terça-feira, 21 de novembro de 2006

O mundo e a democracia

Lá vem a público mais uma sondagem deveras interessante para a populaça.

Desta feita, o The Economist apresenta o trabalho “O Mundo em 2007”, onde os autores do relatório apresentam os estados mundiais classificados em quatro categorias: os plenamente democráticos, os imperfeitamente democráticos, os híbridos e os autoritários.

A título exemplificativo, Portugal aparece num estrondoso décimo nono lugar, o que lhe confere um estatuto de país com uma democracia plena. Mas resta saber, plena de quê? De merda? De mentira? De corrupção?

Caricata é a segunda classificação, a dos países com uma democracia imperfeita, onde se enquadra, por exemplo, a Itália, e que, segundo os autores do estudo, é melhor que a inexistência da dita democracia. Ou seja, não é carne nem é peixe, e antes pelo contrário, e a populaça não deve fazer a mínima ideia a quantas anda.

No grupo dos países híbridos aparecem a Nicarágua e o Iraque.
Ora, a palavra híbrido provém do grego hýbris, que quer dizer injúria ou ultraje, e é um adjectivo aplicado a qualquer coisa que vem de duas espécies diferentes (animal ou vegetal) ou que se afasta das leis naturais.
Então, que raio de coisa é um país híbrido?
Que a Nicarágua e o Iraque há muito se afastaram das leis naturais já se sabia, mas não seria melhor considerá-los ditadores e, nesse caso, inclui-los no grupo seguinte?

O último grupo é o dos países dos regimes autoritários, onde aparecem a China e Cuba. Aqui, não se põem dúvidas enquanto ao que é um país autoritário, mas fica a dúvida em relação a alguns estados que aparecem inseridos neste conjunto, como a Arábia Saudita e a Jordânia.

Em todo o caso, e tendo em conta que apenas 28 países são considerados como plenamente democráticos, os responsáveis cá do burgo devem estar plenamente satisfeitos com este resultado e até vão poder dormir mais descansados.

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