Há uns meses atrás, por ocasião da vitória de Menezes e consequente ascensão ao posto de manda chuva do PSD, falava eu com um fervoroso militante laranja, daqueles que, ainda que desconhecido do geral da populaça, já tem um nome e uma posição a defender nas esferas partidárias, sobre a imagem, a posição e a garra do novo líder.
Dizia-lhe eu, na altura, que até que ia à bola com a figura de Menezes e que pensava que era uma personagem com capacidade para dar a volta ao PSD e, inclusive, para, na hora H, ir buscar votos, os chamados votos úteis, a outras forças políticas cá do burgo.
O meu interlocutor mostrava-se, pelo menos assim me pareceu na altura, confiante e satisfeito com o resultado, além de, provavelmente, e face às minhas palavras, estar a pensar, com um sorriso algo malandro nos lábios, que podia ter na minha pessoa mais um gajo a pensar mudar de cor partidária ou, no mínimo, a considerar o tal voto útil como maneira de mandar o governo do Sr. Sócrates para o sítio que devidamente merece.
A verdade é que, a esta hora, estou a engolir as palavras que disse, e a minha opinião, face ao nada feito por Menezes, à excepção da mudança do emblema do PSD, mudou, de forma radical, em relação ao líder demissionário.
Menezes não teve o carisma necessário para conquistar as bases do partido e, consequentemente, começou, desde muito cedo, a ser contestado e a levar porrada vinda de todas as direcções, sem saber como aparar os golpes.
Menezes não deu ao PSD a imagem que o partido esperava, tendo, possivelmente, em conta o excelente trabalho que sempre desenvolveu à frente da autarquia de Gaia, e mostrou ser um líder molenga, quer no que toca à política interna quer no que toca à política de oposição ao governo.
Lembro-me que, na altura, o meu interlocutor falou de outros possíveis nomes para a liderança do PSD, como, por exemplo, Passos Coelho, ainda que considerasse este demasiadamente jovem para assumir o protagonismo e ficar à frente dos destinos laranjas.
Seis meses passados, de puro fiasco partidário, pergunto-me quem terá a coragem de agarrar num partido fragmentado, e cheio de mazelas provenientes de tanta guerrilha interna, e a habilidade política que permita, depois da tal “reflexão interna” da praxe e da serenidade de que todos tanto gostam de falar em momentos de crise, levar o PSD a ser, realmente, a alternativa credível ao governo socialista nas eleições do próximo ano.
Alvitro, na minha condição de cidadão pouco dado a politiquices (ainda que seja filiado num partido cá do burgo), que não existe, no seio do PSD, ninguém com esse perfil, porque é preciso ser-se louco, pouco responsável, pouco visionário e suficientemente suicida para se auto considerar como “carne para canhão”, para se candidatar à liderança dum partido que está, actual e infelizmente, condenado a perder as próximas eleições.
Dizia-lhe eu, na altura, que até que ia à bola com a figura de Menezes e que pensava que era uma personagem com capacidade para dar a volta ao PSD e, inclusive, para, na hora H, ir buscar votos, os chamados votos úteis, a outras forças políticas cá do burgo.
O meu interlocutor mostrava-se, pelo menos assim me pareceu na altura, confiante e satisfeito com o resultado, além de, provavelmente, e face às minhas palavras, estar a pensar, com um sorriso algo malandro nos lábios, que podia ter na minha pessoa mais um gajo a pensar mudar de cor partidária ou, no mínimo, a considerar o tal voto útil como maneira de mandar o governo do Sr. Sócrates para o sítio que devidamente merece.
A verdade é que, a esta hora, estou a engolir as palavras que disse, e a minha opinião, face ao nada feito por Menezes, à excepção da mudança do emblema do PSD, mudou, de forma radical, em relação ao líder demissionário.
Menezes não teve o carisma necessário para conquistar as bases do partido e, consequentemente, começou, desde muito cedo, a ser contestado e a levar porrada vinda de todas as direcções, sem saber como aparar os golpes.
Menezes não deu ao PSD a imagem que o partido esperava, tendo, possivelmente, em conta o excelente trabalho que sempre desenvolveu à frente da autarquia de Gaia, e mostrou ser um líder molenga, quer no que toca à política interna quer no que toca à política de oposição ao governo.
Lembro-me que, na altura, o meu interlocutor falou de outros possíveis nomes para a liderança do PSD, como, por exemplo, Passos Coelho, ainda que considerasse este demasiadamente jovem para assumir o protagonismo e ficar à frente dos destinos laranjas.
Seis meses passados, de puro fiasco partidário, pergunto-me quem terá a coragem de agarrar num partido fragmentado, e cheio de mazelas provenientes de tanta guerrilha interna, e a habilidade política que permita, depois da tal “reflexão interna” da praxe e da serenidade de que todos tanto gostam de falar em momentos de crise, levar o PSD a ser, realmente, a alternativa credível ao governo socialista nas eleições do próximo ano.
Alvitro, na minha condição de cidadão pouco dado a politiquices (ainda que seja filiado num partido cá do burgo), que não existe, no seio do PSD, ninguém com esse perfil, porque é preciso ser-se louco, pouco responsável, pouco visionário e suficientemente suicida para se auto considerar como “carne para canhão”, para se candidatar à liderança dum partido que está, actual e infelizmente, condenado a perder as próximas eleições.
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