quarta-feira, 30 de abril de 2008

Era de esperar

Diz o ditado que “em casa roubada, trancas à porta” e o Ministério da Administração Interna, depois da merda que tem havido em esquadras cá do burgo, decidiu seguir o dito cujo e emitiu um despacho que visa garantir a presença de mais de um agente nas instalações da PSP e da GNR.

O que não se entende é como é que não existia semelhante directiva sobre algo tão básico e lógico.

Contas feitas…

…os preços dos combustíveis sofreram mexidas, em média, uma vez por semana, nestes quatro primeiros meses de 2008.

Das dezassete mexidas, catorze foram subidas e a populaça lá vai aguentando esta bosta, compreensivelmente aceite e incentivada pelo estado que vê, assim, os cofres a ficarem mais cheios.

Contas feitas, lá diz o velho ditado que quando o mar bate na rocha, quem se fecunda é o mexilhão.

Polícia de (In)Segurança Pública

Rui Pereira, o Ministro da Administração Interna, diz que não é aconselhável ficar um agente sozinho numa esquadra, uma vez que esta se torna num local vulnerável e, obviamente, tal facto não se coaduna com o que deve ser uma esquadra policial.

Brilhante conclusão de alguém que nunca deve ter visto filmes de referência como o Exterminador Implacável, O Assalto à Décima Terceira Esquadra ou outros semelhantes.

Mas está tudo bem… O governo já encomendou armas novas, vai mandar fazer sete campos de treino de tiro e vai reforçar o efectivo policial, apesar do existente já chegar para as encomendas e o problema passar, segundo o ministro, pela falta de organização dentro das esquadras.

Se aos últimos casos, juntarmos o facto de que os agentes ainda têm que remodelar e pintar a esquadra, numa de evitar que lhes caia um tecto em cima, então continuamos a perceber que, como em tantas outras coisas, este país está entregue à bicharada, no que toca à (in)segurança do cidadão.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

O peso das penas

O CDS-PP quer penas mais pesadas para os malandros que se dedicam ao “carjacking” e já tem uma proposta, com quinze medidas, para combater o fenómeno.

Entretanto, algures num bairro de Telheiras, instalou-se, há uns dias, um autêntico estado de guerra, com a populaça local a atacar, em jeito de motim forte e feio, as autoridades policiais, na sequência da detenção dum gajo qualquer que foi mandado parar pela polícia e que, no banco do pendura, levava, à vista de quem quisesse ver e sem qualquer tipo de problemas, uma caçadeira de canos serrados.

Escusado será dizer que o dito cujo foi até à esquadra mais próxima, quiçá até ao tribunal mais próximo, saiu em liberdade e, o mais certo, é que já ande à procura de uma nova arma, sabe Deus para quê.

As penas mais pesadas propostas pelo CDS, bem como por outro qualquer partido, são, nestes casos, muito bem vindas e devem ser aplicadas sem apelo nem agravo.

No entanto, antes de se pôr em prática semelhantes medidas, há coisas que, forçosamente, têm que mudar, sob pena de corremos o risco de apanhar um ou dois raptores de viaturas, levá-los a tribunal e vê-los, passadas poucas horas, no olho da rua, com um sorriso maquiavélico nos lábios e preparados para continuar com os trabalhinhos que se tinham proposto fazer.

Fórmula Um 2008 - IV

GRANDE PRÉMIO DE ESPANHA

27 de Abril de 2008


FÓRMULA 1 GRAN PRÉMIO DE ESPAÑA TELEFÓNICA 2008

Circuit de Catalunya - 4 quilómetros e 655 metros
Recorde de Melhor Volta - F Massa, em 2007, com o tempo de 1:22.680

Resultados

1º - Kimi Räikkönen
2º - Felipe Massa
3º - Lewis Hamilton

Volta mais rápida - Kimi Räikkönen com o tempo de 1:21.670, o que constitui novo record do circuito

Campeonato Pilotos

1º - Kimi Räikkönen - 29 pontos
2º - Lewis Hamilton - 20 pontos
3º - Robert Kubica - 19 pontos

Campeonato Construtores

1º - Ferrari- 48 pontos
2º - BMW - 35 pontos
3º - McLaren Mercedes - 34 pontos

Mais um grande prémio em que tudo correu bem à Ferrari que conseguiu a segunda dobradinha da época e em provas consecutivas.

Hamilton salvou a honra da McLaren, ao conseguir o terceiro lugar, numa prova que ficou marcada pela destruição do segundo carro da escudaria britânica na sequência do violento acidente protagonizado por Heikki Koivalainen.

Ainda uma nota positiva para Robert Kubica que conseguiu um excelente quarto lugar, permitindo à BMW a manutenção do segundo lugar no campeonato de construtores, ainda à frente da McLaren.

Nota negativa para a Renault que não conseguiu que nenhum dos bólides acabasse a corrida.

Fernando Alonso, a correr em casa, foi traído pelo motor e Piquet Júnior foi vitima de acidente.

Próximo Grande Prémio a 11 de Maio na Turquia.

Mais informações aqui.

O gosto especial dos políticos

Tal como quem aprecia um bom café ou um bom vinho, os políticos apreciam um bom tabu e situações de “suspense”.

O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, parece não querer ser excepção e já disse que reserva a possibilidade de apresentar uma candidatura à liderança do PSD até vinte e três de Maio, último dia do prazo dado aos potenciais candidatos.

Há quem diga, e até lhes dou toda a razão, que o jogo de Jardim pode estar certo e vir a dar os seus frutos, já que mantém a oposição interna e as outras candidaturas num estado de incerteza e nervoso miudinho, enquanto, com a devida calma, vai procurando apoios e analisando se vale a pena avançar com o seu projecto de se livrar dos barões do partido e devolver o PSD às bases e aos dirigentes patriotas.

Para o líder da Madeira, nenhum dos candidatos que, até ao momento, formalizaram as suas candidaturas, a saber, Manuela Ferreira Leite, Pedro Santana Lopes, Pedro Passos Coelho, Neto da Silva e Patinha Antão, tem qualquer hipótese de ganhar as eleições contra o senhor Sócrates e o Partido Socialista.

Assim sendo, não será hora de assumir a candidatura?

sábado, 26 de abril de 2008

Ambiguidades do Sistema Nacional de Saúde

Durante o excelente programa da SIC Notícias, que, infelizmente, não pude acompanhar desde o início, sobre o cancro infantil e o trabalho de toda a gente que, no Instituto Português de Oncologia, se dedica a estas crianças, algumas situações deixaram-me boquiaberto, não tanto por não saber da sua existência mas, talvez, por verificar, mais uma vez, algumas das tristes realidades cá do burgo.

Ao fim de muitos casos mencionados e do testemunho de médicos, enfermeiros e familiares, a reportagem começou a divergir para o campo dos direitos e deveres dos pais, especialmente dos pais destas crianças, e de tantas outras que sofrem de alguma enfermidade que requeira cuidados prolongados, e, eis senão quando, a populaça cai em si ao perceber que o comum cidadão só tem 30 dias por ano para dar assistência aos filhos e, em casos “especiais”, como, segundo percebi, o dos funcionários públicos, uns míseros onze dias por cada 365.

É, então, que percebemos que a dura realidade destes familiares, tantas vezes desesperados com o estado de saúde dos filhos, passa por ter que recorrer às falcatruas que os médicos de família, amável e compreensivelmente, lhes proporcionam, ao dar-lhes baixa a eles mesmos, em vez de declararem a verdade que seria a baixa por assistência a um familiar menor que requer cuidados continuados.

É, então, que percebemos que, incompreensivelmente, a lei cá do burgo é ambígua até mais não, uma vez que se um progenitor, que já esgotou os míseros trinta dias, envia o filho, já adolescente, sozinho ao hospital, numa de defender o sustento e, ao mesmo tempo, “cuidar” da saúde da, ainda, criança, pode ser acusado de negligência e as autoridades de protecção a menores são, imediatamente, notificadas.

É, então, que percebemos que há qualquer coisa de podre no nosso sistema de saúde, quando deparamos com casos, como o de uma menina de Cabo Verde, que, ao abrigo de protocolos, são, devidamente, tratados cá no burgo, acompanhados de um familiar que, além de não ter qualquer tipo de despesas, uma vez que até o alojamento, mais ou menos bom, é pago, ainda recebe um subsídio de duzentos e cinquenta euros mensais.

Não tenho, atenção, nada contra este tipo de situações proporcionadas pelos ditos protocolos, mas não posso deixar de pensar nas muitas famílias cá do burgo, que passam uma vida a descontar para a Segurança Social e para o Sistema Nacional de Saúde, que, além de arriscarem o ganha-pão do lar, não recebem qualquer tipo de apoio financeiro, ou, se recebem, deve ser qualquer coisa como a miséria do abono de família que não dá, sequer, para comprar uma vacina para a criança.

São situações complicadas, extremamente problemáticas, e, tantas vezes, desesperantes, para as quais os responsáveis deste país deveriam olhar com mais atenção e actuar, e legislar, de modo a proporcionar ao cidadão o real direito que tem à saúde e a cuidar dos seus.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Abrilada

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Até quando esta bosta?

Logo de manhã, num dos canais de rádio cá do burgo, falava-se do preço absurdo a que chegou o gasóleo, do, previsível e mais do que provável, novo aumento da gasolina, lá para meados de Junho, e dos rumores, que começam a correr por aí, sobre a possibilidade da aplicação de portagens na fronteira Portugal-Espanha, bem como da possibilidade de este ano, ao contrário do que vem sendo habitual, desde há uns anos a esta parte, serem cobradas as taxas das portagens na primeira ponte sobre o Tejo durante o mês de Agosto.

Por outras palavras, continuaremos a ter os combustíveis mais caros da bela da União Europeia, certa parte da populaça é levada a pensar duas vezes antes de ir abastecer em Espanha, o que pode significar um adeus à liberdade de escolha, e os desgraçados que gostam de praia, mas que não têm euros suficientes para gozar umas férias bem longe desta chafarica, como é o meu caso, para quem as idas ao areal se vão tornar bem mais caras e demoradas.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Lido noutros blogs

- O balanço negativo da visita de Cavaco à Madeira, no Activismo de Sofá
- O sinal que faltava, no Mais Actual
- A minha bola de cristal, no 31 da Armada
- Verdade sobre o Benfica, no Marcha dos Pinguins
- Mais do mesmo, no Faccioso

Agradecimentos

Ao blog Do Miradouro os meus agradecimentos pelo link feito ao Sempre a Produzir.

Três vezes mais

Num país que se orgulha de pertencer ao mundo dito civilizado e à União Europeia, onde, dizem, Portugal tem um papel de destaque, é triste, e, sobretudo, complicado de entender, constatar que o número de cidadãos a pedir ajuda, especialmente para necessidades alimentares, triplicou, no ano passado, nos centros de ajuda da Assistência Médica Internacional (AMI).

Sejam pobres, desde sempre, ou populaça que se vê, de repente, sem emprego e com contas para pagar, o flagelo deixou de ser maioritariamente de pessoas sozinhas, para passar a ser, também, de famílias inteiras.

É uma triste realidade com tendência para vir a agravar.

Mais reboliço ou bonança?

Há quem já o esperasse e há quem dissesse que seria pouco provável, mas, finalmente, Manuela Ferreira Leite quebrou o silêncio e anunciou que vai concorrer à liderança do PSD, juntando-se, assim, a Pedro Passos Coelho, Patinha Antão e Neto da Silva.

Aguiar Branco, que tinha posto na mesa a possibilidade de apresentar uma candidatura, recuou na sua decisão, depois do anúncio de Ferreira Leite, por considerar que a candidatura da ex-ministra das Finanças reúne melhores condições.

Entretanto, surge mais uma voz que, quer se goste, quer não se goste, tem muito peso no PSD, que defende que, entre outras medidas, o partido devia ponderar sobre a reconstituição da Aliança Democrática e adoptar o velho esquema dos mega comícios, em vez dos, tão em voga, jantares de família política.

Alberto João Jardim, que já confirmou que estará presente no Conselho Nacional do partido, diz que paira sobre todas as trapalhadas do Continente e já recusou a ideia, avançada por outras vozes, de se candidatar à liderança.

Diz ele que tem pena, porque sabe muito bem como ganhar eleições, mas que não pondera semelhante cenário por se considerar um general sem tropas no que toca ao continente.

Bem… Vai na volta, Alberto João Jardim ainda poderia ter uma surpresa, mas ele, melhor que ninguém, sabe do que fala e em que terrenos pode pisar e avançar.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Acordo ortográfico luso-mundial

Nos diversos meios de transporte, é frequente ver anúncios daquelas casas de câmbios que negoceiam o envio de euros para os países de origem, em russo ou ucraniano ou coisa que o valha.

Hoje de manhã, passei por uma daquelas maquinetas que tiram quatro fotografias apressadas para os passes, que se podem encontrar em qualquer estação de comboios ou metropolitano, e reparei, ainda que de relance, que o preço das fotos estava em Português e, por baixo, em chinês ou japonês.

Vamos ao All-garve e, na grande maioria dos restaurantes, as ementas são-nos apresentadas em inglês, alemão e, só depois, em Português.

Frequentemente, ou melhor, mais do que frequentemente, a populaça negra fala num dos inúmeros dialectos vindos de Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné ou algum outro país que agora me escapa, e a populaça local fica ás aranhas, apanhando palavras soltas que não levam a nenhuma conclusão.

Até me podem estar a chamar nomes ou a mandar-me para o pénis que me fecunde, que não percebo nada e, na volta, ainda olho para eles e sorrio, como quem acha piada à maneira interessante como se exprimem.

Isto já para não falar na catrefada de indianos que podemos encontrar cá no burgo e que, fruto de uma linguagem de trapos totalmente imperceptível, até podem estar a planear um atentado ao vizinho do lado porque, à populaça local, a coisa passa completamente ao lado.

Com tantas empresas espanholas a operarem no mercado nacional, ou a controlarem empresas cá do burgo, o castelhano é, cada vez mais audível no dia-a-dia do comum cidadão e, qualquer dia, passaremos a entrar num qualquer café e pedir “una caña y un bocadillo de jamón de york con poca mantequilla”.

Afinal, quer-me parecer que as autoridades (in)competentes estão, uma vez mais, a fazer tudo mal feito e que o tal do acordo ortográfico devia ser alargado a muitos outros países, em vez de se limitarem aos que falam “português”.

Borrasca laranja

Como era de esperar, anda tudo em reboliço lá para os lados do PSD e diversos nomes vão aparecendo, e desaparecendo, no que é a corrida à liderança.

Marcelo Rebelo de Sousa exclui a possibilidade de ser candidato, dizendo que não se sente moralmente obrigado a faze-lo.

Já há quem diga que Luís Filipe Menezes já deu o dito por não dito, e que pondera regressar e voltar a candidatar-se, caso Rui Rio também avance com uma candidatura.

Pedro Passos Coelho foi o único, até agora, a dar o passo em frente e assumir-se como candidato a manda chuva dos laranjas, garantindo que quer ser o novo rosto da esperança e que a sua candidatura não está dependente de nenhum outro nome que, entretanto, apareça.

E, claro, não podia faltar Pedro Santana Lopes que, apesar de se ter comprometido com Menezes mas perante a saída de cena deste, começou a fazer uns telefonemas numa de testar os possíveis apoios e ver se vale a pena avançar.

Aguardemos, então, para ver quem mais vai avançar e até que ponto é que as decisões e opiniões dos maiores dentro do partido vão determinar os avanços e os recuos dos candidatos.

Há explicação?

Depois do jogo fenomenal da passada quarta-feira, contra o Benfica, onde ficou provado que o clube de Alvalade, quando quer, sabe jogar como deve de ser, o Sporting foi cilindrado pela União de Leiria, uma daquelas equipas que corre sérios riscos de descer de divisão, por quatro a um.

Há quem diga que foi a humilhação, há quem diga que acha o caso cómico e há quem diga que, em vez de lutar pelo quarto ou quinto lugar, o Sporting merecia, à semelhança do Benfica, um ano sabático na segunda liga.

Talvez, assim, aprendessem a ser mais humildes e a entender o que é jogar à bola.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Estavam à espera de quê?

Como dizem os velhos ditados, “a cavalo dado não se olha o dente” e “quando a esmola é muita, o cego desconfia”.

De repente, surge em empresário, cheio de boa vontade, que diz ter a solução, por sinal milagrosa, para os problemas financeiros do Boavista, ou seja, qualquer coisa como trinta e oito milhões e meio de euros.

Claro que, estando o clube pelas ruas da amargura e os jogadores a ameaçarem com greves, nem se olha para trás e venham de lá os milhões de euros.

De repente, parece que a própria direcção do Boavista, depois do tal empresário ter entregue um primeiro cheque no valor de 9,5 milhões de euros, fez uma denúncia à Judiciária, que não se fez rogada e já deteve a criatura.

Será que foi a boca desnecessária que proferiu ontem, durante uma conferência de imprensa, ao afirmar que tinha os cheques com ele mas que ninguém os via, ou será que a contabilidade do Boavista foi levantar o cheque e bateu com o nariz na porta por falta de fundos?

Não acredito mas pagava para ver

Miguel Albuquerque, que é membro da mesa do Congresso Nacional do PSD e Presidente da Câmara do Funchal, apoiou a decisão de Menezes em renunciar à liderança do partido e instigou os opositores a assumirem as suas posições e as suas possíveis candidaturas.

Confrontado com a pergunta sobre se existe alguém capaz de salvar o Partido Social Democrata, a resposta foi clara e concisa ao considerar Alberto João Jardim como alguém ideal para liderar o partido, além de ter todas as condições para fazer oposição incisiva ao governo do Sr. Sócrates.

Havia de ser lindo…

Adeus e que venha o próximo

Há uns meses atrás, por ocasião da vitória de Menezes e consequente ascensão ao posto de manda chuva do PSD, falava eu com um fervoroso militante laranja, daqueles que, ainda que desconhecido do geral da populaça, já tem um nome e uma posição a defender nas esferas partidárias, sobre a imagem, a posição e a garra do novo líder.

Dizia-lhe eu, na altura, que até que ia à bola com a figura de Menezes e que pensava que era uma personagem com capacidade para dar a volta ao PSD e, inclusive, para, na hora H, ir buscar votos, os chamados votos úteis, a outras forças políticas cá do burgo.

O meu interlocutor mostrava-se, pelo menos assim me pareceu na altura, confiante e satisfeito com o resultado, além de, provavelmente, e face às minhas palavras, estar a pensar, com um sorriso algo malandro nos lábios, que podia ter na minha pessoa mais um gajo a pensar mudar de cor partidária ou, no mínimo, a considerar o tal voto útil como maneira de mandar o governo do Sr. Sócrates para o sítio que devidamente merece.

A verdade é que, a esta hora, estou a engolir as palavras que disse, e a minha opinião, face ao nada feito por Menezes, à excepção da mudança do emblema do PSD, mudou, de forma radical, em relação ao líder demissionário.

Menezes não teve o carisma necessário para conquistar as bases do partido e, consequentemente, começou, desde muito cedo, a ser contestado e a levar porrada vinda de todas as direcções, sem saber como aparar os golpes.

Menezes não deu ao PSD a imagem que o partido esperava, tendo, possivelmente, em conta o excelente trabalho que sempre desenvolveu à frente da autarquia de Gaia, e mostrou ser um líder molenga, quer no que toca à política interna quer no que toca à política de oposição ao governo.

Lembro-me que, na altura, o meu interlocutor falou de outros possíveis nomes para a liderança do PSD, como, por exemplo, Passos Coelho, ainda que considerasse este demasiadamente jovem para assumir o protagonismo e ficar à frente dos destinos laranjas.

Seis meses passados, de puro fiasco partidário, pergunto-me quem terá a coragem de agarrar num partido fragmentado, e cheio de mazelas provenientes de tanta guerrilha interna, e a habilidade política que permita, depois da tal “reflexão interna” da praxe e da serenidade de que todos tanto gostam de falar em momentos de crise, levar o PSD a ser, realmente, a alternativa credível ao governo socialista nas eleições do próximo ano.

Alvitro, na minha condição de cidadão pouco dado a politiquices (ainda que seja filiado num partido cá do burgo), que não existe, no seio do PSD, ninguém com esse perfil, porque é preciso ser-se louco, pouco responsável, pouco visionário e suficientemente suicida para se auto considerar como “carne para canhão”, para se candidatar à liderança dum partido que está, actual e infelizmente, condenado a perder as próximas eleições.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Lido noutros blogs

- Eu, que já tinha aprendido a controlar os meus sentimentos, no 31 da Armada
- GRANDES: lubrificante natural, n’O País do Burro
- Alice no país do compadrio, no Lóbi
- Esféricos e o poder de regenerar, n’A Barbearia do Senhor Luís
- Hoje na Régua, amanhã num lugar perto de si, no Alma Pátria - Pátria Alma
- Cheias de Fevereiro: as casas deles, no Marcha dos Pinguins
- Lagos, n’O Sítio da Osga

Enchente nas consultas cardiovasculares

O Sporting passou à final da Taça de Portugal, depois dum jogo pleno de emoções, bem jogado e com um ritmo frenético, nada condizente com o que a populaça está (mal) habituada a ver cá no burgo, onde derrotou o rival Benfica por cinco a três.

Cinco golos, em, apenas, 16 minutos, quatro dos quais para a equipa de Alvalade, que recuperou, e muito bem, duma desvantagem de dois golos ao fim da primeira parte, atestam bem o nível do jogo e a entrega dos jogadores de ambas as equipas.

Duas coisas ficam, no entanto, por esclarecer:

- Como é que uma equipa como o Benfica se deixa ir tão veemente abaixo após sofrer o primeiro golo, tendo plena consciência de que estava a arrasar a equipa contrária e que, continuando com a mesma força, empregue até então, poderia, não só, sair vencedor do derby como dilatar a vantagem?

- Quantos adeptos, de ambas as equipas, é que deram entrada nos hospitais circundantes da Segunda Circular com problemas cardíacos?

Tão amigos que eles estão

Entre os rivais democratas, candidatos à Casa Branca, o discurso mudou e, dos ataques, mais ou menos acesos, Obama e Clinton passaram à postura do tu és um gajo(a) porreiro(a) e, se ganhares, a coisa fica bem entregue.

Fantasma constipado

Reconheço que, desde que me lembro de ser gente, há sempre, naqueles momentos em que estou a pensar para com os meus botões, uma qualquer música que paira dentro da minha cabeça, daquelas que, como se costuma dizer, ficam no ouvido.

Acho que é perfeitamente normal e, de certeza absoluta, não sou o único.

Seria, no entanto, legítimo pensar que, para um tipo de quarenta anos, a musiqueta a matraquear a carola fosse qualquer coisa como uns acordes dos lendários Pink Floyd ou U2, ou qualquer coisa mais recente como os Linkin Park, por exemplo.

O que não é legítimo pensar, nem, tão-pouco, parece muito normal, é que a musica que persiste em matraquear-me a cachola seja a música do fantasma que se constipou, vulgo “Atchim”, da autoria do Avô Cantigas, fruto de tanto ouvir o Canal Panda e outros afins.

Não digam que eu não avisei, mas, para quem não conheça e tenha curiosidade em saber qual a música da moda da criançada, a musiqueta do “Atchim” está disponível aqui.

Nota – Também publicado no Traquina e Irrequieta com visualização directa do vídeo.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Exemplo Checo

A República Checa vai inaugurar o primeiro centro de detenção de abusadores sexuais e criminosos com doenças da carola em Janeiro de 2009, ao qual se seguirão mais duas destas instituições, ainda sem datas de abertura previstas.

Dizem eles, os Checos, que, neste tipo de gentalha infame, a reincidência é, neste momento, incontrolável e que, sem estes centros, a populaça não estará suficientemente protegida.

Tendo em conta que a República Checa tem sido criticada, injustamente, na minha modesta opinião, por executar castrações químicas e cirúrgicas a essa cambada de anormais, esta terá sido, porventura, a solução encontrada.

Ainda que a ideia deste tipo de prisões não seja má, continuo a ser apologista do serrote como ferramenta primordial para a extracção dolorosa e demorada do artefacto sexual desses cabrestos, antes, obviamente, de ingressarem num desses centros onde, em vez de piscina e áreas para a prática de desporto, às quais, ao que parece, os reclusos vão ter acesso, deveriam existir outro tipo de obrigatoriedades desportivas e de lazer, como provas de hipismo ao contrário, onde o cavalo é que montaria, sem sela, o recluso.

Futebol Clube do Puorto, Carago!

Dúvidas houvessem que a equipa nortenha é a melhor cá do burgo e a única a poder dizer, com toda a certeza, que joga bom futebol, coeso e que tem uma boa equipa, ficaram desfeitas ontem no Estádio do Bonfim, onde o FCP goleou o Vitória local por três a zero, assegurando, assim, a sua presença na final da Taça de Portugal.

Depois de já ter conquistado o título de Campeão Nacional 2007-2008, a não sei quantas jornadas do fim da Liga, o Porto volta a estar de parabéns.

Resta saber quem será a vítima para a final da Taça…

Sempre a mesma bosta

A inflação sobe, o desemprego também e o Banco de Portugal alerta para a deterioração do mercado de trabalho cá do burgo, além de aconselhar à revisão das metas do Orçamento de Estado.

Só o governo do Sr. Sócrates acha que a bosta que envolve o burgo está a melhorar e não quer aceitar o que é mais evidente.

Electricidad(e) Ibérica

Um dos matutinos lisboetas dá conta de que a Iberdrola, a congénere espanhola da EDP que, por acaso, até já detém uma forte participação na empresa cá do burgo, está interessada nos projectos de construção de barragens em terras lusas.

A Iberdrola torna-se, assim, num forte concorrente da EDP no que toca à corrida pelas hidroeléctricas e assume, quanto à sua participação na EDP, que a ligação, antes estratégica, é, nos dias de hoje, apenas financeira.

Sendo este um caso notório, e merecedor de notícia por parte de alguns meios de comunicação social, a verdade é que empresas espanholas a operar, e, em alguns casos, a dominar, no mercado cá do burgo são mais que muitas e, na sua maioria, negócios que a comum populaça desconhece.

Por este caminhar, mais vale assumir que somos mais uma província espanhola e deixar que o país vizinho comande, definitivamente, os destinos cá do burgo.

Quem sabe não saímos todos a ganhar?

Uno de los periódicos de Lisboa nos dá cuenta que Iberdrola, la congénere española de EDP (Energias de Portugal) que, aliás, detiene ya una furte participación en la empresa portuguesa, está interesada en los proyectos de construcción de represas en Portugal.

Iberdrola se asume, de este modo, como un fuerte competidor de EDP en lo que toca a la correría por las hidroeléctricas, al mismo tiempo que asume, en lo que respecta a su participación en EDP, que la ligación existente entre ambas, antes estratégica, es, en los dias de hoy, solamente financiera.

Aun que este sea un caso con alguna notoriedad, merecedor de notícia en algunos medios de comunicación social portugueses, la verdad es que son muchas las empresas españolas a operar, y, en algunos casos, a dominar, en el mercado portugués y, en una gran mayoria, negócios que la generalidad de la populación lusa desconoce.

Si seguimos por este camino, mejor sera asumirnos como más una província española y dejar que el país vecino controle, definitivamente, los destinos de Portugal.

¿Quién sabe si no saldríamos todos ganando?

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Fecunde-se!

Estava um gajo, pacatamente, a dar uns toques na bola com a malta amiga quando, vindo do nada, surge um dócil Pit Bull que se atira às partes baixas do bacano, vulgo bolinhas, tomates, testículos ou, em bom português cá do burgo, colhões.

Mais um caso para juntar a tantos outros, que, ultimamente, têm vindo a publico, sobre ataques de cães considerados de raças perigosas a comuns cidadãos.

Cambada de loucos

Alberto João Jardim continua com a frontalidade de sempre e, em recentes declarações, considerou os deputados madeirenses da oposição como um bando de loucos, nomeadamente “o fascista do PND e aqueles tipos do PS”.

Tudo por estar em causa a possível inclusão de uma sessão solene, por ocasião da visita de Cavaco Silva ao arquipélago da Madeira, que Jardim considera bem não se realizar porquanto daria uma péssima imagem da Madeira mostrar ao burgo continental o tal bando de loucos que está dentro da Assembleia Legislativa.

O Dr. Alberto João que não se preocupe, porque a populaça cá do continente já está habituada a essas situações.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Vou já para casa

Dizem os investigadores da University College of London, num estudo publicado na revista científica “British Journal of Sports Medicine”, que fazer a lida da casa durante 20 minutos seguidos por semana é o suficiente para reduzir o stress e melhorar o humor do cidadão.

Já se sabia que realizar tarefas capazes de abstrair a populaça dos seus problemas do quotidiano era algo positivo e benéfico.

O que não se sabia era quanto tempo a realizar estas tarefas é que seria necessário para obter essas saudáveis vantagens.

Assim, os objectivos dos investigadores passaram por estabelecer quais as actividades físicas que aportam mais benefícios para a sanidade mental de populaça e, por outro lado, quantificar o tempo necessário para que semelhantes actividades tivessem algum impacto psicológico.

Os resultados indicam que são necessários 20 minutos seguidos de exercício, suficientes para deixar o cidadão ofegante, para que a actividade física provoque uma melhoria no humor e diminua o stress, sendo que as actividades mais apropriadas são a lida da casa, a jardinagem, a caminhada e a prática de desporto.

Por uma questão de notória falta de tempo para praticar, capazmente, algum desporto, apraz-me saber que limpar o palacete é uma actividade saudável para a carola.

Só não entendo é como é que um gajo pode ficar ofegante depois de andar a jardinar durante vinte minutos…

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Lido noutros blogs

- A nova língua portuguesa, no Pau Para Toda A Obra

Matemática Lusa

Há uns quantos anos atrás, andava eu no Instituto Espanhol de Lisboa, tive que receber umas explicações de matemática e de física e química.

Na altura, o explicador estava a concluir o curso de não sei de quê e ficou perplexo ao verificar que muita da matéria que se leccionava no ensino espanhol, naquele que corresponde ao décimo primeiro ano cá do burgo, era matéria com a qual os alunos portugueses só tinham contacto no terceiro ano da faculdade.

Pelo que pude verificar, ainda hoje é assim e não é de admirar que surjam estudos, como o Relatório Global de Tecnologia da Informação, a certificarem o ensino de Matemática e Ciência cá do burgo como o pior da União Europeia.

Que as há… Há?

De entre uma catrefada de dizeres populares cá do burgo, há um que reza que “não acredito em bruxas, mas que as há… Há!”

Sou fiel apologista deste dizer popular mas, durante uma incursão aos meandros jornalísticos da Internet, deparei-me com um pedaço dum texto de Isabel Stillwell, inserido num artigo que me parece demasiadamente infantil e desinteressante para merecer ser editorial do Destak, que me chamou à atenção pela forma precisa como descreve uma parca figura que, infelizmente, tenho o desprazer de conhecer e que, frequentemente, é apelidada de bruxa por várias outras pessoas.

A bruxa chantagista.

Habitualmente, são mães que não conseguem abrir mão dos seus filhos e usam poções e truques para os fazer sentir mal, sempre que lhes saem da vista, ou agem ao contrário do que lhes é ordenado.

As crianças, por muito que já meçam mais de um metro e oitenta, ficam sempre crianças e vivem com um eterno sentimento de culpa, sentindo que não estão a dar-lhes a atenção e o tempo que merecem.

Uma das poções fatais consiste no rol de coisas que fizeram pelos filhos, em detrimento da sua própria felicidade, e que começa nas dores do parto.

Contas que os rebentos ainda devem.

Nem a distância os salva das garras da sua chantagem emocional, sendo preciso um trabalho terapêutico intenso para que aquele filho perceba que é um ser de direitos próprios e que têm, imagine-se, direito a uma vida autónoma.

Isto só acontece, regra geral, depois de muitas acusações de ingratidão, e algumas ameaças de suicídio
.”

Será que a tal da criatura é mesmo desta casta?

A minha rua

A Agência Lusa dá conta duma mega operação da ASAE e do SEF, apoiada pela PSP e pela Polícia Municipal, na zona do Intendente, conhecida pela quantidade desmesurada de lojas de chineses, indianos e africanos, no geral, pelas casas de gajas menos recomendáveis e por ser uma zona de venda de estupefacientes e quaisquer outros artigos ilegais.

Diz o comando da Polícia Municipal que a intervenção tem como objectivo reabilitar aquela zona da cidade, considerada com prioridade pela autarquia.

Tendo, especialmente, em conta que é nesta zona finíssima de Lisboa que se encontra a Travessa do Cidadão João Gonçalves, meu ilustre e desconhecido homónimo, tenho mais é que dar vivas e aprovar semelhante acção.

Violência escolar

Num dos telejornais de ontem, apareceu mais um caso de porrada entre aluno e professor, por causa, mais uma vez, dum telemóvel, que terá terminado com ambos a serem assistidos num qualquer centro de saúde ou hospital.

O mesmo telejornal dá conta, desta vez nos Estados Unidos, duma rapariga que leva um enxerto violento de pancada, só porque meia dúzia de outras miúdas anormais decidiram que era giro pôr um vídeo, com cenas de socos, cotoveladas e pontapés, a circular na Internet.

Hoje, o Jornal de Notícias dá conta dum caso semelhante, ocorrido numa escola perto de Matosinhos, onde uma miúda de treze anos foi violentamente agredida por uma colega, enquanto outras quatro, segundo a mesma, ajudavam à festa, agarrando-a e esbofeteando-a, enquanto a principal agressora lhe desferia umas joelhadas na carola.

É mais um caso duma pobre coitada, a agressora, que vem dum família disfuncional, onde a violência e a delinquência juvenil, se assumem como o resultado, ou o escape, de maus tratos, má educação, falta de atenção ou, simplesmente, estupidez nata dos pais da criança.

Cenas de violência escolar, infantil, juvenil e, sobretudo, violência gratuita e, cada vez mais, impetuosa, começam a ser o pão nosso de cada dia e devem ser devidamente tratadas em sede própria, sem recorrer em demasia aos meios de comunicação social que, ainda que seja de louvar o facto de denunciarem estas situações, continuam, a meu ver, a empolar o assunto de um modo excessivo, como já referi num outro post.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Porra

Há quem diga que a vida das pessoas é como um livro e, no livro da vida da Joana, foi altura de pôr um ponto final num capítulo e começar um novo.

No entanto, estes últimos dias, ainda antes de festejar o segundo aniversário, trouxeram algumas novidades de última hora.

Primeira novidade – A Joaninha calçou um sapato sozinha.

Já andava a ameaçar, com algumas (muitas) tentativas fracassadas, mas, desta vez, fomos descobri-la a brincar no quarto com um sapato no pé direito perfeitamente calçado e fechado com um daqueles fechos de velcro.

Segunda novidade – A Joaninha descobriu espinhas.

Precisamente… A filhinha descobriu, e lá arranjou maneira de as deitar fora, duas espinhas que a mamã deixou passar ao preparar o bacalhau cozido com grão para a pequena criatura.

Terceira novidade – A Joaninha disse porra.

Exactamente e com todas as letras.

Ao levar um prato com bocados de queijo, tropeçou, não caiu, mas deixou cair uns bocados de queijo que transportava.

Nem olhou para nós… Disse um valente POUGA, apanhou os bocados de queijo e foi à sua vida.

Nota - Também publicado no Traquina e Irrequieta

terça-feira, 8 de abril de 2008

Fórmula Um 2008 - III

GRANDE PRÉMIO DO BAHRAIN

06 de Abril de 2008


2008 FORMULA 1 GULF AIR BAHRAIN GRAND PRIX

Circuito do Bahrain - 5 quilómetros e 412 metros
Recorde de Melhor Volta - M Schumacher, em 2004, com o tempo de 1:30.252

Resultados

1º - Felipe Massa
2º - Kimi Räikkönen
3º - Robert Kubica

Volta mais rápida - Heikki Kovalainen com o tempo de 1:33.193

Campeonato Pilotos

1º - Kimi Räikkönen - 19 pontos
2º - Nick Heidfeld - 16 pontos
3º - Lewis Hamilton
- Robert Kubica
- Heikki Kovalainen - 14 pontos

Campeonato Construtores

1º - BMW - 30 pontos
2º - Ferrari - 29 pontos
3º - McLaren Mercedes - 28 pontos

O fim-de-semana correu de feição à Ferrari, com Felipe Massa, que precisava desta vitória para calar as vozes discordantes que se começavam a fazer ouvir, a terminar em primeiro lugar e Räikkönen em segundo.

Já o terceiro lugar de Robert Kubica, depois de ter conseguido a pole-position, demonstra que a BMW tem carro para lutar pelos lugares cimeiros e fazer frente à Ferrari e à McLaren.

Quanto a Lewis Hamilton, a prova do Barhain foi para esquecer, com uma largada desastrosa e um desentendimento com Fernando Alonso, que o atiraram, de depósito de combustível cheio, para o meio do pelotão, não tendo conseguido ir além do décimo terceiro lugar final e consequente perda da liderança do campeonato.

Próximo Grande Prémio a 27 de Abril em Espanha.

Mais informações aqui.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Dois Anos - Sobre a Filha

É impossível recapitular, com uma certa precisão no que toca a datas, tantas conquistas da Joana, mas, tendo em conta a idade, há coisas que, aos olhos de outros pais, constituem verdadeiras surpresas, o que nos leva a ficar babados e, mais uma vez, cientes da nossa melhor contribuição para o desenvolvimento da nossa traquina.

No meio de muita perspicácia, alguma concentração, aprendizagem e aquisição de conhecimentos, quer por parte da cria quer por parte dos pais, as mudanças de fraldas, vestir a Joana e outras actividades similares, passaram a ser uma rotina do dia a dia da filhinha e da família.

Há, no entanto, algumas situações e considerações que ficam na memória, como a vontade, desde cedo, demonstrada pela pequena cria, em querer falar, no meio dum palrar muito característico.

Depois, as primeiras palavras, entre as quais, como não podia deixar de ser, “mamã” e “papá”, coisa que delicia qualquer progenitor.

Hoje em dia, não pára e o vocabulário cresce à medida que a Joana vai juntando palavras para compôr as primeiras frases, como, por exemplo, “não queis banana, queis mais gutu!”, vulgo “não quero banana, quero mais iogurte!”

No meio desta coisa das palavras, é interessante ver como todas as crianças aprendem com muito mais facilidade a palavra “não” em detrimento da palavra “sim”.

Outro pormenor, ainda associado à linguagem, é ver o esforço intelectual dos pais, nós incluídos, a, por vezes, tentar entender o que os filhos querem dizer com vocábulos e grunhidos que não lembram a ninguém.

Água, é coisa que a cria adora, seja ela para beber (após aquela fase em que não bebia mais nada senão leite), seja no banho, em casa e na praia.

Desde que se começou a aguentar em pé, a cria passou a tomar banho na banheira da casa de banho, em vez de continuar a usar a banheira de recém nascidos ou um artefacto, que foi utilizado uma ou duas vezes, para poder estar sentada na banheira, e é uma alegria constante enquanto dura o tempo do duche.

Na praia, a cria já demonstrou não ter medo, mas, isso sim, algum receio, o que é normal, e um visível sentimento de respeito pelo mar.

Depois de, com cerca de três meses e meio, ter dado o seu primeiro mergulho nas águas frias do Guincho, o que levou algumas pessoas a olharem para mim com um ar de descompostura, enquanto outras sorriam com a situação, a filhinha passou, no passado verão e já a andar, ao contacto com a areia molhada e com as ondas, quase sempre por sua iniciativa mas sempre debaixo do olhar atento dos pais.


A propósito de andar, o feito deu-se no dia quatro de Julho de 2007, ou seja, a poucos dias de fazer quinze meses, e ficou devidamente registado no que toca aos primeiros passos em casa.


E, a propósito de casa, talvez por ser menina, a Joana tem demonstrado ser bastante arrumadinha, quando não é desarrumada…

Ou seja, quando não está com as brincadeiras típicas de bebé, em que tudo é para desarrumar, a cria leva muito a sério situações caseiras como ajudar a arrumar o quarto ou a despensa, depois de chegados a casa cheios de compras, pôr a mesa, levando ela os pratos, copos e talheres, ou levando para o caixote do lixo o que é suposto levar e mais algumas coisas que, no seu entender, sejam dispensáveis, como dois copos desaparecidos há uns meses.

Talvez, também, por ser menina, começou, de algum tempo a esta parte, a protestar com a roupa que lhe vestimos, especialmente com os “xapátus”, e gosta de se olhar ao espelho, numa de ver se está tudo condizente, com um certo ar vaidoso.

E vaidosos ficamos nós, os paios, quando temos alguma visita em casa e, chegada a hora, dizemos à filhinha para ir para a cama e ela sai disparada, sem pestanejar e cheia de boa vontade, para a casa de banho, para lavar os dentes, e, depois, para junto da cama, onde fica especada, sempre agarrada a um dos inúmeros bonecos e a uma fralda de pano, à espera que a ponhamos na cama.

Falando de cama, aproveito a ocasião para dizer que estamos perfeitamente à vontade para levar a filhinha para a nossa cama, sem qualquer receio que haja habituação para adormecer, ou coisa que o valha, porque a cria sabe que, depois dum primeiro “não”, quando lhe dizemos que é para ir para a cama dela, é porque é mesmo para ir.

E as camas levam-nos a outras peças de mobiliário, como a cadeira de refeição que foi substituída, também já há algum tempo e por iniciativa da própria cria, por uma das cadeiras que acompanham a mesa da sala de jantar, ainda que a pequena criatura não fique devidamente à altura da situação, o que parece não a preocupar minimamente.

Sem dúvida, por ocasião das refeições, as preocupações passam para o lado dos pais, com a antevisão da chafurdice oriunda da persistência da filhinha em querer desenvencilhar-se, sozinha, com os talheres e, quando farta dos mesmos, com as mãos.

A propósito de mãos, posso, também, falar de desenhos, vulgo riscos e rabiscos, que a cria adora fazer, quer em papel, quer nas paredes de casa, e no uso das mesmas como reforço à linguagem, seja quando aponta para dizer ao que se refere ou como auxílio a expressões de surpresa ou dúvida, por exemplo.

As mãos da cria levam-nos, ainda, aos comandos da televisão, do leitor de dvds e da aparelhagem, tudo devidamente conciliado para que possa ter momentos de lazer e aprendizagem com alguns dos programas do Canal Panda, bem como treinar os seus dotes musicais e de dançarina.


Muito fica por dizer sobre a vida da cria durante estes dois anos e sobre tantas conquistas realizadas, mas o mais importante não pode faltar e, por isso mesmo, aqui ficam os meus parabéns, filhinha.

PARABÉNS por estes dois anos plenos de felicidade, tua e dos pais, e que se repitam por muitos mais, longos, bons e sempre cheios de saúde, alegria, paz, verdade e muito amor.

Dois Anos - Sobre a Família

Há vinte e quatro meses atrás, às sete e meia da tarde, a nossa filhinha lá decidiu dar o verdadeiro ar da sua graça e, após massacrar a mãe durante dois dias e mais uma horas, veio, finalmente, conhecer o mundo.

Um mundo que, para nós, pais pela primeira vez, mudou radicalmente, com a imposição de uma série de novos costumes, aos quais não estávamos, minimamente, habituados, o aparecimento de um sem número de novos objectos a servir de decoração à casa e a experiência de muitas novas sensações no que toca a aspectos da vida quotidiana, como, por exemplo, responsabilidade acrescida.

Passados dois anos, vividos com aquela sensação de que o tempo passou depressa demais, fica a impressão de que as nossas responsabilidades paternais tendem a ser cada vez maiores e, de certa maneira, mais complexas, à medida que a Joana vai passando pelas mais diversas fases e a sua educação se torna mais exigente.

Quero com isto dizer que, de bebé indefesa, onde a nossa responsabilidade passava, sobretudo, pelos cuidados normais no que toca a alimentação, higiene e saúde, a Joaninha passou a ser uma bebé saudável e extremamente esperta, dois aspectos que, aliados à energia normal para esta idade, a uma imensa curiosidade e a uma certa autonomia, a tornam muito traquina, irrequieta e senhora do seu nariz, ainda que seja muito meiga, piegas (em certas ocasiões), obediente e compreensiva.

Como todos os pais babados, mas conscientes da realidade, sabemos que a nossa querida filha não é o supra sumo, e que tem as suas virtudes e defeitos, inerentes a qualquer ser humano, e as suas birras e manhas, inerentes a uma bebé de dois anos.

No entanto, e depois de tanto ouvir falar e conversar com outros pais, sabemos, também, que a Joana não tem sido, nem de perto nem de longe, uma bebé problemática, mal criada ou daqueles que levam os pais ao desespero, o que nos leva a ter a consciência de que tudo o que temos feito, baseados no melhor que sabemos e que está ao nosso alcance, tem provado ser o melhor para a educação da nossa filhinha.

Nota – Também publicado no Traquina e Irrequieta, onde poderá, também, ler as considerações da cria em relação aos pais

sexta-feira, 4 de abril de 2008

O incómodo dos novos sons

Andar de comboio, ou transportes públicos, em geral, tem aspectos positivos e outros bem negativos, como ter que aguentar com o cheiro a sovaco que fica impregnado numa determinada secção da carruagem, aguentar o frenesim irritante com que a velha do lado movimenta as agulhas do ponto cruz ou o casal de namorados que, sentados à nossa frente, persistem em lamber-se, de alto a baixo, como se estivessem sem ninguém à sua volta.

De algum tempo a esta parte, uma carruagem de comboio parece-se, cada vez, com uma discoteca ambulante, dada a quantidade de aparelhometros leitores de musicol por metro quadrado.

Desde o adolescente, que puxa pelo volume numa de rebentar com os tímpanos, até à avozinha, que ouve, recatadamente, uma musica clássica, há de tudo e, mesmo quem não tenha qualquer tipo de auricular enfiado nos ouvidos leva com uma miscelânea, por vezes muito incomodativa, de fazer inveja a qualquer Dj de renome mundial.

Ora, incomodativos ou não, os vulgarmente apelidados de Head Phones, são privados e cada qual dá-lhe no volume à sua maneira.

O problema começa, e torna-se extremamente incomodativo, quando certas bestas anormais decidem que têm música para dar e vender ao resto da populaça, e sentam-se, com os telemóveis, ou outros artefactos similares, em alta voz, a ouvir a merda que consideram musica, sem se importarem, minimamente, com quem está ao lado, leia-se nas redondezas, a levar com a poluição sonora.

Antes, víamos muito aqueles velhinhos sentados nos bancos de jardim com um pequeno rádio de mão a ouvir a rádio-novela ou aqueles fanáticos que iam pelo passeio fora, sempre com o minúsculo rádio colado ao ouvido, a ouvir, atentamente, um qualquer relato de futebol.

Ao menos, tinham a decência de o fazer em locais abertos e se o resto da populaça não estivesse interessada só tinha que andar uns metros mais para o lado, ao invés desta nova geração de broncos que parece que aproveitam o facto de estarem em sítios fechados para, de propósito, importunar e provocar o seu próximo.

Banana

Ao ver que tinha muito tempo de seca à espera do comboio, a minha querida mulher comprou uma daquelas revistas de mamãs, pré-mamãs e bebés, numa de ficar entretida.

Uma revista deveras interessante que, além disso, trazia um suplemento sobre alimentação para bebés e grávidas, cujas receitas davam para fazer água na boca e sobre uma das quais, a Mousse de Banana e Iogurte, detectei uma imagem menos condizente com semelhante publicação…

Nota – Também publicado no Traquina e Irrequieta

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Lido noutros blogs

- É mentira, mas é pena não ser verdade, no Portugueses ao Volante

Mais fácil ir à Disneyland


O Aviso 10.309/2008, publicado no Diário da República de hoje, diz que Portugal é um dos países que passa a contar com uma Disneylandia.

Humilhação

Num dos jornais diários cá do burgo, surge uma breve notícia sobre Cristiano Ronaldo, onde um otário qualquer italiano acusa o jogador Português de ser uma criança e utilizar gestos desnecessários para ridicularizar os adversários.

Diz, ainda, o tal italiano que se torna cansativo ver um jogador que goza com os adversários.

Para quem não gosta de futebol mal jogado, com gajos permanentemente à sarrafada ao adversário, ver o posicionamento, a visão de jogo e, sobretudo, o espectáculo do Português ao deixar o outros com os olhos trocados, é algo que dá gosto ver e que me pode deixar preso em frente à televisão.

O rapaz até pode ter um sorriso maléfico ao completar cada finta ou ao marcar cada golo, maléfico no sentido de gozão, mas isso é perfeitamente normal e não estamos a falar de gestos que possam ser considerados ofensivos ou obscenos, como mandar o adversário para o pénis depois de passar por ele.

O problema do italiano deve passar por perceber que nem os seus melhores jogadores têm argumentos para o jogo do Português e que, à semelhança do que aconteceu no jogo entre o Roma e o Manchester, a única maneira de travar o toureio a que se sujeitam é à porrada nas canelas.

E, para os mais renitentes, cépticos ou, se quiserem, do contra, aqui fica o vídeo da jogada em causa, onde, a determinada altura, se vê que o jogador italiano atinge, no joelho, o português ao serviço do Manchester.


Sentem-se humilhados?

Azar, meus caros, e vão-se habituando à ideia, porque o Ronaldo tem tudo para ir muito mais longe e tornar-se no melhor jogador de todos os tempos.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Efeméride


Faz hoje 3 anos que morreu Karol Wojtyla, o Papa João Paulo II.

Agradecimentos

Ao Activismo de Sofá, pelo link feito ao Sempre a Produzir.

A aluna, a professora e o telemóvel

Começa a ser demais o que se vê e ouve, diariamente, sobre o tal caso da agressão duma aluna à professora, chegando ao cúmulo ridículo de já existir uma série de produtos de merchandising associados ao sucedido.

A professora cometeu o erro crasso de querer tirar o artefacto das mãos da aluna, quando o que devia ter feito, desde logo, era pôr a criatura fora da sala de aula e ponto final.

Não quero, com o anterior, dizer que a miúda tem razão.

Nada disso e antes pelo contrário. Se tivesse um pouco mais de maturidade, coisa que tanto falta a esta mocidade, teria, ela mesmo, entregue o telefone, saído da aula e ido, direitinha, a qualquer sitio como o conselho directivo, ou lá como é que isso é denominado, para apresentar queixa contra a atitude prepotente da professora.

Em vez disso, ficou histérica, engalfinhou-se com a professora por causa da merda do telefone, começou a chamar pelo Ruizinho e lá acalmou quando apareceram umas bacanas para apaziguar as coisas. Acabou. Ponto final.

A mamã, que, por seu lado, devia ter educado a menina de modo a que esta entendesse que a porra do telemóvel não é para ser usado em determinadas ocasiões, tal como dentro duma sala de aula, já disse que ficou muito espantada com a atitude da filha e que acha muito bem que a transfiram para outra escola. Acabou. Ponto final.

A professora está de férias até ao final do ano lectivo, a recuperar das extensas lesões psicológicas provocadas pelo insignificante incidente. Não devia ser assim, mas enfim… Acabou. Ponto final.

E chega de continuar a empolar a merda do incidente, o que pode, inclusive, dar azo ao surgimento de ideias estapafúrdias nas cabecinhas mentecaptas de alguma da criançada e levar a novos e, porventura, mais graves incidentes.

Acabou! E ponto final!

terça-feira, 1 de abril de 2008

Progresso cubano

As coisas estão a avançar depressa, e só o tempo dirá se, quiçá, depressa demais, no país dos Castro e, depois da autorização para o uso de telemóveis por parte dos nativos, dada a semana passada, o presidente Raul Castro autorizou os cubanos a entrar nos hotéis reservados a estrangeiros, algo que estava proibido desde a década de 90.

É mais uma medida a juntar-se a outras de cariz mais aberto e flexível, tomadas pelo irmão de Fidel, que, no entanto, não é mais do que a restituição de um direito que já estava consagrado na constituição cubana.

Ainda assim, as coisas não deverão ser nada fáceis para a populaça lá do burgo, já que quem quiser frequentar um destes hotéis terá que efectuar o pagamento com divisas.

Além disso, tendo em conta os parcos salários, comprar um telemóvel, um computador ou um leitor de dvd não deverá ser algo acessível a uma grande parte dos cubanos.

Sem causas para admiração…

… a confiança dos consumidores cá do burgo volta a agravar-se no mês que ontem findou.