quinta-feira, 31 de julho de 2008

Combustíveis na Madeira

Na Madeira, Alberto João Jardim não esteve com meias medidas no que toca à merda a que o país tem assistido em relação aos preços dos combustíveis.

Face à, nas suas palavras, atitude colonial da Galp, que, pelos vistos, não quer baixar o preço dos combustíveis na Madeira, à semelhança do que tem feito no continente, e à falta de reacção por parte do governo central, na qualidade de accionista da petrolífera nacional, Jardim decidiu que o governo da Madeira passa a fixar, quinzenalmente, o preço dos combustíveis, pelo menos até que se verifiquem outras condições, uma vez que a lei permite que o Estado possa impor um regime de preço máximo, ou especial, alegando factores vários, como as oscilações do preço do crude.

E assim é que se fazem as coisas, de tal forma que até a oposição socialista apoia e aplaude a medida.

Nome de Código - Traquina 2009 - I


Para bom entendedor, como é, regra geral, o leitor do Sempre a Produzir, uma imagem basta.

Nota - Informações muito mais detalhadas disponiveis no Traquina e Irrequieta.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Reprovações

Há vários tipos de reprovações, desde a reprovação num qualquer exame de acesso ao ensino superior, passando pela reprovação no exame para a carta de condução até à reprovação duma viatura na inspecção automóvel.

Como tal, e porque nada é de graça, há várias formas de pagamento e um qualquer cidadão de São João da Ponte, perto de Guimarães, decidiu pagar a terceira reprovação da sua viatura com um arraial de porrada que incluiu o avaliador e duas agentes da GNR, destacadas, entretanto, para o local.

Atitude deplorável, reprovável e digna de condenação, sem dúvida, tal como a atitude do comando da GNR da zona em pôr duas moçoilas inexperientes, já que estão ao serviço à cerca de um ano, a fazerem patrulha em conjunto e sem a presença dum macho mais experiente.

Estúpido do pénis - 01

Proibido massajar

Rezam as notícias que as autoridades marítimas do sul decidiram proibir as massagens nas praias do Algarve.

Dizem que uma, inicialmente, simples massagem pode, com a caloraça típica da região, degenerar em algo mais quente, leia-se erótico ou sexual.

Por outras palavras, têm medo que as praias se transformem em autênticos bordéis.

Lá vão uma porrada de meninas, vindas sabe-se lá de onde, ficar sem o biscate de verão e lá vai o país ficar privado do que poderia, muito bem, ser mais uma fonte de receita adicional.

Medicina cá do burgo

Parece que o executivo do Sr. Sócrates se prepara para impor um regime de exclusividade aos médicos que trabalhem para o Serviço Nacional de Saúde.

Dizem os carolas que a razão desta medida se prende com a falta de médicos existente no SNS.

Não sendo um perito na matéria, mas, colocando-me na pele dum qualquer médico que tenha o seu próprio consultório ou que faça parte dalguma sociedade, a medida parece-me totalmente descabida, ridícula e potencialmente motivadora para que venha a haver uma ainda maior falta de profissionais no SNS.

A verdade é que não conheço nenhum médico, seja lá de que especialidade for, que não tenha, a par com a actividade no serviço público, uma actividade paralela no serviço privado.

Alguns, aliás, já deram, inclusive, com os coutos no serviço público, já que, além do seu próprio consultório, só exercem em hospitais privados.

Na medicina, tal como noutras profissões, a realidade é que existem profissionais de primeira, segunda, terceira e outras categorias, e a populaça cá do burgo, especialmente aquela sem grandes posses e que tem que recorrer aos préstimos dum qualquer centro de saúde da área de residência, arrisca-se a ser atendida por aqueles “médicos” que saíram da universidade com médias mais baixas e para quem uma tosse cavernosa, depois de auscultar o paciente e de lhe dar umas pancadinhas na zona da barriga e do diafragma, não é mais do que uma virose, curável com meia dúzia de comprimidos e duas colheres de xarope por dia.

Bem, pelo menos, a populaça já não arrisca tanto em levar com um médico estrangeiro, porque muitos, nomeadamente os espanhóis, já deram de frosques para os países de origem, descontentes, precisamente, com o Serviço Nacional de Saúde cá do burgo.

Gostava de saber quantos elementos do estimado governo, e respectivo agregado familiar, é que recorrem aos serviços dum qualquer médico através do bem organizado e eficiente SNS, se o mesmo profissional de saúde os pode atender, com todo o conforto, bem-estar e privacidade, no próprio consultório privado…

Mesmo que seja a pagar…

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Injustiça

O sargento Luís Gomes pagou trinta e dois mil euros ao pai biológico da pequena Esmeralda, à laia de indemnização.

Indemnização de quê, porra?

O homem deu tudo à menina, uma família, conforto, saúde, bem-estar, educação, e ainda tem que pagar por isso?

Mais… Pagar a um gajo que se diz pai mas que nunca ligou à pequena criatura?

Está mal, e o tal Baltazar é que deveria ter pago ao sargento Gomes por tudo o que este fez pela pequena Esmeralda.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Fundos europeus

Segundo um matutino cá do burgo, Portugal foi o país que reportou à UE o maior número de suspeitas de irregularidades na utilização de fundos comunitários.

Euros mal gastos, por conseguinte.

Paralelamente, dei de caras com uma notícia que dá conta de que os dois últimos países a aderir à UE, Bulgária e Roménia, podem ser obrigados a devolver, até ao último cêntimo, os fundos que lhes foram disponibilizados, já que parece que o dinheiro foi parar a mãos erradas, ainda durante o processo de adesão.

Se voltarmos atrás, à frase “Euros mal gastos, por conseguinte”, e não fizermos vista grossa, sabemos que, cá no burgo, muitos dos euros ditos mal gastos foram parar às mãos de muito boa gente que foi enriquecendo graças a adjudicações e a trabalhos feitos à medida ou, até mesmo, fantasmas.

Quer isto dizer que, se fossemos castigados pela mesma bitola, estaríamos verdadeiramente metidos num grande molho de brócolos, uma vez que Portugal não teria fundos para devolver e o estimado governo teria que aumentar, radicalmente, os impostos para fazer frente a semelhante dívida.

Solidariedade

A populaça portuguesa é conhecida por ser solidária, benévola, benfeitora e apoiante das causas mais nobres, e, consequentemente, uma larga maioria dos grupos parlamentares do nosso estimado hemiciclo vão fazer chegar a Lula da Silva, o presidente do Brasil, a sua posição de apoio à luta pela posse da terra duns quaisquer índios indígenas do Estado de Roraima.

Pelo respeito à tradição, pelo respeito aos bons costumes e pelo respeito à vida, com certeza que estou de acordo que as tribos indígenas mantenham os seus direitos e as suas terras, não só no Brasil, mas por esse mundo fora.

Acho é que os grupos parlamentares cá do burgo se devem dedicar aos assuntos que nos afectam diariamente, em vez de armarem ao pingarelho com matéria que não lhes diz, minimamente, respeito.

Para este tipo de assuntos existem, a nível mundial, organizações não governamentais que têm, por si só, mais força do que um punhado de indígenas engravatados oriundos duma pequena mata urbana da qual os felizardos dos índios nunca ouviram falar.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Fórmula Um 2008 - X

GRANDE PRÉMIO DA ALEMANHA

20 de Julho de 2008


FORMULA 1 GROSSER PREIS SANTANDER VON DEUTSCHLAND 2008

Circuito de Hockenheim - 4 quilómetros e 574 metros
Recorde de Melhor Volta - K Räikkönen, em 2004, com o tempo de 1:13.780

Resultados

1º - Lewis Hamilton
2º - Nelson Piquet, Jr
3º - Felipe Massa

Melhor volta - Nick Heidfeld, com o tempo de 1:15.987

Campeonato Pilotos

1º - Lewis Hamilton - 58 pontos
2º - Felipe Massa - 54 pontos
3º - Kimi Räikkönen - 51 pontos

Campeonato Construtores

1º - Ferrari - 105 pontos
2º - BMW Sauber - 89 pontos
3º - McLaren - Mercedes - 86 pontos

Este foi um Grande Prémio com algumas surpresas, com Lewis Hamilton, que conseguira a Pole Position, a liderar, confortavelmente, até à 34ª volta, altura em que Timo Glock, vitima duma quebra duma suspensão traseira do seu Toyota, se espetou, violentamente, ainda que sem consequências físicas, contra o muro que separa o “pit lane” da recta da meta.

Com o “safety car” em pista, assistiu-se ao corrupio dos reabastecimentos, para todos menos Hamilton, Heidfeld e Piquet Jr., que tinha ido às boxes momentos antes do acidente de Glock.

Com o reabastecimento seguinte, Hamilton ainda caiu para a quinta posição, mas, sem apelo nem agravo, voltou, ao fim de cinco ou seis voltas, à liderança que manteve até ao fim da corrida.

Em suma, uma excelente corrida do britânico da McLaren.

Quanto a Piquet Jr., conseguiu aguentar o segundo lugar, nada coincidente com a série de desistências e maus resultados amealhados até agora, o que lhe permitiu subir, pela primeira vez, ao pódio de um Grande Prémio de Fórmula Um, ainda que, repito, mercê de alguma muita sorte.

Próximo Grande Prémio a 03 de Agosto na Hungria.

Mais informações aqui.

Outros Bloggers no Sempre a Produzir - IX

Com os meus agradecimentos, o texto, com bolinha vermelha, dum fantasma pervertido, TSI - Tristeza Sob Investigação.

Não consigo escrever. A única coisa digna de registo que me apetece partilhar são os resumos mentais que carinhosamente guardo dos mails pornográficos que ultimamente tenho recebido deste e daquele amigo.

Ou o mundo anda muito doente ou sou eu que estou a ficar antiquado.

Aviso desde já para o teor altamente melindroso dos relatos que se seguem, pelo menos na minha óptica.

É que quando assim é, esforço-me ao máximo para os tornar ainda mais melindrosos, e aviso, também, antes os incautos leitores para tornar o momento ainda mais melindroso. E abuso da palavra melindroso. Ao ponto de já ninguém estar com pachorra para me ler.

Muitos terão vontade de se suicidar com um tiro no dedo mindinho do pé, após lerem estas linhas. Outros já o fizeram. Têm ainda mais outro. Estejam à vontade.

Outros terão vontade de me pedir os ficheiros mpeg. Outros de ir a correr ao supermercado comprar bananas.

Aviso que apaguei os ficheiros todos. Não os passei a ninguém por motivos de saúde pública. Quanto às bananas, no Lidl são mais baratas.

1. Uma gorda muito provavelmente com meia tonelada de peso, a cavalgar desenfreada de prazer um gajo magrinho numa cama de quarto de hotel;

2. Um preto a comer de frente o cú duma gaja branca e, simultaneamente, a fazer-lhe um minete (explico, o bacamarte do preto é enorme, de modo que o preto dobra-se e chega lá com a língua ao mesmo tempo que o enfia.
Muito provavelmente o preto conseguirá fazer a si próprio um bóbó.
A língua do preto também é comprida.);

3. Um gajo que filma gajas que lhe dão murros e pontapés nos tomates e ele gosta;

4. Uma gaja que enfia uma banana descascada no cu de uma outra que está de gatas e afasta-se um metro para trás. Então a que está de gatas faz força e a banana sai disparada na direcção da outra que a apanha com a boca;

5. Um gajo que sofre duma estranha mutação, tem dois pénis e faz as delícias duma gaja ao comê-la por trás por dois lados ao mesmo tempo;

6. O Berlusconni a comer macacos do nariz.

Digam lá se não é bom ter amigos assim, que tentam sempre animar-nos, enviando-nos "coisas giras" para o mail ?

Conta a intenção. Adeus dedo mindinho!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Agradecimentos

Ao blog Tudo a Norte, os meus agradecimentos pelo link feito ao Sempre a Produzir.

Duplo esgotamento

Manuela Ferreira Leite disse que o governo do Sr. Sócrates já baixou os baixos e desistiu de enfrentar a crise.

Aproveitou para “explicar” que o papel da oposição não é apresentar alternativas mas, sim, fiscalizar a acção do actual executivo.

Então, se a oposição não apresenta alternativas, como é que a populaça vai poder avaliar se qualquer outro partido se afigura como alternativa credível ao governo?

Ou será que Ferreira Leite também já baixou os braços?

Outros Bloggers no Sempre a Produzir - VIII


Com os meus agradecimentos, "Crise!", por PMAA, Busturenga.

A convite do Johnnyzito, estou a escrever estas linhas.

Nos últimos tempos temos assistido ao instalar da crise.

Ele é o aumento do preço dos combustíveis, das taxas de juro, da taxa de inflação, do desemprego e, por outro lado, a queda dos índices das bolsas de valores, da taxa de crescimento do PIB, do poder de compra...

O que tem sido feito para inverter esta situação de crise?

Em primeiro lugar, nega-se a crise!!

Em segundo lugar, tomam-se umas medidas pontuais, pouco significativas, para dar a ideia que se está a fazer muita coisa.

Depois, culpa-se os antepassados e o exterior!!

Mas para quem ainda à bem pouco tempo dizia que Portugal não seria afectado por esta crise..., pois, o país estava mais bem preparado para enfrentar a crise...

Para sustentar esta afirmação o governo sustenta que fez reformas.

Fica a pergunta que reformas?

A da administração pública, a das finanças públicas, a da justiça, a da educação?

A mais proclamada é das finanças públicas, pois foi controlado o tão falado défice.
Esqueceram-se foi de dizer que foi à custa da receita (mais impostos), e não por redução da despesa.

A reforma da administração pública, com o programa PRACE, vai devagar e parada. Com os trabalhadores desmotivados, com muitos funcionários a irem para a reforma logo que lhes é possível, e com lugares chave a não serem preenchidos devido ao congelamento de admissões, permanecendo trabalhadores que não acrescentam valor ao serviço. Como exemplo 2 motoristas (por vezes sem qualquer serviço), permanecem num serviço público, onde se reformaram 6 técnicos e não foi colmatada a saída de nenhum. Colocando em causa o serviço prestado.

A reforma da educação cinge-se à avaliação dos professores e a facilitação dos exames!!!

Quanto à reforma da justiça, sem dúvida a mais importante, pois só com justiça é possível estabelecer relações económicas.

Essa reforma foi/está a ser executada?

Mas para que a economia se possa desenvolver e criar riqueza, existe um elemento fundamental que é as empresas.

O que se tem feito com as empresas?

Sabendo que o tecido empresarial português é constituído na sua quase totalidade por pequenas e micro empresas, o que tem sido feito para que estas empresas tenham condições para operar?

Será que estas empresas se conseguem desenvolver com o actual nível de burocracia, com o actual nível de impostos?

Só com empresas fortes e com organismos públicos ágeis será possível dar a volta à crise!

PMAA

terça-feira, 15 de julho de 2008

Mas que merda é esta?

Chamem-me insensível, se assim o desejarem, mas, na realidade, alguma coisa de perfeitamente anormal se passa nesta porra de país.

As novidades que vão aparecendo sobre as famílias ciganas, lá do bairro não sei das quantas, que estão, provisoriamente, alojadas num qualquer pavilhão desportivo, devem dar que pensar ao comum cidadão que já anda excessivamente preocupado com a situação financeira deste país e, consequentemente, com a própria situação financeira familiar.

Agora entendo porque é que há, por aí, muito boa gente a deitar contas à vida porque gostaria, como é o nosso caso, de ter mais uma pequena cria e não o faz por falta de apoios do estado, entre outras razões.

Estes parasitas da nossa sociedade têm dez filhos e um quarto de centena de netos, porra, e, claro está, recebem os apoios da Segurança Social, entidade para quem o comum cidadão desconta todos os meses.

Estas criaturas, que não fazem a ponta dum pénis na vida, ainda se queixam da falta de alimentos, desde que estão no tal do pavilhão, e que as suas crianças nem leite têm para beber.

E se fossem para o pénis que os fecunde?

É que se eu, como o resto da comum populaça, chegar à Segurança Social e disser que a merda dos 21 euros do abono de família não chega para dar o mínimo de alimento à a minha filha, mandam-me logo dar uma curva e, na volta, ainda chamam o segurança para me pôr na rua por desacatos num local publico.

Então, esta gentalha tem meios para andar, por aí, com os pescoços e pulsos cobertos de fios de ouro, cheios de anéis, grandes televisões, bons telemóveis e, como vi há uns dias atrás, para sacar dum maço de notas de 50 euros para pagar o almoço, numa qualquer tasca cá do burgo, e não tem dinheiro para ir à mercearia comprar leite para as crias e comida para os graúdos?

Esquecimento ou falta de competência

O Ministério da Administração Interna adquiriu, através de concurso iniciado em 2006, uma porrada de pistolas Glock, destinadas à GNR e à PSP que, entretanto, já começaram a receber o dito material.

Material, leia-se pistolas porque os respectivos coldres, para o correcto acondicionamento das armas, não apareceram e a sua aquisição ainda vai demorar algum tempo, já que o respectivo concurso só foi publicado no passado dia três.

Até lá, os agentes que já disponham desta nova arma vão fazendo os possíveis com coldres adaptados ou, mais simplesmente, poderão usar a pistola enfiada no bolso de trás, no cinto ou com o canhão metido por dentro das calças, junto aos “tintins” mas correndo, sempre, o desnecessário risco de ficarem capados dum momento para o outro.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Tenho os meus direitos

Lembro-me que, há uns tempos atrás e quando começaram a ser noticiados cada vez mais casos de violência cá no burgo, o ministro da tutela veio a público com a absurda afirmação de que Portugal é um país seguro e que, comparativamente com outros países, os níveis de violência são baixos, o que, à primeira vista, até pode ter alguma lógica, se pensarmos, como certamente fez o ministro, que o burgo é um pedaço de terra bem mais pequeno que a maioria dos restantes da Europa em que nos inserimos.

A verdade é que esta merda está a saque e a populaça sente, cada vez mais, a insegurança que paira no ar.

Ciganos e negros envolvem-se aos tiros, numa de guerrilha urbana, pondo em risco o resto da populaça que, pacatamente, passava na zona.

Gangs rivais de negros envolvem-se em cenas de pancadaria numa qualquer praia em Oeiras e, face à presença da polícia, decidem pôr de parte as tais rivalidades e unem-se para afiambrar, em conjunto, quem foi até à praia para repor a ordem e proteger o resto dos cidadãos que preferem apanhar sol em vez de levar com alguma coisa perdida no meio da confusão.

As notícias do “carjacking” sucedem-se, em locais tão dispersos cá do burgo, e ninguém se atreva a defender que está a ser assaltado porque leva com um balázio nos cornos.

À semelhança do “carjacking”, já nem se fala nos assaltos a lojas nem, sobretudo, nos assaltos a caixas Multibanco, durante os quais, se necessário, os rufias até chegam a mandar abaixo uma parede para levar a maquineta.

Enfim, o país está a saque e não se vê que a coisa venha a ter solução, já que nem as maternidades escapam, como foi o caso duma qualquer maternidade algures no norte do país, onde os gajos entraram e levaram a receita do parque de estacionamento.

Caso sejam apanhados, esta gentalha volta cá para fora num ápice, com uma pulseirinha toda catita ou com a “obrigatoriedade” de se apresentarem, periodicamente, numa esquadra próxima.

Em alternativa, reúnem com a Presidência da Câmara, que já disse que aquilo é obra duma pequena minoria, com a Protecção Civil, com o Governo ou com o raio que os parta, e ainda lhes vão pedir casas novas, porque, coitadinhos, estão a ser atacados e não se sentem seguros.

Que eu me tenha apercebido, nas imagens que passaram na televisão, os pobres coitadinhos dos ciganos estavam armados, e bem armados, e não me venham cá com merdas e desculpas esfarrapadas.

Essa escumalha, quer dum lado quer do outro, vive em casas oferecidas pelas câmaras, com uma renda de 15 ou 20 euros, têm um bom televisor LCD em casa, provavelmente roubado, um bom carro à porta do prédio, provavelmente roubado antes de ser transformado pelo “tunning” que sai mais caro que o próprio carro mas que talvez possa ser pago com umas negociatas ligadas ao tráfico de droga ou a assaltos à mão armada, estão plenamente integrados na sociedade produtora deste país, de tal forma que uma larga percentagem da populaça prisional é composta por “lelos” e negros e são excelentes cumpridores dos seus deveres fiscais.

Resumindo e concluindo, são fortes contribuidores para o desenvolvimento deste belo país, bem-educados e cordiais no comportamento e na linguagem a que regularmente assistimos, por exemplo, nos transportes públicos e fieis cumpridores da ordem pública.

Dito isto, ou melhor, dita toda esta lenga-lenga, eu, que sempre paguei os meus impostos, nunca causei desacatos nem nunca roubei nada, a não ser, quando gaiato, uns chocolates e umas cerejas perdidas nuns caixotes à porta da mercearia lá perto de casa, sempre fui respeitador e bem educado, e que, confesso que porque tem mesmo que ser, se quero ter pão na mesa ao fim do mês, vou dando o meu contributo para o desenvolvimento deste país, vou mudar de atitude!

Como até moro num local paredes-meias com este género de populaça, sinto-me inseguro, temo pela segurança da minha família e, por conseguinte, vou ali à candonga comprar uma caçadeira de canos serrados, encho as peidas dos vizinhos de chumbo (sem os matar, claro, porque, senão, passo a ter cama, comida e roupa lavada numa qualquer prisão e deixo a família a viver em piores condições do que eu) e, depois, vou ali exigir uma casa num condomínio privado com piscina e “jacuzzi”.

Sim, porra, porque se, ao contrário desta gajada, pago os impostos que me são exigidos, tenho direito a ter mais direitos!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Novas promoções

Rezam as notícias que, algures no estado do Nevada, algures nos Estados Unidos da América, um qualquer bordel está a oferecer vales de 50 dólares de gasolina aos clientes que paguem 300 dólares pelos serviços das moçoilas.

É a crise a obrigar a novas estratégias que permitam atrair mais clientes.

Com a crise que reina cá no burgo, especialmente em torno dos preços dos combustíveis, ainda nos arriscamos a ver as gasolineiras a transformarem aqueles camiões TIR, que usam para andar a fazer promoções pelo país fora, em espaços próprios que lhes permitam promover uma queca rapidinha junto dos clientes que abasteçam um mínimo de não sei quantos euros.

Somos os piores

De acordo com mais uma das muitas sondagens que vão aparecendo por essa Europa fora, Portugal é o segundo pior país no que toca ao cumprimento dos objectivos da Estratégia de Lisboa em matéria de educação e combate ao abandono escolar.

Segundo as informações agora divulgadas, Portugal apresentou, em 2007, uma taxa de abandono de 36,3% quando há países, como a Polónia ou a República Checa, que apresentaram taxas inferiores a 10%.

Ironia das ironias, as metas da tal da Estratégia de Lisboa foram, tal como o nome indica, definidas por Portugal durante a presidência lusa da União Europeia, em 2000.

Realmente, não há nada cá no burgo que seja motivo de regozijo, que nos faça sentir orgulhosos ou, eventualmente, pensar que as coisas possam estar a mudar para melhor.

Arquitetura

O título do post não está mal escrito, não senhor.

É, apenas, reflexo do malfadado acordo ortográfico que, pelos vistos, se começa a estender a outros sectores da nossa bela sociedade, como a “arquitetura”.

Deve haver falta de arquitectos competentes cá no burgo, porque foi preciso mandar vir um “arquiteto” lá do outro lado do oceano para apresentar um projecto para algo tão Português como é o Museu dos Coches.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Pessimismo vs optimismo

Quem tenha assistido à pseudo entrevista de Gomes Ferreira a Medina Carreira, ontem na SIC, pode ter ficado com a ideia de que o homem é um pessimista radical, que só deita tudo abaixo e que não vê qualquer futuro para o nosso país.

Até um certo ponto, pode bem ser verdade, mas a realidade é que a visão de Medina Carreira corresponde, em tudo o que disse, à triste realidade que vivemos cá no burgo.

Foi, sem dúvida, uma análise fria, realista e, sobretudo, esclarecedora, mesmo para aqueles menos entendidos nos meandros da política e da economia.

Gostei de ver e, acima de tudo, apraz-me saber que há individualidades cá no burgo que estão plenamente conscientes da merda em que vivemos, sabem do que falam e propõem medidas e soluções concretas que podem permitir, a longo prazo, é certo, respirar melhor e sair do buraco miserável em que estamos metidos.

Palhaçada elevada à oitava potência

Os líderes das oito economias mais industrializadas do planeta, conhecidos pelos G8, estão no Japão a analisar a crise mundial e, especialmente, a escassez de comida nos países mais pobres e os altos preços dos bens alimentares, com a firme convicção, pelo menos perante as câmaras e os microfones das cadeias de televisão, de apresentar soluções que visem melhores mecanismos de poupança, uma melhor racionalização dos bens alimentares, combater o flagelo da fome, que afecta milhões que não conseguem, sequer, uma refeição decente por dia, e ajudar os mais pobres.

Poético, sem dúvida. Atitudes nobres e enternecedoras, e palavras fáceis de dizer para quem não tem problemas de sobrevivência ao fim do mês, manda os lacaios, ao supermercado da esquina, fazer as compras do mês e não tem problema com o combustível necessário para atestar as carripanas estacionadas à porta das residências oficiais.

Quem os ouve falar, pode cair na ingenuidade de acreditar que os próprios vão servir de exemplo e mostrar ao mundo como se faz.

Demagogia e ilusão puras, já que os oito não se privaram de um pequeno banquete, composto por mais de 20 iguarias diferentes e vinhaça, da mais cara, a rodos.

Uma verdadeira hipocrisia que, de acordo com alguma imprensa, terá custado mais de 300 euros por cabeçorra e que, devido a tanta ostentação, terá levado a que representantes de países como a Tanzânia, Senegal ou Etiópia, presentes nas reuniões sobre questões alimentares, não tenham sido convidados para o petisco.

terça-feira, 8 de julho de 2008

É uma "injustiça"

A Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, grupo cívico liderado por Campos e Cunha, diz que o executivo do Sr. Sócrates está a governar o burgo a pensar nas eleições de 2009, tendo em conta, especialmente, alguns sinais recentes como o anúncio do fim da crise orçamental ou a redução dos impostos.

Obviamente que sim, e não é preciso nenhum curso superior para perceber semelhante atitude, aliás comum à larga maioria dos governantes nacionais e estrangeiros.

São os tais rebuçados, de que já tinha falado noutros posts, que não surpreendem ninguém a não ser os visados, que, no caso concreto dos socialistas, já incumbiram o seu porta-voz, Vitalino Canas, de vir chorar em publico por causa destas injustas acusações de que foram alvo.

Vitalino Canas salienta, aliás, que a SEDES mudou de opinião em relação ao ano passado.

Se calhar, o porta-voz socialista queria dar um outro sentido à afirmação mas, na minha parca opinião, até estou de acordo com ele, tendo em conta que o péssimo desempenho deste governo se tem vindo a agravar de forma radical e que a mudança de opinião é um direito dos cidadãos.

Aliás, acho muito bem que a maioria da populaça mude de opinião.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

É pena

Há uns dias atrás, depois duma perseguição tipo filme de gansters, com tentativas de atropelo, chiadeiras de pneus, pirilampos e sirenes, um homem levou com uma bala na carola, uma das quatro que um militar da Guarda Nacional Republicana disparou contra a viatura em fuga, na tentativa, precisamente, de a imobilizar.

Parece-me “engraçada” a maneira como certos órgãos de comunicação noticiam o acontecimento, com determinado tipo de vocabulário que pode suscitar algumas duvidas em relação à actuação do polícia ou o facto de este ser o quarto caso de civis baleados por militares da GNR, desde, imagine-se, Outubro de 2006.

O homem levou com um balázio e morreu.

Enfim… É pena, mas ninguém lhe mandou fugir a uma operação policial, nem tentar atropelar os polícias, nem, muito menos, obrigar os militares a andarem a acelerar, de um lado para o outro, durante 20 minutos, a gastar combustível a rodos que é pago por todos nós, os contribuintes.

Mais pena tenho do desgraçado do GNR que, por ter disparado para impor a lei e a ordem, vai ter que se sujeitar à merda da burocracia cá do burgo e justificar o porquê de quatro disparos, se a mão lhe tremia, se, para além do café da manhã, tinha bebido alguma coisa, se já tinha ido à casa de banho, ou se deu algum peido, na altura do disparo, que tenha provocado um pequeno desvio, porque é que não gritou em vez de disparar ou, a mais ridícula de todas, porque é que não esperou que o fugitivo disparasse antes que ele próprio premir o gatilho.

Outros Bloggers no Sempre a Produzir - VII

Com os meus agradecimentos, "A decadência da nossa sociedade", por LFM, Desculpe Qualquer Coisinha.

Se me perguntarem qual é o principal problema da sociedade portuguesa, responderei sem hesitar: a justiça (ou melhor, a sua ausência).

Não tenho a mais pequena dúvida ao afirmar que tudo o resto seria forçado a entrar nos eixos, desde que houvesse justiça e esta funcionasse de forma célere.

Lembro-me de quando era criança e brincava na rua, sempre que os decibéis subiam, lá vinha uma vizinha dizer:
- Olhem que eu chamo a polícia.

E eu, independentemente do respeito que poderia ter (ou não) à vizinha, tinha respeito à polícia.

Claro está que se pensasse um pouco saberia que a polícia não me batia nem me levava preso, mas o respeito pela autoridade, directa ou indirectamente, ajudou a moldar o meu sentido social e a tornar-me num individuo e não numa besta.

Sim, todos nós temos uma besta cá dentro e há para aí muito 'boa gente', que ao longe (e mesmo ao perto) deixa a besta transparecer e faz-nos viver o nosso dia-a-dia como se estivéssemos numa largada de touros permanente.

Quer seja no campo social, económico, desportivo, religioso, político, lá temos nós que evitar ser colhidos.

Tão depressa acho que a sociedade evoluiu, como dou por mim a verificar, caso a caso, que em nada evoluímos chegando mesmo ao caos de termos retrocedido em alguns pormenores.

Não sei se já viram a série televisiva Roma.

O que me fascina nessa série são as semelhanças entre a sociedade romana de há 2.000 anos e a nossa sociedade de hoje.

Podemos, nessa série, constatar que os jogos sujos da política e as organizações mafiosas, funcionam da mesma maneira que nos nossos dias, mas com apenas algumas diferenças:

- Hoje a moda e os trajes são outros;
- Apesar de haver injustiças como hoje, a justiça era mais célere;
- Naquela época não havia frigoríficos nem internet.

Cada vez estou mais convencido que a justiça é cega por opção, até a mim já me custa ver o que para ai anda.

LFM

Fórmula Um 2008 - IX

GRANDE PRÉMIO DE INGLATERRA

06 de Julho de 2008


2008 FORMULA 1 SANTANDER BRITISH GRAND PRIX

Circuito de Silverstone - 5 quilómetros e 141 metros
Recorde de Melhor Volta - M Schumacher, em 2004, com o tempo de 1:18.739

Resultados

1º - Lewis Hamilton
2º - Nick Heidfeld
3º - Rubens Barrichello

Melhor volta - Kimi Räikkönen, com o tempo de 1:32.150

Campeonato Pilotos

1º - Lewis Hamilton
- Felipe Massa
- Kimi Räikkönen - 48 pontos
2º - Robert Kubica - 46 pontos
3º - Nick Heidfeld - 36 pontos

Campeonato Construtores

1º - Ferrari - 96 pontos
2º - BMW Sauber - 82 pontos
3º - McLaren - Mercedes - 72 pontos

Silverstone foi palco de mais uma emocionante corrida, ganha por Lewis Hamilton, que, finalmente, brilhou perante o seu público.

Num grande prémio disputado debaixo de chuva intensa, Lewis impôs-se, a partir da vigésima primeira volta, após a paragem nas boxes, com um conjunto de pneus novos.

A vitória do britânico dá ainda mais alento ao campeonato, com três pilotos a partilhar o primeiro lugar da tabela.

Em destaque esteve, também, Rubens Barrichello, ao conseguir um lugar no pódio, coisa que não acontecia desde o Grande Prémio dos Estados Unidos de 2005, fruto, não só, duma excelente corrida mas, também, duma brilhante táctica nas boxes, ao instalar no seu carro os pneus de chuva, ainda a corrida ia a meio.

Robert Kubica teve a segunda desistência da temporada mas mantém, ainda assim, o segundo lugar da classificação geral, enquanto que Kimi Räikkönen, que acabou no quarto lugar, assinou, pela sexta vez consecutiva, a melhor volta.

Próximo Grande Prémio a 20 de Julho na Alemanha.

Mais informações aqui.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Era uma vez

Era uma vez um pequeno canto à beira mar plantado onde as coisas não têm corrido pelo melhor, especialmente desde que um tal Sr. Sócrates subiu ao poder, levando com ele, para o seu executivo, uma série de carolas que, nos respectivos ministérios, só têm feito porcaria.

A populaça deste pequeno país anda preocupada, não de agora mas desde há bastante tempo, ao aperceber-se que a economia vai de mal a pior e que as condições de vida têm vindo a deteriorar-se duma maneira nunca vista.

Muita gente deste pequeno burgo interroga-se sobre o futuro das suas vidas, ao verem as empresas onde trabalham a fecharem as portas, como as 500 empresas que abriram falência nos primeiros seis meses deste ano de 2008, o que se traduz num aumento de qualquer coisa como 30%.

Interrogam-se, também, os mais pobretanas, ou seja a grande maioria da populaça, sobre a redução dos veículos ligeiros, quando, a cada esquina, se vêem grandes bólides, tão, ou mais, caros como um apartamento T2.

Se calhar tem alguma coisa a ver com grandes empresas, como o grupo Águas de Portugal, que, ao contrário daquelas que abrem falência, vão acumulando dívidas brutais, que, de acordo com o Tribunal de Contas, deverão ascender a cerca de 1,7 mil milhões de euros, tendo, no entanto, capacidade para distribuir carripanas aos seus administradores, num valor que rondou os dois milhões e meio de euros.

Má gestão, com os administradores a acumularem funções, e má influência do governo socialista, com certeza, já que a Águas de Portugal Internacional, por exemplo, tem sido um instrumento usado para a internacionalização do executivo.

No meio da confusão reinante, ainda há quem não tenha papas na língua, apesar das vendas de pão terem registado uma descida de 30% nos últimos dois anos, permitindo uma poupança de 18 euros mensais para aqueles que deixaram de comprar este bem alimentício, e ponha a boca no trombone (citação vinda do lado de lá do Atlântico, agora sem problemas por causa do acordo ortográfico), afirmando que as empresas públicas roubam os cidadãos, à custa de esquemas enganadores e taxas e preços especulativos, muito acima do livre jogo da oferta e da procura de mercado.

Frustrada e triste, a populaça ainda leva com mais uma porrada psicológica quando volta a ser relembrada, por uma bosta dum relatório vindo lá dos lados da OCDE, que ganha menos de metade do que a média dos vencimentos auferidos nos outros países da Zona Euro.

Diz o malfadado, mas realista, relatório que o cidadão cá do burgo ganhou, em média, 11.616 euros, contra os 25.290 da média dos países da OCDE, e que só quatro ou cinco países é que se apresentam piores que nós.

O mesmo documento diz, ainda, que o desemprego tem vindo a aumentar e que 2009 vai ser uma desgraça neste campo, com Portugal a figurar como um dos países mais afectados.

Situação preocupante, sem dúvida, porque nem Luís Filipe Vieira, presidente do glorioso clube que se assume como um dos mais importantes símbolos da nação, escapa à eventualidade do despedimento, depois da discussão e aprovação do orçamento do clube que levou o senhor a ser ameaçado por alguns sócios, tendo que recorrer a escolta policial para sair das instalações da Luz.

A precária situação do país manifesta-se de tal forma que até os mais ilustres emigrantes cá do burgo têm as suas dúvidas ao receberem propostas para voltarem à terriola de origem, como é o caso de Carlos Queiroz que pode passar de mero adjunto a seleccionador nacional, ganhando, obviamente, uns milhares a menos.

Resumindo, e concluindo, tudo o que tenha a ver com este pequeno burgo, moribundo graças às nefastas linhas políticas dos últimos anos, pauta pela negatividade e pelo pessimismo da populaça, que não consegue vislumbrar, sequer, uma ténue luzinha ao fundo do túnel.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Declaração ao país

Por questões relacionadas com os compromissos assumidos para ser um bom pai, não tive oportunidade de acompanhar, na íntegra, as declarações do Sr. Sócrates ao país.

Declarações, sim, porque o que vi, de entrevista nada tinha, uma vez que o homem falou do que quis e mais lhe convinha, sem tocar em alguns dos assuntos mais prementes da nossa sociedade como, por exemplo, as perspectivas de aumento do desemprego que assola o país.

O Sr. Sócrates apresentou-se, sem dúvida, com a lição bem estudada e, com a anuência, ou não, dos entrevistadores, limitou-se a fazer um bocado de propaganda política numa de abafar a entrevista de Manuela Ferreira Leite, da noite anterior, o que não se afigurava nada difícil dado à, também, falta de conteúdo desta.

O fim da entrevista foi, claramente, um discurso de campanha, com aquelas balelas de ser o primeiro-ministro dum país em dificuldades que quer ajudar a populaça a superar os maus momentos e de esperar ser visto como alguém em quem os portugueses acreditam, com ânimo para dar e vender e cheio de soluções para superar a crise.

Pois eu não espero nada disso.

Espero, isso sim, que o Sr. Sócrates entenda que o seu executivo é o principal responsável pela merda em que estamos mergulhados e que rectifique, desde já, a má obra feita, ou, mais simplesmente, que largue o poleiro e se ponha a andar.

Fora com os pombos

Ao ver o cidadão, que ia à minha frente, pelo passeio fora, em passo acelerado, levar com uma bela duma bosta dum pombo, tive que me conter para não soltar a bela da gargalhada.

Depois, pensei que, há relativamente pouco tempo, aconteceu-me o mesmo…

Situação desagradável mas, devido ao elevado número destes animalejos a proliferar em Lisboa, com um grau de probabilidade para que aconteça cada vez maior.

Fica uma nova sondagem, ali ao lado.

Cadeira eléctrica

O desfecho, em tribunal, do caso da pequena cria que ficou paraplégica devido à carga de porrada que lhe foi administrada pelo pai, ou padrasto, ou o raio que o parta, é mais um exemplo da merda em que vivemos.

O homem quase matou a criança, simplesmente porque esta não parava de chorar, deixou-a num estado vegetativo e leva com uma pena de sete míseros anos, uma pena atenuada tendo em conta que não mandou a criança desta para melhor e ainda fez o favor de chamar o INEM quando se apercebeu do que tinha feito.

Cabresto do pénis, merecia era ficar amarrado, para o resto da sua miserável vida, a uma cadeira eléctrica que lhe fosse administrando descargas eléctricas de hora a hora.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Somos uns porreiraços, pá!

O país está de rastos, na merda, como se costuma dizer, com uma grande da populaça desesperada com falta de condições de vida, com falta de comida à mesa, com o desemprego que assola tantos agregados familiares, com os preços a subirem, as taxas de juro a não darem tréguas, etc, etc, etc…

Ainda assim, o digníssimo governo, na pessoa do digníssimo Ministro das Finanças, perdoou a dívida de 249 milhões e meio de euros que Moçambique tinha para com a populaça cá do burgo (sim, porque a populaça é que paga os impostos) e prepara-se para fazer o mesmo com a dívida de São Tomé e Príncipe.

Não tem nada que saber… Fazemos o papel de beneméritos e, depois, temos que pedir emprestado e cavamos um buraco ainda maior do que o já existente cá no burgo.

Ao menos, podiam ter a humildade e a boa educação de perguntar à populaça se achamos bem este tipo de atitude.

Por mim, sinto-me lesado.

Sejamos educados

Rezam as notícias que um homem, com cerca de 30 anos, esperou que os fregueses duma qualquer dependência bancária, algures em Vizela, saíssem todos, entrou na dita dependência, apresentou, ao pessoal do banco, um papel onde se podia ler quais os seus propósitos, qualquer coisa como “isto é um assalto e passa para cá o carcanhol”, agarrou no dinheiro disponibilizado e, com um “muito obrigado e desculpe lá o mau jeito”, virou costas e saiu porta fora, com a maior calma do mundo.

A situação é caricata e o conceito deveras interessante, tendo, aliás, em conta que nem sequer se deu ao trabalho de esconder a cara.

Provavelmente, estaria, esta criatura, à espera de alguma boa vontade, ou de algum momento de caridade, por parte dos funcionários do banco, face ao seu “modus operandi” e à sua boa educação.

Falta de alternativa

Não vou à bola nem com um nem com o outro, mas, confesso, dou uma certa dose de razão a Vitalino Canas, o porta-voz dos socialistas, quando afirma que Manuela Ferreira Leite vai pelo mesmo caminho que o seu antecessor, ao refilar muito sem, no entanto, apresentar propostas alternativas à bosta de política do governo do Sr. Sócrates.

Uma achega a Vitalino Canas… Não espere muito, porque a Dra. Ferreira Leite já disse que está de acordo com muitas das opiniões socialistas e esta coisa de atacar o PS deve ser para “inglês ver”, numa de mostrar serviço perante quem a elegeu para comandar as hostes laranjas.

Quero a lotaria!

Lá para as bandas da China, um pobre desgraçado, farto de jogar no euromilhões lá do burgo sem ganhar a ponta dum corno, como a maioria da populaça mundial, entre os quais me incluo, decidiu reclamar pela falta de sorte, foi até ao quiosque das lotarias, sacou da ponta-e-mola e esfaqueou a funcionária do balcão.

Gajo porreiro…

terça-feira, 1 de julho de 2008

Outros Bloggers no Sempre a Produzir - VI


Com os meus agradecimentos, "RECADO A PEDRO PASSOS COELHO", por João Severino, Pau Para Toda A Obra.

Meu Caro Pedro

Acabei de ver, num jornal, uma fotografia sua na comemoração dos 50 anos do Casino Estoril, com a presença do magnata Stanley Ho e dos habitués que andam há anos a ter o prazer, sabe-se lá porquê, de pousar ao lado do 'rei' dos casinos de Macau, e não só.

Fiquei desiludido com a sua presença num evento desta natureza. Como diria o Herman José "não havia nexexidade"...

O senhor mostrou, nas últimas eleições directas do PSD e no Congresso do seu partido, que "o futuro é agora". E nesse sentido, deu alento e esperança a muita gente jovem de que algo poderia vir a mudar na política portuguesa.

Mudar para melhor. Mudar em seriedade. Mudar em transparência. Mudar em solidariedade. Mudar em apoio aos mais desprotegidos. Mudar a política elitista e corrupta que tem atingido o nosso País nos últimos 30 anos ao mais alto nível.

Cheguei a ouvir amigos meus dizer "Com o puto Passos Coelho isto vai mudar!".

Não, meu caro. Não vai mudar absolutamente nada se você já faz parte deste clan. De um clan que se sente bem ao lado dos magnatas que tudo querem e tudo podem por serem proprietários de máquinas de fazer dinheiro.

Dir-me-á que os presidentes dos Estados Unidos da América também são eleitos com o dinheiro dos magnatas proprietários das companhias petrolíferas.

Com uma diferença: o petróleo é uma riqueza natural que enriquece uns quantos para sustentar a vida da maioria. E no casino o natural é a riqueza produzida ser sacada à maioria para enriquecer uns quantos...

Se o potencial candidato a líder do PSD e, consequentemente, um dia mais tarde, candidato a primeiro-ministro Passos Coelho pretende iniciar a sua carreira tão límpida como cativante, não pode entregar-se a uma engrenagem onde o que apenas deve estar a brilhar e a cheirar bem são as casas de banho...

Pela minha parte, dizer-lhe muito claramente, que nunca poderá contar com o meu voto. Conheço demasiado bem a máquina trituradora dos "amigos de casinos" para não poder ter confiança política em si como um novo "amigo" dos magnatas de casinos.

João Severino

Tretas económicas

Hoje entra em vigor essa treta da redução da taxa máxima do IVA de 21 para 20%.

Trata-se duma redução ridícula, que vai de encontro ao ouvido português, um pouco à semelhança daqueles anúncios que apregoam determinados produtos por 1.999,99 euros, o que soa bem melhor do que 2.000.

Treta da grande, digo eu, entre tantas outras vozes da populaça cá do burgo, já que é uma medida do mais populista que se tem visto nos últimos tempos e que não vai mexer em nada nas finanças das famílias portuguesas.

Aliás, tendo em conta as novidades que vão aparecendo um pouco por toda a parte, esta redução até se pode transformar num agravamento para as carteiras dos cidadãos, com as taxas de juro a subirem mais uma vez, os bilhetes do Metro a aumentarem cinco cêntimos, a inflação a subir sem parar e o preço dos combustíveis a ser “actualizado” constantemente, entre outras situações.

Algumas empresas nem sequer se dão ao trabalho de actualizar os preços dos seus produtos, de tão ridícula que se torna a redução, e preferem aplicar a missiva “IVA à taxa legal”, sem divulgar o valor do imposto.

Para os mais distraídos, fica um exemplo prático.

Ontem, ao comprar um produto cujo preço base fosse 10 euros, o consumidor pagou 12 euros e dez cêntimos.

Hoje paga, somente, doze euros certos, ou seja, uma merda de dez cêntimos que não dão, sequer, para mandar cantar um cego.

Imagine, entretanto, caro leitor, que o tal do produto é um consumível qualquer que dura cinco meses.

Fazendo um exercício de matemáticas aplicadas, chegamos à conclusão de que a melhoria, ou poupança, se assim lhe quisermos chamar, se cifra nuns fabulosos dois cêntimos por mês.

Há alguma coisa, por este burgo fora, que se possa comprar com dois cêntimos, numa de investimento?

Agradecimentos

Ao Pau Para Toda A Obra, pelo link feito ao Sempre a Produzir