sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Freeport, Sócrates e afins - 02

Diz mais um ditado popular que “quem não deve não teme”.

No entanto, o gabinete do Sr. Sócrates na sede do Partido Socialista já se apressou a enviar um E-Mail aos militantes a defender o primeiro-ministro no caso Freeport.

Segundo parece, uma coisa simples, já que se limitam a transcrever o comunicado da Procuradoria-Geral da República, chamando, no entanto, a atenção para o ponto sete do mesmo, onde se diz que não há suspeitas fundadas.

Fica, entretanto, uma nota importante a reter… Segundo o chefe de gabinete do Sr. Sócrates, André Figueiredo, esta mensagem electrónica insere-se na prática habitual do PS de enviar, diariamente, informação aos militantes.

O diariamente deve ser para rir, penso eu.

Prioridades

Carmona Rodrigues é vereador e já foi Presidente da Câmara.

Sabe, com certeza, que a crise em que vivemos afecta a populaça e a cidade de Lisboa, e que há muito que fazer para andar com a capital para a frente.

Carmona Rodrigues devia ter a consciência de que quem votou no seu nome para vereador está à espera de empenho, motivação e de alguém que vista a camisola do projecto que diz que abraçou.

Em vez disso, suspendeu o mandato, por um mês, para ir brincar ao todo-o-terreno lá para terras do continente asiático.

Será que o caro(a) leitor(a) também pode suspender o seu dia-a-dia normal de trabalho para fazer uma coisa destas ou algo semelhante?

Devia, ao menos, ter metido o mês de férias, por uma questão de hombridade pessoal, laboral e política.

Freeport, Sócrates e afins - 01

A novela Freeport promete ser longa mas fértil em episódios, mais ou menos bombásticos e/ou credíveis, capazes de manter a populaça cá do burgo entretida.

Independentemente das bacoradas, mais ou menos divertidas, do tio do Sr. Sócrates, do paradeiro do filho do tio, da capacidade de gesticulação do tal Charles Smith, da empresa não sei quantas, que só durou meia dúzia de meses, do valor que o tio gastou em automóveis e das off-shores ligadas a toda esta salganhada, uma coisa é certa… O Sr. José Sócrates, digníssimo primeiro-ministro deste pequeno burgo, vê o seu nome envolvido em mais um caso com contornos muito pouco claros.

Ainda que a procuradora-geral adjunta, Cândida Almeida, tenha dito que o caso Freeport não tem arguidos mas, sim, vários suspeitos, a verdade é que o nome de Sócrates está metido lá no meio, o que não abona nada em favor do líder socialista nem, sobretudo, à credibilidade desta bosta de país.

Falando de influências, é interessante ou, se assim lhe quiserem adjectivar, “engraçado”, verificar que Cândida Almeida refere que o nome do primeiro-ministro aparece no processo, onde há suspeitos, mas que Sócrates não está a ser investigado (?) …

Então o nome consta do processo mas “não tem direito” a ser investigado?

Diz o velho ditado que “não há fumo sem fogo” e a verdade é que o Sr. Sócrates já se viu na necessidade de, por duas vezes num curto espaço de tempo, vir dar “justificações” à populaça, ainda que não tenha dito nada de novo nem de esclarecedor, à semelhança do comunicado da Procuradoria-geral da República atrás do qual se escudou, e, diz um outro ditado popular, “quem tem cu tem medo”.

Recorrendo, graças, certamente, ao acordo ortográfico, à utilização abusiva duma nova palavra – insídia –, em substituição da já cansada cabala, o Sr. Sócrates repudiou as notícias e voltou a afirmar que não é assim que o mandam abaixo e que não se coloca na posição de suspeito.

Insídia ou não, o nome de Sócrates está na baila e, ainda que se diga por aí que a política deve estar dissociada das investigações judiciais, a realidade é que estamos em ano de eleições e seria interessante ouvir, por parte dos partidos políticos, mais do que meras desculpas para não comentar as afirmações do Sr. Sócrates e o seu eventual envolvimento no caso Freeport.

Bettencourt Resendes diz que “é importante que a investigação ao caso Freeport termine rapidamente, de forma a que os portugueses tenham todos os elementos para poderem julgar as pessoas que se apresentam às urnas nas eleições deste ano”.

Ou seja, é da maior importância saber o que os partidos políticos têm a dizer e, sobretudo, não se deve dissociar a justiça do poder exercido num qualquer cargo político.

Insídia ou não, e coisa extremamente rara, dou razão ao comunista que deu a cara pelo partido da foice e do martelo, António Filipe, quando diz que espera que o caso Freeport não seja aproveitado para uma acção promocional de vitimização da figura do Sr. Sócrates.

É que, se assim for, ainda nos arriscamos a levar com mais quatro anos de merda absoluta socialista.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Três minutos e meio de espectáculo

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Negociata afiada

Parece ser que alguns refeitórios dos estabelecimentos prisionais cá do burgo têm canivetes para venda aos reclusos.

Alberto Costa, o digníssimo ministro da Justiça, sobre cuja alçada recai a Direcção-geral dos Serviços Prisionais, diz que não lhe compete tratar desses assuntos e que deposita toda a confiança na competência, conhecimento e inteligência com que a DGSP está a lidar com este tema.

Ou o ministro conhece o fornecedor das naifas, ou não acompanhou certas séries televisivas como, por exemplo, a “Prision Break”, ou, então, parece-me que está a ser um bocado optimista demais em relação a factos mais do que óbvios.

Diz um alto carola do Corpo da Guarda Prisional que quando, no decorrer de buscas aos reclusos, é encontrado algum tipo de material cortante ou perfurante, as autoridades prisionais têm obrigação de o apreender, da mesma maneira que a utilização de talheres de metal nos refeitórios, onde há uma maior concentração de reclusos, pode significar graves problemas no que toca à segurança dos próprios reclusos e dos guardas.

Diz o carola e, digo eu, com toda a razão!

Não é preciso ser nenhum doutorado, seja em que matéria for, para perceber os factos e a realidade.

Basta dois dedos de testa e alguma lógica do dia-a-dia para perceber que esta história é uma verdadeira imbecilidade!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Top Secret

Esteve no segredo dum qualquer dossier em posse do FBI, da CIA ou da Polícia Judiciária, mas, finalmente, foi publicada a fotografia dos passarocos que provocaram a falha nos motores do tal avião que amarou no Rio Hudson.

A guerra em Gaza - 04

A guerra acabou, Israel retirou, há tréguas assinadas ou por assinar, há uma paz aparente na região.

No entanto, há notícias a circular que dão conta da intenção do Hamas em continuar a armar-se e desenvolver capacidades militares.

De acordo com um matutino cá do burgo, o representante do Hamas em Beirute afirmou que “nem os porta-aviões, nem a vigilância aérea e marítima podem impedir o Hamas de ter armas ou introduzir armas na Faixa de Gaza” e que “independentemente das medidas tomadas, o Hamas não vai capitular e vai continuar a comprar armas para servir a resistência.”

Tendo em conta estas declarações, que espelham bem a hipocrisia e a mentalidade destes filhos da puta coitadinhos, o mais natural é que, mais cedo ou mais tarde, Israel leve com um rocket e, nessa altura, a resposta deverá ser substancialmente mais severa e sem qualquer tipo de contemplações, nem mesmo as três horas para o período do almoço, sob pena de voltarem a este vira o disco e toca o mesmo.

Guantanamo

Portugal foi dos primeiros países da UE, senão o primeiro, a responder favoravelmente, em Dezembro passado, a uma série de contactos feitos pela anterior administração norte-americana, junto de países europeus, para saber da sua disponibilidade para receber prisioneiros da célebre prisão de Guantanamo.

Afinal, parece que o que andam por aí a dizer, já há algum tempo a esta parte, sobre as prisões cá do burgo não corresponde, minimamente, à verdade.

Esta deve ser a conclusão a que a populaça deve chegar quando ouvimos o estimado ministro Luís Amado dizer que este pacato burgo está de portas abertas para receber prisioneiros vindos de Guantanamo, quando esta prisão fechar as portas, o que contradiz as notícias, que normalmente vêm a público, dando conta de jaulas sobrelotadas.

Os leitores mais informados dirão que este Vosso interlocutor está a leste do paraíso e que não é suposto essa gentalha ir para uma prisão cá do burgo, mas sim para serem integrados na sociedade.

Fecunde-se, que é pior a emenda que o soneto, digo eu, porque a verdade é que já cá temos merda a mais, senhor ministro, e essa coisa de sermos uns porreiros, pá, tem limites!

Momento lúdico VIII

O marido está na cozinha, a fritar um ovo, quando a sua mulher chega e desata aos gritos, feita louca:

PÕE MAIS ÓLEO! PÕE MAIS ÓÓÓÓÓLEOOOO!!! NÃO VÊS QUE VAI COLAR AO FUUUUUUNDO?
CUIDADO!!! VIRA, VIRA, ANDA VIRA... RÁÁÁÁPIDO!!! VAI, CUIDADO! CUIDADO, QUE VAI ESPIRRAR...!
PARECE QUE É LOUCO. ISSO VAI ENTORNAR...
AI, MEU DEUS! QUE DESAJEITADO! O SAL, HOMEM, O SAL! NÃO ESQUEÇAS O SAAAAAALLL!!!


O homem, trémulo, transtornado e irritado com os berros da mulher, pergunta-lhe:

Qual é a razão da gritaria, porra? Achas que eu não sei fritar um ovo?

A mulher, com toda a calma do mundo, responde-lhe:

Não é nada de especial, meu amor. É só para teres uma ideia do que fazes comigo, e pelo que eu passo, quando vou eu a conduzir.”

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Às quatro da matina

Sei que muitos dos prezados leitores do Sempre a Produzir vão achar que sou doido da carola, mas a verdade é que, normalmente, acordo a meio da noite para comer umas bolachas e beber um copo de leite.

É, digamos assim, uma rotina que já dura há anos.

Esta noite não foi excepção mas teve uma nova e inesperada componente…

Estava eu a emborcar o copo de leite quando, de repente, dou de caras com a pequena cria que, àquela hora, com um sorriso e um brilho nos olhos que denunciavam uma frescura matinal invejável, corre para os meus braços com um “Bom dia, papá! A minha chucha?

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Não gostou? Azar!

Vejo muita gente do PS a achar que não devemos fazer alianças com o CDS mas vi agora alguns elementos do PS a votar com o CDS e não gostei.

Palavras do Sr. Sócrates que gosta de obrigar os seus parceiros partidários a terem um sentido de voto.

E, depois, venham cá falar de liberdade, de ditaduras e merdices afins.


NOTA - O Sempre a Produzir atingiu, com este, a publicação de 1.500 posts.

E, ao terceiro dia…

… tudo voltou à normalidade cá no burgo.

A agenda do recentemente eleito presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deixou de ser notícia, e a populaça voltou às preocupações verdadeiramente importantes como o Belenenses-Benfica, o caso do envolvimento do tio do Sr. Sócrates no caso Freeport, que deixou a mãe do primeiro-ministro com os nervos à flor da pele, e as mamocas novas que a Maia – perdão, Maya – vai colocar hoje, segundo um jornal cá do burgo.

TGV

Muito se tem falado da história do TGV, o tal comboio de altíssima velocidade, e da necessidade de existência de semelhante meio de transporte cá no burgo.

Mesmo em tempo de verdadeira crise, recessão, negativismo geral face à evolução da economia, empresas internacionais da especialidade a dizer que Portugal vai ter mais dificuldade em contrair empréstimos e outros cenários negros que se avizinham, o Sr. Sócrates mantém o finca pé sobre o assunto do comboio e avança para a loucura.

Avança sem medo de ninguém e convicto na afirmação de que é para o bem de Portugal e para o seu desenvolvimento.

Avança sem medo de ninguém porque, quando for altura de pagar a factura, o Sr. Sócrates, se Deus quiser, já não vai estar à frente dos desígnios cá do burgo e já se pode estar nas tintas.

Avança sem medos porque a geração que vai pagar esta estupidez política tem, agora, três ou quatro anos, não tem voto na matéria e depende dos pais que assistem, impotentes, aos erros que o Sr. Sócrates vai cometendo, sabendo, de antemão, que os fecundados vão ser os seus filhos.

Em todo o caso, devemos dar o benefício da dúvida ao Sr. Sócrates, uma vez que a sua visão futurista pode, muito bem, ter outros significados que só as gerações futuras serão capazes de entender.

A realidade é que este pequeno burgo de 300 por 900 não precisa do TGV para, rigorosamente, nada e somos demasiadamente pequenos para que haja qualquer razão que justifique avançar com este projecto.

Assim sendo, a teimosia do Sr. Sócrates só pode ter uma razão de ser… Dar mais este rebuçado aos vizinhos espanhóis, que, como se sabe, já metem o bedelho na economia cá do burgo à muito tempo, na expectativa de que venha a ser um verdadeiro passo para a integração do pequeno burgo como mais uma província Espanhola ou para a criação de um estado ibérico.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O quadragésimo quarto

Barack Hussein Obama é, desde ontem, o novo presidente dos Estados Unidos da América, o quadragésimo quarto e primeiro negro a chegar à Casa Branca, facto, por si só, de fulcral importância e demonstrativo de mudança radical.

Nascido a 4 de Agosto de 1961, em Honolulu, no Havai, formou-se em Relações Internacionais na Universidade de Columbia em 1983 e em Direito na Universidade de Harvard em 1991.

O novo presidente é visto como um unificador e reafirmou, por diversas vezes, o seu propósito de reconciliar os Estados Unidos da América como nação.

Ao seu lado, Obama conta com a mulher Michelle, considerada uma nova Jackie Kennedy, que admite ter visto com alguma desconfiança a decisão do marido em concorrer à Casa Branca mas que foi, no entanto, um verdadeiro pilar na campanha do, agora, presidente.

Na visão global de Barack Obama são depositadas as esperanças da populaça mundial – e não só dos americanos – e o novo presidente já demonstrou ter o carisma e a vontade necessários para levar por diante os seus propósitos.

Sendo certo e sabido que a política e a economia internas dos Estados Unidos se reflectem por esse mundo fora, a populaça mundial fica expectante quanto aos resultados que poderão vir a ser alcançados por Obama no que toca a aspectos tão importantes como modernização do sistema de saúde, protecção do sistema de segurança social, ajuda às famílias, melhoria da eficiência energética, apostando, nomeadamente, na redução do nível de emissões de carbono e nas energias renováveis, criação dum sistema de impostos mais justo e eficiente, criação de mais emprego e facilitar o acesso ao mesmo e redefinir uma série de parâmetros ao nível de política exterior, diplomacia regional e iniciativas humanitárias.

Milagres não há… Demos tempo ao tempo, e ao Sr. Obama, para ver se estes ventos de mudança produzem os efeitos desejados.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Afinal o que é que é Mário Crespo?

Jornalista, advogado, médico, juiz?

Para quem é considerado, pela sociedade em geral, como um dos melhores jornalistas cá do burgo, opinião da qual nem sempre partilho, Mário Crespo esteve muito aquém das expectativas na forma como conduziu a entrevista a Luís Gomes e parecia mais uma daquelas galinhas patarecas que, em vez de ouvir e dar oportunidade à explicação dos factos, persistia em interromper com merdas estúpidas, como o facto dum tal medicamento, receitado por uma médica, não ter dado provas ou não ser apropriado para uma criança com menos de 15 anos.

Se tal medicamento fosse receitado, por um médico, a algum filho de tenra idade do Sr. Crespo, será que ele também iria questionar a receita, pondo, inclusive, em causa a idoneidade do médico, ou enfiava ou comprimido pela goela abaixo da pequena criatura, plenamente convicto de que o que estava a fazer era para o bem da saúde do seu filho?

Mais valia ter visto a entrevista da outra perita em interrupções ao Cristiano Ronaldo…

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Indignação a quanto obrigas

Durante este processo de cura da maldita gripe, estava, pacatamente, deitado a ver as notícias e a indignação com que recebi duas delas obrigou-me a levantar e correr para o computador.

Falo, concretamente, das balelas com que nos brindou o ministro Teixeira dos Santos e da novela da pequena Esmeralda.

No primeiro caso, relembro que, há relativamente pouco tempo – e já a tão falada crise estava instalada – o ministro, que deve ser um dos predilectos do Sr. Sócrates, pintava um cenário cinzento para o futuro imediato cá do burgo, feito, sem dúvida, com base em números e projecções que, já na altura, não agoiravam nada de bom.

Agora, o governo vem apresentar um novo orçamento – ou, se assim lhe quiserem chamar, uma adenda ao orçamento original – onde o cenário passa a negro.

Não sou economista nem político, mas tenho sérias dúvidas sobre se, na altura da apresentação do primeiro orçamento, o Sr. Sócrates e o seu digníssimo ministro já não teriam na sua posse os dados necessários para trazer à populaça um orçamento realista, em vez de andarem a passar manteiga no dorso dos cidadãos.

Da mesma maneira, não sendo economista nem político, não entendo como é que este governo, face à crise que admitem, cabalmente, existir e face às incertezas que advêm da mesma, continua na senda do despesismo – falo, por exemplo, do projecto do TGV e da nova ponte sobre o rio Tejo – em vez de deitar, convenientemente, contas à vida e cortar neste tipo de imbecilidades que engolem milhões de euros pagos, em impostos, pela populaça.

No segundo caso, continuo a não conseguir entender como é que a felicidade da pequena criatura é posta acima da merda de medida imposta por um qualquer tribunal deste país.

Estava mais do que demonstrado que a criança era feliz – para não dizer muito feliz – com os pais que a adoptaram em bebé, e tal facto é reafirmado, por outras palavras, por um tal de colégio de Psiquiatria, ou coisa que o valha, que continua a estar contra a decisão do tribunal.

Acho incorrecto, até indecente, a maneira como a quadra natalícia foi aproveitada para, posteriormente, manter a menina junto à criatura com ar de mafioso convicto, sempre vestido com aquela farpela negra adornada com uma gravata branca.

Não sou psiquiatra, mas, como pai que acompanha o crescimento duma pequena cria e que verifica, no dia-a-dia, que a personalidade, as convicções, o discernimento do que é bom e do que é mau, os hábitos e tudo o que é inerente à formação dum ser humano são aspectos que se adquirem e exploram desde muito tenra idade, não consigo entender como é que alguém espera que uma criança de sete anos comece, do zero, uma nova vida sem que hajam distúrbios emocionais imediatos e sequelas, que podem bem vir a ser graves, no futuro.

No meio de tanta falta de sensatez, só espero, sinceramente, que a pequena Ana Filipa, Esmeralda, Porto, Lagarto, Aidida ou lá que raio de nome lhe venham a conferir, consiga ser o que uma criança, na plenitude do seu crescimento, merece ser…

Ser feliz!

Ainda indignado, vou voltar para a cama!

A maleita chegou com força

O Sempre a Produzir está enfiado na cama, a curar a porra da gripe!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Vai lá, vai… - 02

No seguimento do post anterior, serve o presente para comunicar que, ontem à noite, a minha querida mulher foi parar ao hospital, onde lhe foi diagnosticada uma intoxicação alimentar ou gastroenterite.

Injecção, tipo bomba, para acabar com o enjoo permanente, um balão de soro e o problema ficou resolvido, a par das recomendações normais para uma dieta rigorosa nos próximos dias.

O pior de tudo foi o tempo que tivemos que esperar pelo resultado das análises que, graças a Deus, estavam impecáveis, sem acusar qualquer tipo de infecção ou outra qualquer coisa de especial.

A pequena cria continua a aguentar-se bem e, ainda que com um pouco de tosse, foi para o colégio, numa de deixar a mãe descansar convenientemente.

Quanto ao Vosso interlocutor, que já não andava grande coisa, piorou substancialmente, graças, muito certamente, à porra dos vírus que andavam a pairar nas urgências do hospital.

Em jeito de conclusão, a famelga está toda marada!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Vai lá, vai... - 01

Quinta-feira passada, ao início da noite, a pequena cria, que apesar de alguma tosse e algum pingo no nariz, até se andava a aguentar bem, apareceu-nos com 38,6º de febre.

Toma lá de xaropes, gotas nasais e todas aquelas tretas inerentes, o pai a ter que meter um dia para ficar com a pequena cria na sexta-feira e a coisa a melhorar durante o fim-de-semana, no que toca, pelo menos, à febre.

No Sábado à noite, e vindo, assim, do nada, a minha querida mais que tudo desata a vomitar e passa uma noite desgraçada, situação que, ainda que mais calma, se manteve no Domingo e durante esta noite.

A porra do fim-de-semana que, esperávamos nós, se afigurava tranquilo no conforto da casota, em contraste com o frio que se fazia sentir, acabou por ser cansativo e stressante, graças a um corrupio incessante capaz de dar assistência às duas doentinhas cá de casa.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A guerra em Gaza - 03

Enquanto as televisões continuam a mostrar imagens, sem dúvida, horrendas sobre o lado mais dramático deste conflicto – o lado das crianças –, a ONU aprovou uma resolução que visa o fim da guerra, resolução essa imediatamente rejeitada pelos coitadinhos martirizados filhos da real puta do Hamas, que preferem precisamente isso…

Martirizar os seus próprios filhos, usando-os como escudos.

Escusado será relembrar que a restante populaça palestina, incluindo outras facções radicais, estão dispostas a aceitar os pressupostos da comunidade internacional com vista a um cessar-fogo que leve à paz na região.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

O CR espetou-se!

O jogador do Manchester United sofreu um violento acidente de viação, algures num túnel perto do aeroporto lá do sítio, quando seguia para o treino diário.

Apesar do aparato e da violência do impacto, fruto, pelos vistos, dum despiste – já que não houve outras viaturas envolvidas –, o rapazito saiu ileso e pelo próprio pé.

Depois do teste de alcoolémica, foi o adeus a mais de cento e sessenta mil euros, um adeus que deve ser considerado mais como um “até logo”, já que dois dias e meio de trabalho deverão chegar para ir buscar um Ferrari igual ao destruído, caso, claro está, o concessionário local da marca não decida pôr, de borla, um destes bólides nas mãos do menino a troco de publicidade.

Goste-se ou não do CR, a populaça cá do burgo fica, com certeza, contente que o rapazola tenha saído ileso do acidente.

A guerra em Gaza - 02

O título podia, muito bem, ser qualquer coisa do género “Pedimos desculpa pela interrupção. Voltaremos dentro de momentos.”

Pressionado internacionalmente, Israel cedeu e propôs um cessar-fogo diário de três horas, aceite pelo Hamas, para que a populaça civil possa descansar um pouco e ter acesso à ajuda humanitária.

É um interregno útil e bem-vindo pelos civis, que aproveitaram para ter acesso a alimentos e medicamentos, fazer umas compras e visitar familiares, mas, sem dúvida, também aproveitado por ambas as parte beligerantes para acertar detalhes, reorganizar posições no campo de batalha e dar de comer aos seus homens, uma vez que o intervalo, entre as 12h00 e as 15h00, coincide com a hora do almoço.

Se fecharmos os olhos, podemos visualizar a situação caricata de algum tenente ou capitão, ainda a mastigar uma sandes de torresmos, a apressar os seus militares para calçarem as botas e arrumarem as panelas, enquanto começa a contagem decrescente para voltar a dar uns tiros.

Reféns

Diz-se, por aí, que já são dezassete os países da UE afectados, directamente, pela quezília gasosa entre ucranianos e russos.

É ridículo pensar que a União Europeia está completamente dependente dos gajos lá das bandas de leste no que toca ao abastecimento de gás.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

A guerra em Gaza - 01

Independentemente do que reza a história, se invadiu ou deixou de invadir, se era de um ou do outro ou alguma coisa mais do género, o Hamas está, pelo menos por agora, a pagar por tudo o que tem feito ao longo dos anos.

Numa altura em que a populaça mundial se divide em apoiar um e outro lado do conflito, convém não esquecer que, num passado muito recente, Israel abandonou Gaza, num gesto que deveria ter sido apoiado e aproveitado por toda a populaça palestiniana para conseguir a paz para aquela zona, sempre conturbada, mas boicotado pelo movimento radical do Hamas que, pura e simplesmente, prefere continuar a pensar em erradicar Israel do mapa mundo.

Convém não esquecer que outras facções palestinianas, e o mundo árabe no geral, estavam numa de desenvolver Gaza, aceitando administrar o território e muitas das benesses que lhes foram oferecidas, com vista a esse desenvolvimento, como, por exemplo, a porra do estádio de futebol, generosamente doado pelo contribuinte cá do burgo.

Quanto ao Hamas, em vez de se colocar ao lado dos seus “irmãos” palestinianos, optou por um género de golpe de estado dentro do próprio estado palestino e tem infligido terror, ódio e sofrimento junto da própria comunidade, atacando os elementos de outras facções, nomeada e especialmente, aqueles ligados à Fatah.

Convém, ainda, relembrar que o Hamas é uma organização terrorista, e nada mais do que isso, que prefere instigar a sangrentas guerrilhas internas e externas, a ataques terroristas, à formação de jovens mártires – leia-se anormais do pénis – que aceitam, de bom grado, enrolarem-se em meia dúzia de quilos de dinamite e fazerem-se explodir no meio da populaça alheia, iludidos com a visão estúpida e ignorante do paraíso recheado de jovens e belas virgens de braços abertos para os receberem, e ao lançamento de “rockets” contra o vizinho infiel.

Tendo em conta o fanatismo daquela gente, que leva, inclusive, mães a exultarem os seus filhos mártires, ninguém tem que ficar surpreendido quando se ouve falar em escudos humanos compostos por mulheres e crianças, ou por responsáveis escondidos em templos religiosos ou escolas.

Para eles, é, simplesmente, cagativo e serve, simplesmente, para apelar ao sentimento de pena de quem vê as imagens da guerra na televisão.

Convém, ainda, não esquecer que o período de débil paz que ocorreu durante três anos foi quebrado pelo Hamas, ao enviar meia dúzia de foguetes contra território israelita.

O mundo árabe, e a Palestina em particular, deve é estar agradecido a Israel por esta incursão bélica, especialmente se o objectivo de aniquilar o Hamas for conseguido.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Pior que cuspir na sopa

E pior que as obras da Santa Engrácia!

As obras no Terreiro do Paço não param e, depois da conclusão das obras do metropolitano, começam, agora, as obras para a instalação de condutas de esgotos que, salvo os indispensáveis atrasos, demorarão um ano.

Informação parental

Para quem tenha crias do sexo feminino, naquela idade em que começa a aparecer a menstruação, não há lugar a dúvidas…

Se a moçoila ficar, repentinamente, sem forças e desmaiar, passando, depois, a um estado consciente e a respirar, com muito calor, tonturas, febre e com o período, a cura passa por um copo de leite quentinho e fica fina, de acordo com o protocolo praticado pelo INEM.

No caso duma moçoila de Albufeira, os pais, após o telefonema para o 112 e as tais recomendações protocolares, acabaram por levá-la ao centro de saúde lá do sítio, onde lhe foi diagnosticada uma infecção que lhe interrompeu a correcta irrigação do sangue para o cérebro, o que lhe provocou os ditos desmaios.

O pénis que os fecunde mais a bosta dos protocolos!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

A populaça entendeu mal

Depois de andar, durante quase um ano, a chagar a vida aos professores e, mais importante, à populaça em geral, o Sr. Sócrates vem à televisão dizer que, afinal, o que havia era um simulacro de modelo de avaliação.

Muito provavelmente, em ano de eleições e quando começar a campanha eleitoral, o Sr. Sócrates também vai dizer que estes quatro anos têm sido uma experiência ou um simulacro de modelo de governação…

Porreiro, pá!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

O mensageiro

Sem trazer nada de novo, o estimado Presidente da República dirigiu-se à populaça cá do burgo em mais um discurso à nação, a terceira ou quarta desde que foi eleito, para nos desejar um bom ano.

Numa altura em que se conhecem as divergências entre o Sr. Silva e o Primeiro-ministro, o presidente foi prudente e, a bem do país, optou por um discurso de conveniência, de certo modo apaziguador e capaz de criar uma certa confiança entre a populaça.

Não deixa de ser interessante ou, se quisermos, original, o facto do discurso presidencial ter sido aplaudido por todos, ainda que por razões e leituras diferentes.

Menos interessante ou, se quisermos, verdadeiramente anormal, é a maneira como o socialista Vitalino Canas continua a querer atirar com areia para os olhos da populaça, ao afirmar que existe uma grande convergência entre o governo e o presidente, apesar deste ter mandado umas bocas sobre verdade – palavra que utilizou por meia dúzia de vezes – e o preço a pagar pelas ilusões, em alusões claras à actuação do executivo.

Cá por casa

2009 começou tranquilo, a três, com a pequena cria a braços com uma pequena constipação e algo entupida, a mãe com um derrame ocular, o pai a continuar a detestar champanhe e o visionamento, tipo maratona, da quarta temporada da série Perdidos.