quarta-feira, 23 de maio de 2007

O futuro do Multibanco

Já para o ano que vem, vai entrar em vigor no espaço da União Europeia um sistema único de pagamentos que obriga todos os sistemas bancários a adaptarem-se a uma série de requisitos.

O presidente da SIBS, que gere a rede Multibanco cá do burgo, já veio dizer que a
populaça não vai ganhar nada com o negócio.

O homem tem razão, mas deveria ter acrescentado que os portugueses, além de não ganharem nada com a jogada, ainda vão é ficar a perder, já que operações, que se tornaram banais para quem utiliza os cartõezinhos magnéticos, como levantar dinheiro, fazer consultas aos saldos e movimentos e pagar contas vão passar a ser taxadas.

Tendo em conta que, noutros países, o cidadão paga, em média, um euro e trinta cêntimos por cada levantamento efectuado numa caixa Multibanco, se a coisa for para a frente cá no burgo duas coisas poderão vir a acontecer.

Quem tiver pachorra, e tempo para queimar, poderá sempre dirigir-se aos balcões das diversas instituições bancárias para levantar dez ou vinte euros, não sendo aconselhável levantamentos de maiores importâncias por questões de (in)segurança.

Outra parte da populaça haverá que, estando-se nas tintas para os bancos, vão querer voltar a receber o ordenado através de cheque, de modo a descontá-lo num balcão e poder voltar ao sistema de guardar o pecúlio debaixo do colchão.

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