sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Táxi, táxi!

Desde há longos anos a esta parte que os automobilistas cá do burgo são os eternos fecundados no que toca a encher os cofres do estado, entre o preço estupidamente alto dos combustíveis, o pagamento de portagens em auto estradas que passam a vida a ser objecto de obras de conservação e a ridícula, e desenfreada, caça à multa por parte das autoridades.

Com esta história dos testes de despistagem para avaliar se um cidadão conduz sobre o efeito do álcool ou de drogas, medida isenta de qualquer tipo de críticas e que considero útil e necessária, as digníssimas autoridades encontraram mais dois filões.

Por um lado, o cidadão que requeira contraprova sobre os resultados obtidos vai ter que pagar os testes de despistagem, ficando a dúvida de quantos testes vai ter que abonar.

Só a contraprova ou o teste inicial e a referida contraprova?

A contraprova ainda dá para entender, já que podemos considerar com algo facultativo que o condutor pode, ou não, requerer.

Já o teste de despistagem, se, efectivamente, também tiver que ser pago, passa a ser um verdadeiro roubo, uma vez que os kits, e toda a logística à volta dos ditos testes, são pagos à custa dos impostos da populaça.

Por outro lado, vem o segundo filão, aquele que obriga os condutores a pagar o transporte efectuado nos carros da polícia, quando querem fazer a tal da contraprova num qualquer hospital ou posto policial.

Isto, sim, já me parece uma verdadeira anormalidade, uma vez que as viaturas policiais, e respectiva manutenção, são pagas pelos contribuintes cá do burgo.

Será que, por altura duma detenção, a polícia também exige que o detido pague pelo trajecto até ao posto policial?

Ou, no caso de transporte entre uma prisão e um tribunal, ao arguido, acusado, réu ou o que lhe quiserem chamar, também lhe é exigido o pagamento do transporte?

Como cidadão, tenho todo o direito de não querer uma boleia num carro da bófia, tipo criminoso sentado no banco de trás, e posso bem pedir a alguém que me leve ao posto mais próximo, ir a pé ou chamar um táxi, que sempre deve sair mais barato do que os quase 100 euros da chamada Unidade de Contagem que serve de base para o cálculo do valor a pagar.

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