sábado, 7 de abril de 2007

A Cria faz UM ANO

A nossa filha faz hoje UM ANO.

Recuando no tempo, lembramos, agora, os saltos de contentamento do papá, quando tivemos a certeza da gravidez da mãe, e os largos minutos durante os quais nos abraçámos, felizes e com lágrimas nos olhos.

Recuando no tempo, lembramos, agora, aquela manhã aflitiva em que, já a mamã estava pronta para sair de casa, o pai se apercebeu que tinha perdido a chave do carro, e a verdadeira aventura que foi enfrentar, já com outra carripana, o trânsito do IC19, que percorremos, em jeito de gincana alucinante, até rumo a Santa Maria.

Recuando no tempo, lembramos, agora, os três dias que passámos no hospital, ansiosos pelo teu nascimento, já que, entre falsos alarmes e contracções contínuas, teimavas em não querer largar o aconchego da barriga da mamã.

Hoje, filha, lembramos a gravidez santa que deste à tua mãe, apesar das cotoveladas, dos muitos pontapés e das sessões intermináveis de soluços, as diversas visitas aos médicos, a catrefada de análises, os momentos de alegria e emoção ao ver-te durante as ecografias e todos os preparativos inerentes à tua chegada.

Hoje lembramos, sobretudo, o quanto mudaste as nossas vidas e a responsabilidade que assumimos ao ter que cuidar de ti, amar-te e educar-te, para que possas crescer saudável e feliz.

Hoje lembramos, especialmente e já com alguma saudade, a primeira vez que te agarrámos ao colo, a primeira mudança de fralda, aquela besta anacrónica que nos atendeu quando te fomos registar à conservatória, o teu primeiro sorriso, o teu primeiro banho, quer na banheira quer na praia, os teus primeiros sons e aquelas noites em que acordávamos, de duas em duas horas, para que te pudesses agarrar às maminhas da mamã, numa sofreguidão imensa.

Cresceste depressa e, quando damos por isso, estás feita uma menina bebé, a gatinhar pela casa, enquanto ensaias os primeiros passos, a agarrar em tudo o que te vem às mãos e a balbuciar as primeiras palavras, no meio do palranço que sai da tua boca já adornada com meia dúzia de dentolas.

Vivemos o dia a dia com uma sensação de dever muito bem cumprido, já que a tua interacção connosco (e com o mundo que te rodeia), o teu sorriso malandreco, o teu olhar profundo e doce e as tuas traquinices diárias são os melhores indicadores sobre a forma feliz como vives o teu mundo.
Parabéns, filhinha, por este teu primeiro aniversário, e que seja o primeiro de muitos mais, sempre recheados de tudo o que de melhor a vida te tiver para oferecer.
Nota - Também publicado no Traquina e Irrequieta

3 comentários:

Aves Raras disse...

Parabéns à pequena, e tb aos pais!

Anónimo disse...

Então parabés para os pais e claro para o rebento, e que agora todas as lágrimas que caiam sejam sempre e só de felicidade...

Bekx (JGG) disse...

Parabéns!