sexta-feira, 2 de março de 2007

Zelo policial

Ao chegar ao infantário da cria, verifiquei que o elevador eléctrico do vidro da porta do condutor persistia em não subir, o que me levou a trazer o carro para Lisboa e procurar uma oficina para arranjar a anomalia.

Como solicitado, parei a viatura em cima do passeio, à porta da oficina, à espera da minha vez para entrar e, eis senão quando, pararam duas motocas da Polícia Municipal.

“Está tudo fecundado”, pensei… “E está mesmo!”, devem ter pensado os dois polícias, a esfregarem as mãos de contentes.

Num ápice passaram cinco multas, contra-ordenações ou coimas, como lhes quiserem chamar.

De nada serviu os donos da dita oficina terem justificado que as viaturas estavam a aguardar a sua vez para serem reparadas e de nada serviu o meu apelo, baseado nos factos de que aquele não era o meu filme e que estava ali por engano.

Dizem algumas boas ou más línguas, dependendo do ponto de vista que se queira adoptar, que este excesso de zelo se deve à guerra declarada entre as forças policiais e a EMEL, e que esta é uma das formas encontradas pelos agentes da autoridade para mostrar serviço e competência.

Seja ou não verdade, a minha realidade é outra e lá tive que desembolsar 30 euros, não previstos no orçamento do mês, para pagar a porra da multa.

1 comentário:

Gonçalo Taipa Teixeira disse...

E foi uma sorte o problema ser um vidro que não sobe. se fosse um farol, por exemplo, seriam mais umas dezenas de euros desembolsados, apesar da intenção de o arranjar.