quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Mais celibato

Ainda a propósito da história do celibato, o telejornal da noite da SIC apresentou uma entrevista com um “padre” casado.

No caso, o senhor “padre” desistiu, a determinada altura da sua vida, da vida normal de sacerdócio, suponho eu que à frente duma paróquia e a celebrar a missa diária.

Em vez disso, arranjou um emprego, casou, teve filhos, já tem netos e, entretanto, reformou-se, ficando, assim, com uma disponibilidade total para assumir um projecto, suponho eu que paroquial, que visa a melhor integração de famílias de etnia cigana.

Então, pergunto eu, onde está o “padre”?
Onde está aquele homem que, de acordo com os votos celebrados, pode dizer a missa e dar, ao comum mortal, o sacramento da comunhão?

Pura e simplesmente, não está. Quem está é um homem que continua a seguir a sua vocação de ajudar, aconselhar e ensinar o próximo, mas que desistiu de determinados votos e determinadas virtudes que o tornavam num ser “diferente” dos demais.
Vendo bem as coisas, o trabalho e a vocação actual deste homem são exactamente iguais às de tantos outros homens e mulheres que prestam serviço e assistência em determinadas comunidades e que dedicam o seu dia a dia às paróquias onde residem.

Sem comentários: