segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Mau tempo II

Outra prova dos maus hábitos da populaça e do burgo, em relação a estas questões de chuva, vento, raios, trovões e coriscos, está nas conversas telefónicas a que assisti no restaurante onde costumo almoçar.

Eram cerca das 12 e 45 e um senhor telefonava a quem penso ser algum colaborador na sua empresa…

Ainda está em casa?”, perguntava, volto a repetir, às 12 horas e 45 minutos.

Face à resposta afirmativa, mas aflita, do outro lado da linha, o simpático e bondoso chefe retorquiu com um “Então não saia. Fique em casa porque a loja está fechada por questões de segurança.

Talvez fosse de esperar um violento “Por uma chuvinha de cáca? Ponha-se já andar para aqui, seu badameco! Venha de carro, a pé ou de barco, mas venha mas é ajudar a limpar a merda da loja!

Pelo burgo fora, muita populaça ficou em casa, inúmeras empresas não abriram portas e, face a tal cenário, antecipo as palavras do Sr. Sócrates, logo nos telejornais, com um ar apreensivo, sério e abatido.

É um dia trágico para o nosso país.
Num dia, em meia dúzia de horas, todo o avanço económico que tem vindo a ser publicitado pelo governo foi por água abaixo.
Tudo porque o povo tem medo da chuva e prefere ficar em casa em vez de ajudar o país a progredir.


É o fim do mundo em cuecas!

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