terça-feira, 26 de setembro de 2006

Finalmente, um produto nacional


Vanessa Fernandes conseguiu a sua décima segunda vitória consecutiva na Taça do Mundo de Triatlo.

São doze vitórias consecutivas, numa porra duma modalidade exigente como o raio, com apenas 18 anos e sem necessidade de ir treinar para fora das fronteiras nacionais nem com treinadores estrangeiros.

Sem dúvida, um produto verdadeiramente Nacional mas a quem ainda não vi terem sido feitas as devidas manifestações de apoio, parabéns e regozijo por parte das altas individualidades nacionais.

Pela minha parte, sinceros parabéns e que seja uma carreira longa e com muitos mais sucessos.

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Cobrança difícil

Atingimos um nível recorde no valor da dívida externa do país, a saber, e de acordo com os últimos cálculos do Banco de Portugal, cerca de 104,4 mil milhões de euros, o que equivale a 69% do PIB.
Ou seja, cada cidadão que compõe a populaça deste belo país à beira mar plantado deve mais de 10.000 euros ao estrangeiro.
É uma tristeza pensar desta maneira, mas até a nossa pequena cria, que ainda não completou 6 meses, já deve dinheiro ao estrangeiro; e não é pouco.
Da maneira como as coisas estão, corremos o risco de ver a "Fraque Collector" (congénere mundial da empresa nacional "O Cobrador do Fraque") a bater, desenfreadamente, às nossas portas para proceder a uma série de cobranças que se afiguram verdadeiramente dificeis.

domingo, 24 de setembro de 2006

Vivo ou morto?


Morto? Vivo? No Afeganistão, Paquistão, Dubai, Arábia Saudita, Itália, França ou, se calhar, mais perto?

Há uma grande área de catacumbas na baixa de Lisboa que só são abertas ao público uma vez por ano.

Será que o Bin Laden não aproveitou a confusão das filas de espera para as visitas guiadas para se esconder, a não sei quantos metros de profundidade, algures entre a Rua da Conceição e a Rua do Crucifixo?

Direito a lugar cativo?

Pelos vistos, a corrupção é total.

Soube-se, agora, porque é que Pinto da Costa não teve problemas de maior no âmbito do processo “Apito Dourado”.

Afinal, o homem forte do FC Porto foi avisado, por um alto dirigente da Polícia Judiciária, de quando esta força policial iria proceder às buscas e à sua detenção.

Assim, foi fácil dar corda aos sapatos, inventar uma merda qualquer em Espanha e apresentar-se às autoridades, feito santinho e de livre e espontânea vontade, um ou dois dias depois.
Qual será o número do lugar cativo atribuído ao tal dirigente da PJ, entretanto reformado?

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Fórmula 1


Há uns anos atrás, Portugal ficou sem a visita do circo da Fórmula 1.

Agora, uma percentagem dos amantes desta modalidade vão ficar privados de acompanhar o campeonato, já que a RTP perdeu os direitos televisivos para a SportTV e nem toda a gente, como o meu caso, é assinante deste canal.

Enfim. Mais uma do canal de serviço público.

Já agora, como é que vão preencher o espaço que era dedicado aos monolugares?
Virá mais uma novela rasca ou algum “reality-show” de conteúdos duvidosos para a sanidade mental da populaça?

Provérbios XI

- A merda é sempre a mesma, as moscas é que mudam
- Cada maluco com a sua mania
- Come para viver, não vivas para comer
- Em boca fechada não entra mosquito
- Enquanto o pau vai e vem, folgam as costas

Mau cheiro

Parece que o hemiciclo da Assembleia da República foi, ontem, invadido por um intenso mau cheiro que levou alguns deputados a levarem as mãos ao nariz e outros a ficarem de cores contrárias às cores dos partidos que representam.

Os responsáveis da AR dizem ainda não ter encontrado explicações para o sucedido, o que me parece estranho.

Estranho, porque o país vive num estado de merda generalizada;
Estranho, porque, a avaliar pelas imagens que, tantas vezes, vêm a público, uma grande parte dos deputados está-se a cagar para a populaça.


Uma coisa posso garantir aos leitores deste blogue: o cheirinho malandro emanado pelo rabinho da minha filha, ao qual já aludi algumas vezes neste espaço, nada teve a ver com este caso.

terça-feira, 19 de setembro de 2006

Fiscalização

A CP gaba-se de ter vindo a aumentar o nível de fiscalização. É verdade, sim senhor. Agora têm fiscais à entrada dos cais de embarque que só permitem o acesso a quem tenha um título de transporte válido.

Nos comboios, o nível de fiscalização também aumentou e os revisores (alguns, pelo menos) estão mais zelosos que nunca a correr atrás dos prevaricadores e nem as velhinhas escapam.

Até aqui, tudo bem. É uma maneira da CP apostar na melhoria do serviço prestado. Acho, no entanto, que esta melhoria deve, também, passar pela imagem dos referidos fiscais, especialmente daqueles que trabalham dentro dos comboios.

As fatiotas cinzentas, bordadas com o verde da CP, dão-lhes um ar arrumado, distinto e “lavado” que contrasta, em alguns casos, com a barba por fazer há 3 dias, as sandálias da moda, que permitem ao utente visualizar a unha suja do dedo gordo do pé direito ou o cabelo comprido, tantas vezes apanhado no típico “rabo-de-cavalo”.

O revisor desta manhã é daqueles que deixa a maioria dos passageiros de boca aberta, atendendo ao profissionalismo e brio com que desempenha as suas funções.

Educado, mas algo bruto na maneira como se dirigia aos passageiros, e de peito cheio, mas talvez em demasia já que os botões do casaco estavam prestes a ceder, lá ia conferindo, com extremo fervor e zelo, os bilhetes da populaça.
Não fossem os óculos e o cabelo, mais comprido do que seria de esperar e penteado à Luís Represas, e o homem bem podia ser apelidado de Darth Vader da CP.

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

Falta de esperteza?

Numa altura em que não se fala de outra coisa senão nas polémicas em torno do futebol nacional, não seria mais prudente deixar as coisas acalmarem antes de combinarem mais resultados?

Novos cidadãos

As notícias apontam para o facto dos candidatos a cidadão Nacional se terem que submeter a um exame de Língua Portuguesa como parte do processo de obtenção de cidadania.

E se chumbarem?
Já estou a imaginar o reflexo que esta medida vai ter nas, já por si, péssimas estatísticas dos exames nacionais.

Companhia indesejável

Num destes dias, fui almoçar, com o amigo Tango, a um dos centros comerciais da cidade e, atendendo ao volume das barrigas (a minha bem mais visível), optámos por qualquer coisa ligeira e cheia de vitaminas, numa destas cadeias de “fast food” que proliferam em cada esquina.

Estávamos, precisamente, a começar a saborear as divinais saladas quando, da mesa ao lado, surgiu o alarme… O sumo de laranja natural vinha acompanhado de minúsculas larvas brancas.

Com os pêlos do bigode eriçados, o Tango levantou-se e foi até ao balcão para pedir explicações e trocar os sumos. Até aqui, tudo normal, apesar da companhia indesejada.

O que não achámos normal foi que a menina do balcão, que parecia ser a responsável da loja, ainda perguntou se queríamos que filtrasse os sumos, especialmente depois de já ter sido avisada por outros clientes que o líquido vitamínico não estava bebível.

Onde é que está o profissionalismo desta gente? É sabido que as larvas são fonte de proteínas, mas não era mais lógico, natural e, sobretudo, ético parar de vender o sumo de laranja até ter o problema resolvido?

Nota 1 – Acredito que se tratou de um caso isolado. Daí não publicar o nome, nem a localização, do estabelecimento comercial em questão.
Nota 2 – O Tango ainda teve a coragem de, poucos dias depois, ir jantar, com a família, a outro estabelecimento da mesma cadeia. Não fosse o diabo tecê-las, não pediu sumo de laranja…

Provérbios X

- Enquanto há vida há esperança
- Vale mais prevenir que remediar
- Não contes com o ovo no cu da galinha
- Para baixo todos os santos ajudam, para cima é que as coisas mudam
- Nunca deites foguetes antes da festa

Alegre licença

Parece que o deputado Manuel Alegre vai apresentar um projecto-lei que visa alargar a licença de paternidade de 5 para 10 dias úteis.

Como pai, estou plenamente de acordo com a iniciativa. Lembro-me que, quando a bebé nasceu, estes 5 míseros dias não deram para nada, já que foram passados a tratar de papelada.
Como não espero efeitos retroactivos, ao menos que amigos e conhecidos, que vão ser pais em breve, possam desfrutar dos prazeres e da importância de estarem junto às crias durante os primeiros dias de vida.

Lido

Não posso estar mais de acordo com o que li no blog Sol e Pimenta, de José Fialho Gouveia, e que, com o devido bem-haja, passo a transcrever:

"Que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras faça todos os esforços para repatriar João Kléber, apresentador de Fiel ou Infiel.
Essa seria uma forma simples de diminuir drasticamente o índice de boçalidade na televisão portuguesa."

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Provérbios IX

- A noite é boa conselheira
- Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és
- Mais vale perder um minuto na vida que a vida num minuto

- Não há sábado sem sol, domingo sem missa nem segunda sem preguiça

Grande novidade

Segundo um relatório da Mercer HR Consulting, os aumentos salariais e o poder de compra da populaça vão ficar, como sempre, abaixo da média comunitária.

Soneca


"É a crise, meus senhores, é a crise!
Fartei-me de gritar para vender a porra da pevide e do amendoim, fiquei com dores de garganta e decidi-me por um merecido descanso."

terça-feira, 12 de setembro de 2006

Lavar a loiça

Há estudos que, confesso, me apanham desprevenido, quer seja pelos resultados ou pelo tema que abordam.

É o caso da lavagem da loiça.

Após um estudo realizado, pela Universidade de Bona, em sete países europeus, fiquei devidamente elucidado sobre o que os portugueses gastam numa tarefa, tão básica e quotidiana, como é lavar a loiça cá de casa.

Os resultados são claros: ao lavar a loiça à mão, a populaça nacional consome, em média, 170 litros de água, contra uma média de 103 litros apurada nos sete países estudados.
Ao meter a loiça na máquina, o consumo baixa para valores entre os 15 e os 22 litros, consoante o tipo de programa seleccionado.

Ou seja, em contas redondas, andamos a gastar qualquer coisa como 10 vezes mais água ao lavar à mão do que se tivéssemos uma maquineta e, a estes valores, ainda temos que acrescentar as despesas com o gás e com os esfregões e o desgaste das manápulas.
Está na hora de pedir um “familiatrocínio”.

Sería candidato?

Já o disse, noutras ocasiões, que os provérbios não podem ser levados à letra e “a ocasião faz o ladrão” é um desses exemplos, já que, de maneira nenhuma, quero chamar ladrão ao presidente do Gil Vicente.

Mas, vendo bem as coisas, a ocasião bem podia servir a António Fiúza, que se viu catapultado para as luzes da ribalta com a tal história do caso Mateus.

O clube já abriu contas bancárias para que os sócios e simpatizantes possam contribuir com os seus donativos, de modo a apoiar uma comissão de apoio à direcção e pagar as despesas jurídicas decorrentes do tal caso.

Ora, quem faz uma jogada destas e consegue, segundo ouvi dizer, cerca de mil novos apoiantes numa semana, facilmente atinge o número de assinaturas necessárias para apresentar uma candidatura política.

E a frase propagandística, “Nesta hora de luta, a União de todos nós fará ainda maior a nossa Força”, tem tudo para ser gritada num comício político.
Quer-me parecer que estamos em maré de sorte. O nosso país, bem entendido. Maré de sorte porque não estamos a viver uma daquelas “épocas conturbadas” de campanhas eleitorais, senão ainda nos arriscávamos a ver o Sr. Fiúza a candidatar-se a Belém.

