quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Noruega

Recebi um EMail, sobre a vida dos vikings, do qual passo a transcrever alguns excertos:

Na Noruega, o horário de trabalho começa cedo (às 8 horas) e acaba cedo (às 15.30).
As mães e os pais noruegueses têm uma parte significativa dos seus dias para serem pais e proporcionar aos filhos algo mais do que um serão de televisão ou videojogos.
Têm um ano de licença de maternidade e nunca ouviram falar de despedimentos por gravidez.


A riqueza que produzem nos seus trabalhos garante-lhes o maior nível salarial da Europa, que é também, desculpem-me os menos sensíveis ao argumento, o mais igualitário.
Todos descontam um IRS limpo e transparente que não é depois desbaratado em rotundas e estátuas, nem em auto-estradas (só têm 200 quilómetros dessas «alavancas de progresso»), nem em Expos e Euros.


Na Noruega, a fuga ao fisco não é uma “vantagem competitiva”.
O cruzamento de dados devassa as contas bancárias, as apólices de seguros, as propriedades móveis e imóveis e as ofertas de património a familiares que, em Portugal, país de gentes inventivas, garantem anonimato aos crimes e confundem os poucos olhos que se dedicam a combater a fraude económica.


E, já agora, os políticos.
Numa crónica inspirada, o correspondente da TSF naquele país, afiança que os ministros não se medem pelas gravatas, nem pela alta cilindrada das suas frotas.
Pelo contrário, andam de metro, e não se ofendem quando os tratam por tu.
Aqui, cada ministério faz uso de dezenas de carros topo de gama, com vidros fumados para não dar lastro às ideias de transparência dos cidadãos.
Os ministros portugueses fazem-se preceder de batedores motorizados, poluem o ambiente, dão maus exemplos e gastam a rodos o dinheiro que escasseia para assuntos verdadeiramente importantes.


Mais… Os noruegueses sabem que não se projecta o nome do país com despesismos faraónicos, bastando ser-se sensato e fazer da gestão das contas públicas um exercício de ética e responsabilidade.
Arafat e Rabin assinaram um tratado de paz em Oslo, e, que se saiba, não foi preciso desbaratarem milhões de contos para que o nome da capital norueguesa corresse mundo por uma boa causa.


Até os clubes de futebol noruegueses, que pedem meças aos seus congéneres lusos em competições internacionais, nunca precisaram de pagar aos seus jogadores 400 salários mínimos por mês para que estes joguem à bola.

Nas gélidas terras dos vikings há empresários portugueses que ali montaram negócios florescentes.
Um deles, isolado numa ilha acima do círculo polar Árctico, deixava elogios rasgados à social-democracia nórdica, ao tempo para viver e à segurança social.


Também há patos-bravos, mas para os vermos precisamos de apontar binóculos para o céu.
Não andam de jipe e óculos escuros nem clamam por Messias nem por pretendas.
Não se queixam do excessivo peso do Estado, para depois exigirem isenções e subsídios.


É tempo de aprendermos que os bárbaros somos nós e isso seria meio caminho andado para nos civilizarmos.

Ainda que seja de ter em conta que o clima, lá por aquelas bandas, deve ser agreste como o raio, será que ainda vou a tempo de aprender Norueguês e pôr-me a andar daqui para fora com a família?

Sem comentários: