O Papa Bento XVI convocou uma cimeira dos cardeais da Cúria Romana para analisar, entre outros temas, o celibato na Igreja Católica e a readmissão de padres casados.
Este tema já não é novo na sociedade actual e, mais uma vez, deverá ser tratado como sempre foi. Bater na mesma tecla é o que está a dar.
E a tecla a que me refiro é que quando um homem decide colocar a própria vida ao serviço do próximo, sabe, perfeita e conscientemente, no que é que se está a meter.
É um “preço a pagar” ou, se quisermos, um “risco” assumido.
Muito mal comparado, admito, é como um polícia que, ao jurar fazer cumprir a lei e proteger a populaça, deve ter plena consciência que se arrisca a ver-se envolvido em situações extremas onde pode levar umas valentes porradas ou, inclusive, levar com um balázio na carola.
Alguém que decide seguir a vocação sacerdotal, sabe que terá que abdicar de determinados “luxos” inerentes à populaça e que o celibato é um desses “luxos”.
Há dois mil e tal anos, para quem acredita nestas coisas, Jesus enviou os apóstolos a anunciar a doutrina Católica pelos povos e eles lá foram, sozinhos e sem famelga atrás. Eles foram os primeiros padres e foram eles os primeiros a, conscientemente, aceitar o celibato.
Eram homens, sim senhor, e, quem sabe, se calhar também foram os primeiros a infringir a regra do celibato mas, ovelhas ranhosas existem, e sempre existiram, em todos os nichos da sociedade.
Com esta polémica, há outra questão que se coloca… Então e as freiras? Também elas, que são “obrigadas” ao voto do celibato, vão poder seguir uma vida dedicada à Igreja e casar?
Será que um dia destes ainda vamos assistir ao casamento entre padres e freiras?
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