quarta-feira, 14 de março de 2007

Vou parir e já volto

O caso da bebé raptada tem feito as delícias da imprensa cá do burgo e não há jornal, televisão ou rádio que não fale no assunto.

A alegada raptora, que, pelos vistos, já confessou a autoria do feito, está em prisão preventiva e incorre numa pena que pode ir dos dois aos dez anos de cadeia.

Como já referi, não estou de acordo e acho que 10 anos atrás das grades não é suficiente para alguém que cometeu semelhante acto, deixando em desespero, durante cerca de um ano, os pais da criança.

Após os testes genéticos que provam a paternidade do casal, a cria vai ser entregue aos pais e iniciar, assim, uma nova etapa da sua vida.

Um final feliz que, pelos vistos, não significa o fim das investigações por parte da Polícia Judiciária, já que há detalhes que ainda estão por esclarecer.

Pela parte que me toca, acho muito bem que não fechem as investigações e que investiguem convenientemente o marido, companheiro ou como lhe queiram chamar, da alegada raptora.

Faz-me uma certa confusão como é que uma mulher consegue fingir uma gravidez e enganar quem a rodeia durante nove meses, sem levantar qualquer tipo de suspeita.

Faz-me, ainda, mais confusão quando começo a pensar onde é que diabo se meteu o alegado “pai” enquanto a mulher foi ”dar à luz”…

Então o gajo não se preocupou com o fim da gravidez e o rebentamento das águas?

E como explicar que a mulher tenha ido para o hospital e tenha regressado, com uma cria de três dias nos braços, sem que o gajo tivesse conhecimento?

Então o “pai” não acompanhou a mulher naqueles momentos tão íntimos e cúmplices dum casal e, por vezes, tão difíceis para uma mulher?

Companheiro, ó companheiro!”, gritou ela, “Chegou a hora! Aguenta aí uma beca que eu vou ali ao hospital parir e já volto…!

Na boa, meu amor…”, respondeu o gajo, “Se não te importas, fico em casa a ver o futebol e a beber umas cervejolas. Já agora… Deixas aí alguma coisa para jantar?

Passados dois dias, no caso de parto natural, a dita cuja volta a casa com uma criança nos braços e é a alegria da família…

’Tás a ver, ó companheiro? Não é linda, a nossa filha?

Desculpem lá, mas há qualquer coisa que, definitivamente, não bate certo.

Sem comentários: