divórcio por mútuo consentimento, outorgando-o por via electrónica e fazendo uso das tecnologias já existentes e do CC (Cartão do Cidadão), tendo igual valor legal que o requerimento em papel com aposição das assinaturas pelo próprio punho”, é um atentado ao que é o verdadeiro sentido do casamento e um convite para que algo tão importante na vida de qualquer pessoa passe a ser tratado com uma leviandade nunca vista.

Guerrilha interna

O socialista António Costa propôs a recondução da social-democrata Marina Ferreira na presidência do conselho de administração da EMEL, mas, ao que parece, os colegas laranjas da actual presidente cortaram-lhe as vazas e chumbaram a proposta.

Tendo em conta que qualquer partido político gosta de ter alguém da sua cor em lugares privilegiados dentro de qualquer empresa, especialmente empresas públicas ou municipais, poderemos entender este episódio como um sinal de que as coisas, no seio do PSD, não estão, efectivamente, nada bem e que, afinal de contas, sempre existe uma certa guerrilha interna?

quarta-feira, 12 de março de 2008

Lido noutros blogs

- Crise no PSD e o Barrosismo à Espreita, no Activismo de Sofá
- Sobre as eleições nos EUA, no A Marcha dos Pinguins
- No PSD, no Tomar Partido

Vamos ao hospital

De tanto ser posto à prova, com tanta chuchadela, o dedo da pequena cria começou a ficar gretado e a desenvolver uma pequena infecção, que só começou a assustar os progenitores quando verificámos que estava a ficar um bocado inchado demais e, sabe-se lá porquê, com sangue pisado à volta da unha.

Face a estas informações visuais, e porque não é preciso entender nada de medicina para se perceber que ali há um foco de infecção, decidimos levar a filha à Urgência Pediátrica, vulgo “vamos ao hospital”.

Quer-me parecer que a merda é igual em todos os estabelecimentos hospitalares públicos, e que não está em causa qual o hospital ao qual se recorre.

Ora, após a inscrição da cria, feita por uma simpática, e competente, funcionária lá fomos chamados a um gabinete, onde um médico, provavelmente com pressa para ir jantar, pouco ou nada viu do dedo, limitando-se a confirmar que havia uma infecção e que a cria teria que tomar um antibiótico.

A esta altura, pergunto-me, na minha ignorância, porque é que o dito médico, e, sim, era um médico e não um enfermeiro, não passou logo uma receita com o dito antibiótico em vez de nos mandar, com um papel do hospital, de volta para o balcão das informações para fazer uma segunda inscrição.

De volta ao guichet das inscrições/informações, a tal da simpática funcionária disse que teríamos que aguardar e que rapidamente seríamos, novamente, chamados, o que sucedeu cerca de quinze minutos depois e, desta feita, para o gabinete da triagem.

Confesso que, a esta altura, fiquei um bocado confuso, já que tinha a noção de que a triagem era a primeira situação a transpor e assumi que a primeira converseta com o médico teria servido, precisamente, filtrar a Joana no meio de tantas crianças que estavam presentes na sala de espera.

Um parêntesis nesta lenga-lenga para dizer que, nesta fase do campeonato, já tinha entrado em contacto com o pediatra da pequena criatura que já me tinha dito que o antibiótico era, efectivamente, a melhor solução, juntamente com uma pomada cicatrizante.

Após a saída da triagem, e fechado o parêntesis, apercebi-me da triste realidade quando olhei para um daqueles mostradores luminosos que vai passando uma série interminável de letras e números.

Tinha-nos sido atribuída uma bolinha verde, sinal de que não há pressas, e que teríamos que esperar qualquer coisa como três horas e meia para voltar a falar com o médico que, sem dúvida, nos diria, mais uma vez, que a cria iria tomar um antibiótico e que, sem dúvida, nos passaria a receita do dito cujo.

Três horas e meia para obter uma merda dum papel é, na minha modesta opinião, estar a gozar com a populaça.

Como tal, fomos, pura e simplesmente, embora e a solução passou por um telefonema dum farmacêutico para o pediatra, de modo a poder adquirir o antibiótico sem ter uma receita médica.

No meio disto tudo, entristece-me constatar que há muita gente que não pode fazer como nós fizemos e que não tem outra opção senão submeter-se à burocracia cá do burgo, às longas filas de espera e ao pouco profissionalismo que, infelizmente, ficou bem patente nesta primeira, e espero que primeira de muito poucas, visita da cria a um hospital.

Nota - Também publicado no Traquina e Irrequieta

segunda-feira, 10 de março de 2008

Adiós y que venga el siguiente

Os verdadeiros pensamentos de José António Camacho devem ter sido qualquer coisa como “estou farto desta escumalha que não quer fazer a ponta dum pénis, apesar das fortunas que ganham. Está decidido! Vou mas é falar com o presidente Vieira e dizer-lhe que estou farto de merda e que me vou embora.

E assim foi.

Camacho diz que sai triste porque se sentia em casa.

Na realidade, acho que Camacho sai triste porque os jogadores do glorioso não aceitaram a sua força de vontade nem a sua motivação, demonstrando, ao longo das jornadas, uma total incapacidade de conseguir, e manter, bons resultados.

Podem, os mais ferrenhos, dizer que estou a mandar balelas para o ar e que o clube encarnado está em segundo lugar no campeonato.

Podem, com certeza, mas também podem pensar friamente e chegar à conclusão que tal lugar se deve, também e, talvez, em grande parte, aos desaires de outras equipas e ao péssimo futebol com que a populaça é presenteada constantemente.

Venha lá o senhor que se segue, mas venha de chicote na mão, de modo a obrigar os jogadores a justificar os chorudos ordenados de que usufruem.

Recuperação económica?

O défice comercial cá do burgo teve, no ano passado, um agravamento de 4,12%, face a 2006.

Estes são os números realistas do Instituto Nacional de Estatística, porque, de acordo com os governantes nacionais, a economia lusa está, sempre, a mostrar sinais de recuperação.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Guiness?

Parece que anda, por aí, um casal, ele com 28 anos e ela com 35, que quer, desesperadamente, entrar para o livro dos recordes.

Para tal, dedicam-se ao furto de automóveis, e objectos que se encontram dentro dos mesmos, e já estão indiciados por treze crimes de furto, tendo já sido detidos pelas autoridades por sete vezes, só este ano.

Alguém me pode explicar como é que é possível que esta gente ainda se encontre em liberdade e sujeita, somente, a apresentações periódicas numa qualquer esquadra policial, ordem judicial essa que nem sequer cumprem?

quinta-feira, 6 de março de 2008

A actuação da ASAE

Ontem, falava eu, num post, sobre a actuação da ASAE, e sobre a aversão que esta força policial tem originado junto da populaça, e, eis senão quando, surge um artigo na revista Sábado sobre a actividade destes agentes e as barbaridades com que se deparam durante as suas incursões aos mais diversos tipos de estabelecimentos.

Para aqueles que consideram a actuação da ASAE excessiva, ficam histórias de um rato dentro dum forno ou a passear, livremente, dentro das instalações duma fábrica de pão, criação de larvas na carne arrumada num frigorífico dum talho, baratas
que gostam de passear pelos talheres dum restaurante, bares que mal lavam os copos, e os pratos, dum qualquer restaurante, que ficam durante dias com restos de comida agarrados antes de serem lavados.

Para aqueles que consideram a actuação da ASAE excessiva, fica, também, a notícia da apreensão de três mil quilos de carne e outros géneros alimentícios, sem quaisquer tipo de condições para serem comercializados, que se encontravam em câmaras frigoríficas dum entreposto onde os agentes chegaram a encontrar os amigos roedores.

Acidente?

Esta coisa de ver tantas séries e filmes policiais, ao longo da vida, tem muito que se lhe diga e até nos pode deixar levar por alguma imaginação, ao ponto de pretendermos ser investigadores forenses ou um simples detectives.

Não pretendo pôr em causa a sapiência das autoridades e, nomeadamente, dos agentes da Polícia Judiciária, mas quer-me parecer que ainda é muito cedo para dizer que a hipótese de crime está quase completamente posta de parte, só porque não foram encontrados vestígios de explosivos no cadáver do condutor do tal Ferrari que ardeu na A4, e frisar que tudo indica que se tenha tratado dum acidente por excesso de velocidade.

Será que é necessária uma carga explosiva para provocar um acidente deste género, ou bastaria desligar um qualquer tubo, partir uma treta qualquer numa suspensão ou desapertar uns parafusos para surtir o mesmo efeito?

Deputados

Recebi, por EMail, a notícia que transcrevo abaixo que, a ser verdade, é, simplesmente, repugnante, dada a situação a que este país chegou graças aos senhores que se sentam nas cadeiras do parlamento que tanto nos defende.

Em Portugal, os deputados ganham 3.708 euros de salário base, o que corresponde a 50% do vencimento do presidente da República.

Os subsídios de férias e de Natal são pagos em Junho e em Novembro e têm direito a10% do salário para despesas de representação.

Como também lhes são pagos abonos de transporte entre a residência e São Bento, uma vez por semana e por cada deslocação semanal ao círculo de eleição, um deputado do Porto, por exemplo, pode receber mais dois mil euros, além do ordenado.

De acordo com o "Manual do Deputado", os representantes do povo podem estar no regime de dedicação exclusiva e acumularem com o pagamento de direitos de autor, conferências, palestras ou cursos breves.

Como o fim da subvenção vitalícia irá abranger somente os deputados eleitos em 2009, os que perfaçam até ao final da legislatura 12 anos de funções (consecutivos ou intervalados) ainda a recebem, mas com menor valor.

Quem já tinha 12 anos de funções quando a lei entrou em vigor - em Outubro de 2005 - terá uma subvenção vitalícia de 48% do ordenado base - pelo actual valor, quase 1850 euros - logo que completar 55 anos.

O Governo acautelou assim a situação de parte dos deputados do PS eleitos em 1995, com a primeira vitória de Guterres, pelo que ao fim de dez anos de actividade (até 2005) poderão auferir a pensão vitalícia que corresponde a 40% do vencimento base - dez anos a multiplicar por 4% do vencimento base auferido quando saiu do Parlamento.

A subvenção é acumulável com a pensão de aposentação ou a de reforma até ao valor do salário base de um ministro que é em 2008 de 4819,94 euros.

Os subvencionados beneficiam ainda "do regime de previdência social mais favorável aplicável à Função Pública", diz o documento.

Sócrates recebe pensão vitalícia
José Sócrates tem direito à pensão vitalícia por ter 11 anos de Parlamento.
Eleito pela primeira vez em 1987, esteve oito anos consecutivos em funções. Secretário de Estado do Ambiente e ministro da pasta nos Governos de Guterres, voltou em Abril de 2002, onde ficou mais três anos.

Quem tem e quem vai ter a subvenção
Almeida Santos (PS), Manuela Ferreira Leite, Manuel Moreira e Eduarda Azevedo (PSD), Narana Coissoró e Miguel Anacoreta Correia (CDS-PP) e Isabel Castro (PEV) já requereram a subvenção vitalícia.
Outros 31 deputados, 20 dos quais do PS, poderão pedi-la, pois até ao fim de 2009 perfazem 12 anos de mandato, embora só se contabilizem os anos até 2005.

Salário cresceu 77 euros num ano
Em 2007, o vencimento base de um deputado foi 3.631,40 euros.
Este ano é de 3.707,65 euros, segundo a secretaria-geral da AR.
Um aumento de 77 euros.

Presidir à AR dá direito a casa
O presidente da Assembleia da República (AR) recebe 80% do ordenado do presidente da República - 5.810 euros.
Recebe ainda um abono mensal para despesas de representação no valor de 40% do respectivo vencimento 2.950 euros, o que perfaz 8.760 euros.
Usufrui de residência oficial e de um veículo para uso pessoal conduzido por um motorista.

Dez têm carro com motorista
Ao presidente do Conselho de Administração (José Lello), aos quatro vice-presidentes da AR - na actual legislatura, Manuel Alegre (PS), Guilherme Silva (PSD), António Filipe (PCP) e Nuno Melo (CDS-PP) - e aos líderes parlamentares é-lhes disponibilizado um gabinete pessoal, secretário e automóvel com motorista.

Benesses para a Mesa da AR
Para os quatro vice-presidentes da AR (PS, PSD, CDS e PCP) e para os membros do Conselho de Administração, o abono é de 25% do vencimento, ou seja, 927 euros.
Os seis líderes parlamentares e os secretários da Mesa têm de abono 20% do salário: 742 euros.

Abono superior ao salário mínimo
Os vice-presidentes parlamentares com um mínimo de 20 deputados (PS e PSD), os presidentes das comissões permanentes e os vice-secretários da mesa têm de abono 15% do vencimento - 555 euros.
Mais 129 euros do que o salário mínimo nacional.

Uso gratuito de correio, telefone e electricidade
Os governos civis, se solicitados, devem disponibilizar instalações para que os deputados atendam os meios de comunicação ou os cidadãos.
Os deputados podem transitar livremente pela AR, têm direito a cartão de identificação e passaporte especial e ao direito de uso e porte de arma.
Podem também usar, a título gratuito, serviços postais, telecomunicações e redes electrónicas.

Ajudas de custo para os de fora
Quem reside fora dos concelhos de Lisboa, Oeiras, Cascais, Loures, Sintra, Vila Franca de Xira, Almada, Seixal, Barreiro e Amadora recebe 1/3 das ajudas de custo fixadas para os membros do Governo (67,24 euros) por cada dia de presença em plenário, comissões ou outras reuniões convocadas pelo presidente da AR e mais dois dias por semana.

Viagens pagas todas as semanas
Quando há plenário, a quantia para despesas de transporte é igual ao número de quilómetros de uma ida e volta semanal entre a residência do parlamentar e S. Bento vezes o número de semanas do mês (quatro ou cinco) multiplicado pelo valor do quilómetro para deslocações em viatura própria.
Uma viagem ao Porto são 600 quilómetros cinco vezes num mês, dá três mil.
Como o quilómetro é pago a 0,39 euros, o abono desse mês é de 1170 euros.

Viver na capital também dá abono
Os deputados que residam nos concelhos de Cascais, Barreiro, Vila Franca de Xira, Sintra, Loures, Oeiras, Seixal, Amadora, Almada e Lisboa recebem também segundo a fórmula anterior.
Os quilómetros (ida e volta) são multiplicados pelas vezes que esteve em plenário e em comissões, tudo multiplicado por 0,39 euros.

Ir às ilhas com bilhetes pagos
A resolução 57/2004 em vigor, de acordo com a secretaria-geral da AR, estipula que os eleitos pelas regiões autónomas recebem o valor de uma viagem aérea semanal (ida e volta) na classe mais elevada entre o aeroporto e Lisboa, mais o valor da distância do aeroporto à residência.
Por exemplo, 512 euros (tarifa da TAP para o Funchal com taxas) multiplicados por quatro ou cinco semanas, ou seja, 2.048 euros.
Mais o número de quilómetros (30, por exemplo) de casa ao aeroporto a dobrar (por ser ida e volta) multiplicado pelas mesmas quatro (ou cinco) semanas do mês, e a soma é multiplicada por 0,39 euros, o que dá 936 euros. Ao todo 2.980 euros.

Deslocações em trabalho à parte
Ao salário base, ajudas de custo, abono de transporte mensal há ainda a somar os montantes pela deslocação semanal em trabalho político ao círculo eleitoral pelo qual se foi eleito.
Os deputados eleitos por Bragança ou Vila Real são os mais abonados.

Almoço a menos de cinco euros
Os deputados e assessores que transitoriamente trabalham para os grupos parlamentares pagam 4,65 euros de almoço, que inclui sopa, prato principal, sobremesa ou fruta. E salada à discrição.
Um aumento de 0,10 euros desde 2006.
Nos bares, um café custa 25 cêntimos, uma garrafa de 1,5 litro de água mineral 33 cêntimos e uma sandes de queijo 45 cêntimos.

Imunidade face à lei da Justiça
Não responde civil, criminal ou disciplinarmente pelos votos e opiniões que emitir em funções e por causa delas.
Não pode ser detido ou preso sem autorização da AR, salvo por crime punível com pena de prisão superior a três anos e em flagrante delito.
Indiciado por despacho de pronúncia ou equivalente, a AR decidirá se deve ou não ser suspenso para acompanhar o processo.
Não pode, sem autorização da AR, ser jurado, perito ou testemunha nem ser ouvido como declarante nem como arguido, excepto neste caso quando preso em flagrante delito ou suspeito do crime a que corresponde pena superior a três anos.

Justificações para substituição
Doença prolongada, licença por maternidade ou paternidade; seguimento de processo judicial ou outro invocado na Comissão de Ética, e considerado justificado.

Suspensão pode ir até dez meses
Pedida à Comissão de Ética, deve ser inferior a 50 dias por sessão legislativa e a dez meses por legislatura. Um autarca a tempo inteiro ou a meio tempo só pode suspender o mandato por menos de 180 dias.

quarta-feira, 5 de março de 2008

De acordo

Luís Filipe Menezes diz que há, cá no burgo, um vazio complicado, que é como quem diz um grande buraco difícil de preencher, uma vez que o Partido Socialista já não merece estar à frente dos desígnios da política nacional e o seu próprio partido, o PSD, não merece, sequer, estar à frente das sondagens, quanto mais estar no governo.

Sinceridade, acima de tudo.

Parcialmente de acordo

Adequar a lei e a actuação da ASAE com vista a não penalizar pequenos produtores nacionais cujo produto final, ao qual a populaça está tão habituada, não é o tradicional senão for manufacturado em condições menos próprias de modo a garantir aquele cheiro e gostinho maravilhosos?

Perfeitamente de acordo.

Dizer que a actuação da ASAE é inadequada, na maioria das situações e nos locais que fiscalizam, e excessivamente repressiva…

Isso já são outros quinhentos, como ficou, aliás, demonstrado na sondagem do Sempre a Produzir, e a gerência deste espaço lúdico está em desacordo.

Será que alguns políticos nacionais ainda não perceberam que uma grande franja da populaça nacional só percebe as coisas à porrada e que frases feitas como “atitude pedagógica e preventiva” não constam do seu vocabulário?

Os consumidores, desconfiados, segundo alguns políticos, devem é ter em atenção as toneladas de alimentos degradados e fora de prazo que não vão parar aos pratos das suas casas, por exemplo, e agradecer à ASAE o facto de não irem parar a um qualquer hospital público e terem que esperar umas horas valentes até que lhes seja feita uma lavagem ao estômago, consequência duma mais do que provável intoxicação alimentar ou duma gastroenterite aguda.

Em desacordo

Não tenho nada contra os imigrantes legais, gente que tenta, nesta merda de país onde vivemos, ter uma vida melhor do que a que tinha no país de origem, e acredito que muitos até já devem estar mais do que arrependidos por terem escolhido cá o burgo para tentar as melhorias a que tanto aspiravam.

No entanto, a populaça deve ter consciência de que muitos dos problemas que existem no nosso país têm origem, precisamente, em grupos sectoriais de imigrantes, por muito legais que sejam, que, por inadaptação ao país de acolhimento ou falta de condições ou qualquer outra razão, acabam por cometer algumas ilegalidades, à semelhança, não digo o contrário, de muitos nativos.

O problema da imigração, seja ela legal ou ilegal, só tende a piorar com declarações como as do líder do PSD que diz que quer habitações condignas para os imigrantes legais.

Digo que tende a piorar porque muitos deverão ser os portugueses que se revoltam ao ouvir Luís Filipe Menezes preocupado com os imigrantes em detrimento de inúmeras famílias cá do burgo que passam pelas mesmas, ou por piores, dificuldades do que os visados.

Se Portugal não tem verba nem condições para ajudar o comum cidadão nacional que luta por uma vida melhor, então como é que pretende ter a veleidade de ajudar o imigrante legal?

As autoridades devem, isso sim, fazer um rastreio, antes de aceitar o imigrante legal, no sentido de analisar, convenientemente, se o candidato a habitante no nosso país possui as devidas condições económicas para começar uma vida cá no burgo, em vez de vir viver em bairros degradados e sem condições.

terça-feira, 4 de março de 2008

Pura coincidência?

À boa maneira mafiosa, um suposto informador da Polícia Judiciária, aparentemente, também ele com um passado algo obscuro e pouco aconselhável, morreu, ontem, num acidente de automóvel, perto da área de serviço de Águas Santas, na A4.

O Ferrari que conduzia ficou feito em porcaria queimada e o próprio do condutor teve que ser identificado com recurso a ficha dentária.

Tal desfecho terá tido origem no que dão as pressas ao volante dum Ferrari, quando não se tem mãozinhas para tal, ou na condução dum Ferrari preparado, por alguma mãozinha marota, para lhe limpar o sebo?

Lido noutros blogs

- Seis, no Tomar Partido
- Uma descoberta genial, n’O País do Burro
- A Insegurança dos Seguranças, no Activismo de Sofá
- Sondagem real, no Mais Actual

Multibanco

Já não ouvia falar no assunto há algum tempo mas, de repente, eis que a questão da possibilidade dos bancos virem a cobrar uma taxa por cada levantamento efectuado nas caixas Multibanco volta a ser notícia, nomeadamente, através da Internet, onde circula uma petição contra esta eventualidade.

Se tal suceder, e, realmente, os bancos vierem a cobrar um euro e meio por cada vez que qualquer cidadão levanta dinheiro numa maquineta MB, é uma imposição inaceitável, só possível num burgo de merda como o nosso.

Pelo sim pelo não, a populaça deve começar a organizar-se e uma das maneiras de o fazer pode passar por assinar esta Petição CONTRA as Comissões Sobre Levantamentos em ATMs (Multibanco).

segunda-feira, 3 de março de 2008

Agradecimentos

Ao blog Afrodisíaco Para os Conventos, pelo link feito ao Sempre a Produzir.

Sondagens

Com tantas sondagens, realizadas nos últimos tempos, a darem como comprovado que o Sr. Sócrates e o seu executivo têm vindo a descer nas intenções de voto da populaça, a minha curiosidade têm vindo a aumentar em relação ao que pensam os leitores do Sempre a Produzir sobre este assunto.

Assim sendo, dou por encerradas as duas sondagens que estavam, actualmente, a decorrer, e cujos resultados apresento a seguir, e abro um novo inquérito sobre as intenções de voto dos leitores.

A todos os que contribuíram com o seu voto nas sondagens anteriores, os meus agradecimentos.

Sobre quem vai ganhar o campeonato de futebol 2007/2008

Sobre a actuação da ASAE

Tendências da populaça

O Barómetro Político Maktest, referente ao mês de Fevereiro, agora findo, revela que, pelo terceiro mês consecutivo, o Sr. Sócrates e o Partido Socialista voltam a registar um queda nas intenções de voto da populaça.

Previsões para 2009

Ainda agora estamos no início de 2008, mas já se sabe que a factura da electricidade vai voltar a sofrer um agravamento em 2009.

Dizem os entendidos que a culpa é do estado, o que equivale a dizer do executivo chefiado pelo Sr. Sócrates, que arrasta à uma porrada de tempo um processo que envolve qualquer coisa como 466 milhões de euros devidos à REN (Redes Energéticas Nacionais), divida essa constante dum documento da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) que fixou as tarifas para este ano.

Conversas fiadas aparte, o que interessa é que o fecundado é sempre o mesmo e, honestamente, estou-me a cagar para tanta burocracia e para se o que pago pela electricidade vai para os cofres do estado, da REN, da ERSE ou de qualquer outra empresa que esteja metida ao barulho sem ainda se ter dado a conhecer.

Interessa-me é saber quando é que acabam com a bosta de monopólio no sector da electricidade e quando é que a lei da liberalização da electricidade vai ser aplicada, para ver se os preços diminuem radicalmente ou se tenho que passar a comprar mega watts aos vizinhos espanhóis.

Mudanças no MAI

O Ministério da Administração Interna (MAI) vai transferir alguns dos seus serviços para o luxuoso TagusPark, em Oeiras, segundo um despacho publicado, hoje, no Diário da República.

Encarregues da busca incessante dum imóvel que servisse aos serviços a transferir esteve, precisamente, um dos serviços a transferir, a Direcção-Geral de Infra-Estruturas e Equipamentos (DGIE), que encontrou o espaço desejado para arrendar pela módica quantia de 185 mil euros por mês, ou seja, mais de dois milhões de euros anuais.

Será que não haveria, algures, um imóvel já pertencente ao erário público que servisse as pretensões do MAI?

É que, vendo bem as coisas, lá vai o pobre coitado do cidadão continuar a descontar para estas tretas, em vez de ver os seus euros a serem convenientemente aplicados noutras coisas bem mais importantes.