Provérbio especial

Filhinha, este é especial para ti e para todas as crias de muito tenra idade.
- Quem caga e come, não morre de fome.

Bosta futebolística

O futebol nacional já começa a chatear. Ou melhor, as notícias à volta dos clubes já começam a chatear, especialmente estas tretas do caso Mateus e do Apito Dourado.

O Público traz, agora, à baila os telefonemas que o actual director-geral do Benfica, José Veiga, fez para Valentim Loureiro, em Março de 2004, a pedir-lhe a interdição dum determinado estádio e, posteriormente, a oferecer uma beijoca ao major em sinal de agradecimento pelo favor prestado.

A populaça já está bem consciente do verdadeiro estado de merda e corrupção que se vive nos meandros dos clubes nacionais.

Corram, mas é, com toda esta gente e ponham, nos seus lugares, pessoas competentes e idóneas.
Despromovam, mas é, todos estes clubes e obriguem-nos a mostrar que são capazes, e merecedores, de estar na Primeira Liga sem ter que recorrer a artimanhas que só envergonham o pouco futebol que se joga no nosso país.

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

212, 210, 120, 118?

Depois da notícia (ridícula) da possível redução da velocidade máxima permitida nas auto-estradas de 120 para 118 quilómetros por hora, eis que o Ministro da Economia, Manuel Pinho, foi apanhado a 212 kms/hora na A1.

A ansiedade de equilibrar a economia do nosso país deve ter levado o senhor ministro a ordenar ao motorista que carregasse no acelerador ou, então, confundiu os números.
Afinal de contas, se retirarmos os tais dois quilómetros horários aos 212 ficamos com 210 e este número é facilmente confundido com 120, podendo, inclusive, dar origem a uma capicua.

De acordo com as notícias vindas a público, o ministro não teve a mesma sorte que outros condutores, que também seguiam em excesso de velocidade e foram autuados, e, depois de identificado, seguiu viagem rumo a Matosinhos já que, segundo as justificações das autoridades, as figuras públicas não fogem e a multa é sempre passada e enviada para a DGV.
Deve ser para rir…

Provérbios VIII

A sondagem à continuação dos provérbios no Sempre a Produzir acabou com resultados positivos.

Assim sendo, vou continuar a publicar, durante mais algum tempo, estes dizeres populares e aqui ficam mais alguns:

- A morte não escolhe idades
- A quem tudo quer saber, nada se lhe diz
- Grão a grão, enche a galinha o papo
- Quanto mais alto se sobe de mais alto se cai
- Quem vai ao mar avia-se em terra

11 de Setembro




Futebol Nacional

Liga, Mateus, Apito, Valentim, Porto, Três, Cabeceira, Penalty, Esférico, Relvado, Avançado, Tinoco, Tribunal, Leixões, Sporting, Vieira, Primeira, Caso, Dourado, Judiciária, Civil, Federação, Loureiro, Defesa, Zero, Benfica, Liga, Árbitro, Fiúza, Campo, Portuguesa, João, Escutas, Bancada, Polícia, Vieira, Gil, Honra, Futebol, Empate, Barcelos, António, Jogadores, Lesão, Público, Vicente, Belenenses, Comentários, Rádio, …, GOOOOOOLO!

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Vai uma bica?

Já andam por aí a especular que o preço da típica bica vai aumentar, já que a forte subida do preço do café, nos mercados internacionais, a isso pode obrigar.

Além disso, o preço praticado em Portugal é cerca de 50% inferior à média europeia.

Os responsáveis devem-se estar a esquecer que os ordenados, e o nível de vida, em Portugal também são muito inferiores à média europeia.
Não fico incomodado com a notícia porque não sou daqueles que têm que beber café para ficar de bem com a vida o resto do dia, mas conheço uma alminha, que não deve ser a única no país, que, com tanta bica que bebe por dia, já deve estar a pensar em pedir um empréstimo ao banco para saciar a dependência.

Provérbios VII

- Amigos, amigos, negócios à parte
- Não ponhas o carro à frente dos bois
- Devagar se vai ao longe
- Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo
- O que arma a esparrela muitas vezes cai nela

Os novos dialectos do Português

Num destes finais de tarde abrasadores, vinha eu no comboio quando, à minha frente, se sentou uma rapariga com cerca de 28-30 anos, bom aspecto e, a avaliar pelas malas que transportava e a indumentária que vestia, ligada, seguramente, ao mundo do trabalho.

Sentou-se, tirou o computador portátil da maleta e ficou entretida nos seus afazeres, durante 10 minutos, até o telemóvel tocar…

- Oi, ‘miga.
- Blá, blá, blá (claro está que não ouvi o outro lado da converseta mas consigo imaginar).
- Iá, ‘tou no quim, a caminho de casa.
- Blá, blá, blá.
- Ó miguita… Curtia bué essa cena mas não sei se dá. Mas deve ser uma cena bué fixe com pessoal do baril.
- Blá, blá, blá.
- Na boa, miguita, tá-se bem.
- Blá, blá.
- Iá.
- Blá, blá, blá.
- Iá.
- Blá, blá.
- Também não sei, miguita. Eu sei que são os teus anos e deve ser um jantar bacano, mas já sabes como são os domingos.
- Blá, blá, blá.
- Iá, se o meu gajo se cortar não dá para ir curtir a tua cena.
- Blá, blá, blá.
- Na boa, miga. Tá-se bem. Vais logo ao Messenger?
- Blá, blá.
- Iá, tá-se bem. ‘Jinhos fofos, miga.

Obras (in)temporais

A grande Lisboa é uma imensa obra que já dura há alguns anos.

- O túnel do Rossio está em obras e, após o tal pedido de prorrogação de cinco anos, os responsáveis vêm, afinal, pedir mais um ano para a sua conclusão.

- O IC19 está em obras há mais de ano e a coisa parece estar para durar.

- O túnel do Marquês parece estar quase pronto mas as obras continuam, obviamente, com o devido atraso.

- Sobre o tal troço do metro, entre o Cais do Sodré e a Praça do Comércio, nem vale a pena dizer nada. A populaça já nem se lembra da existência de semelhante empreendimento.

Olhem para trás, meus senhores.

A 6 de Agosto de 1966, ou seja, há 40 anos e um mês a esta parte, a ponte António Oliveira Salazar, re-baptizada (vá-se lá saber porquê) como ponte 25 de Abril, ficou concluída.
Há 40 anos, uma estrutura arquitectónica com a envergadura que, ainda hoje, impõe respeito demorou quatro anos a ser construída e, pasme-se, ficou concluída seis meses antes do prazo inicialmente previsto.

5 meses

De propósito, não publiquei nenhum post sobre a nova etapa das nossas vidas depois daquele primeiro dia da cria no infantário.

De propósito, porque a bebé é o nosso tema preferido e, com as devidas desculpas à madrinha, não pretendo maçar os leitores deste blog com posts diários sobre a cria.

Mas 5 meses são 5 meses, e a data merece um apontamento especial.

Em relação à vida no infantário, a pequena criatura tem demonstrado estar muito à vontade. Na realidade, é com enorme satisfação e orgulho que ouvimos os comentários e elogios das educadoras em relação à nossa filha. E não há nada como ver um enorme sorriso naquela carinha bochechuda cada vez que a vamos buscar ao fim da tarde.

A bebé faz 5 meses e, tal como já nos tinham avisado, o ritmo das nossas vidas tem sido uma verdadeira loucura, apesar das noites bem dormidas. Uma verdadeira loucura com os horários do banho e das refeições, com as mudanças, tantas vezes inesperadas, das fraldas, com a luta que a cria persiste em ter contra o sono e com o choro birrento que, por vezes, incomoda por não sabermos o que é que a bebé quer.

Mas há sempre qualquer coisa que se sobrepõe às adversidades deste ritmo alucinante. As expressões da cria, associadas ao olhar carinhoso e ao sorriso constante, as brincadeiras e a interacção existentes mostram que a bebé está feliz e, para nós, isso é o que há de mais importante.

Para memória futura, aqui ficam alguns dados relevantes:

- A cria já começa a aguentar ficar sentada sozinha e mostra uma grande tendência para começar a gatinhar.

- Os primeiros dentes apareceram, muito sorrateira e rapidamente.

- A transição para as papas e sopas decorreu sem sobressaltos e, apesar de algumas expressões de arrepio em relação a alguns dos novos sabores, a coisa até correu melhor do que esperávamos.

- Durante o banho, a cria adora sentir a água do chuveiro a fazer-lhe cócegas na barriga.

- O “palranço” é cada vez maior e mais diversificado, como quem tem grandes conversas com quem a rodeia.
- O tal cheirinho divinal proveniente dos gases emanados, a que tantas vezes me refiro, está cada vez mais pestilento e hediondo.

terça-feira, 5 de setembro de 2006

Provérbios VI

- Homem prevenido vale por dois
- Mais vale um pássaro na mão que dois a voar
- Não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti
- Quem anda à chuva molha-se

Comércio Chinês

Recebi um mail onde são relatadas duas situações de rapto dentro de lojas chinesas, aquelas tão em voga em Portugal, uma em Águeda e outra em Aveiro.

De acordo com o texto do mail, duas jovens terão sido sequestradas no interior das lojas e já se encontravam em compartimentos adjacentes às mesmas, amarradas e amordaçadas, quando foram encontradas pela polícia.

Sinceramente, parece-me demais para ser verdade mas nunca se sabe e, se assim for, impõe-se uma maior, e mais apurada, fiscalização a este tipo de estabelecimentos comerciais.

Talvez valha a pena lembrar que, até há bem pouco tempo, uma grande parte da populaça gostava de ir, pelo menos de vez em quando, a um restaurante chinês comer os famosos crepes quando, de repente, apareceu uma destas fiscalizações que levou ao encerramento de muitos destes restaurantes devido às condições degradantes de higiene e segurança alimentar.
Quanto a mim, deixei de ir a restaurantes chineses (até porque o que era mais usual fechou e deu lugar a uma loja de roupa, também chinesa) e, pelo sim pelo não, já aconselhei a minha mulher a não fazer compras sozinha em lojas dos chinocas.

Steve Irwin

Famoso pelo modo como lidava com animais tão perigosos como são os crocodilos, e pelos programas televisivos que apresentava, morreu vítima duma picada duma raia.

Ainda recentemente, vimos um desses programas e comentámos sobre a audácia e a perícia, bem como o profundo conhecimento sobre estes animais e uma pequena dose de loucura, que seriam necessários para proporcionar ao mundo imagens tão raras e espectaculares.
Como grande apreciador de programas ligados ao reino animal e à natureza, não podia deixar de prestar a minha homenagem a este homem.
Morreu o “Caçador de Crocodilos”; fica o seu incomparável legado.

Saúde Nacional

A notícia de que uma criança de 6 anos, que sofreu queimaduras graves em 40% do corpo, teve que ser transferida do Porto para um hospital na Galiza, por não haver uma unidade de queimados pediátrica em Portugal, deixou-me incomodado e perplexo. E, tenho a certeza, não sou o único.
Como é que é possível que num país, dito desenvolvido, onde a saúde tem sido um dos temas fulcrais, deste e doutros governos anteriores, não existam condições que permitam tratar este tipo de situações?

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

Nova etapa

Começou hoje uma nova etapa nas nossas vidas com a ida da cria para o infantário.

Ansiosa por novas aventuras, passou, como se nada fosse, numa boa e com o sorriso que a caracteriza, para os braços da educadora e deixou a mãe com a lágrima no canto do olho. Normal.

Quando nos metemos no carro, olhámos um para o outro… Sensação estranha, mas perfeitamente compreensível, esta que sentimos. Afinal de contas, a nossa filha vai passar o dia nos braços de uma pessoa que ainda nos é estranha e, afinal de contas, é a primeira vez que a minha mulher se vê longe da cria durante tanto tempo.

Quanto a mim, dou comigo a suspirar e a pensar no que é que pequena estará a fazer… Estará a dormir, a brincar com as rocas, a comer, a borrar a fralda e a empestar a sala dos bebés com aquele cheirinho divinal ou a dar cabo da audição das educadoras, com os berros estridentes por causa das duas dentolas já visíveis no centro do maxilar inferior?

Nota – Com tantas explicações e recomendações, calculámos mal o tempo da manhã e saímos atrasados do infantário para apanhar o comboio.
Senti um vazio, quando olhei pelo retrovisor e percebi que a cria não estava mas, por outro lado, recuperei aquela sensação de que a carrinha até curva bem quando não há preocupações com o pescoço da bebé.

Provérbios V

- Se não tens o que gostas, gosta do que tens
- Quem semeia ventos colhe tempestades
- Quem cala consente
- Contra factos não há argumentos

- Comer e coçar, o mal é começar

EOS

A avaliar pelas fotografias que me enviaram, o novo modelo da Volkswagen já foi adoptado pela Brigada de Trânsito da GNR.
Anda um gajo à nora, e a deitar contas à vida, para ver se consegue trocar de carripana e dá de caras com os bófias a curtir de cabeleiras ao vento, numa modesta viatura que, na versão mais básica, custa cerca de 33.500 euros.


Abençoados impostos!

Nota – Penso que é aconselhável o uso de capacetes, não vá algum indignado atirar-lhes com alguma merda mais pesada à cabeça.

sábado, 2 de setembro de 2006

Verdadeira solução

As altíssimas autoridades deste país estão determinadas em reduzir, de forma drástica, a sinistralidade nas nossas auto-estradas e encontraram a solução milagrosa: reduzir a velocidade máxima permitida nestas vias rodoviárias de 120 para 118 quilómetros por hora.

Dois míseros quilómetros que vão fazer a diferença ou que vão permitir passar mais multas, tantas vezes forçadas pelos senhores dos Subarus que persistem em provocar alguns pacíficos condutores ou, mais simplesmente, segui-los à distância até que, durante uma ultrapassagem, passem o limite de velocidade por breves segundos?

Ao olhar para o velocímetro analógico da nossa estimada viatura, cheguei à conclusão que vai ser uma grande porra para verificar a velocidade a que circulamos. Vou ter que andar sempre a fazer cálculos, porque aquela treta está graduada de 10 em 10 quilómetros.

Onde andas tu com a cabeça, ó rapazinho?

Fomos às compras e, claro, voltámos com os inevitáveis champôs para os longos e sedosos cabelos da minha mulher.

Passadas algumas horas ela entrou pelo quarto dentro a rir às gargalhadas e a pedir-me que fosse ver o frigorífico.

Então não é que enfiei os champôs dentro do frigorífico, juntamente com os iogurtes, os legumes e as carnes?
Será normal? Acho que vou escrever para os psicólogos da revista Maria a perguntar qual é a opinião deles.

Telenovelas

Numa destas noites fui encontrar a minha mulher absorta a ver o último episódio duma das novelas Brasileiras que passam na nossa televisão.

Coisa rara porque, cá em casa, este tipo de programação não faz parte das preferências familiares.

Sentei-me um bocado a fazer-lhe companhia e pude apreciar as actuações, intensas e magníficas, de actores sobejamente conhecidos, como Lima Duarte e Tony Ramos.

Actuações com “A” grande, desempenhadas por actores, também eles com “A” grande, que, com grande simplicidade e profissionalismo, vivem cada momento como se da vida real se tratasse. Fora de série!

Depois, cometemos o erro de mudar de canal e demos de caras com uma merda qualquer “made in Portugal”.

Actuações com “a” minúsculo, desempenhadas por actores com “a” ainda mais minúsculo que, pura e simplesmente, não conseguem, de uma maneira natural e minimamente convincente, dar vida aos papéis que desempenham. Uma verdadeira vergonha!