quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Tornados

Nos últimos tempos, o pequeno burgo tem sido atingido por fenómenos naturais de origem ventosa que têm sido denominados como mini-tornados.

Um tornado é, nada mais, nada menos, que um remoinho de vento, extremamente intenso, que se forma durante certas tempestades, e cujo início tem origem numa interacção entre fortes massas de ar ascendentes e descendentes, e com diferentes pressões e temperaturas, na atmosfera.

A medição da intensidade dos tornados é feita através da denominada Escala Fujita, que tem sido a utilizada pelos peritos na matéria desde 1971.

F0 – Ventos entre os 65 e os 115 quilómetros por hora que causam danos ligeiros
F1 – Ventos entre os 115 e os 180 quilómetros por hora que causam danos moderados
F2 – Ventos entre os 180 e os 250 quilómetros por hora que causam danos fortes
F3 – Ventos entre os 250 e os 330 quilómetros por hora que causam danos severos
F4 – Ventos entre os 330 e os 420 quilómetros por hora que causam danos devastadores
F5 – Ventos entre os 420 e os 530 quilómetros por hora que causam danos incríveis

Cá no burgo, tal como no resto da Europa, os tornados são fenómenos de micro escala, ou seja, extremamente localizados e pouco fortes o que reduz, substancialmente, a possibilidade de serem observados ou registados numa qualquer estação meteorológica.

Existe, no entanto, uma base de dados que dá conta de 42 tornados registados entre 1936 e 2004, tendo o mais grave, um F3, ocorrido em Castelo Branco em 6 de Novembro de 1954.

Ora, precisamente ontem, terça-feira, registou-se um destes fenómenos na zona de Portimão, ao qual se tem dado o nome – se calhar erradamente – de mini tornados.

Erradamente, digo eu, porque um fenómeno ventoso que levanta telhados, derruba árvores e postes de electricidade, pode, se tiver as caracterísrticas necessárias, ser classificado como um tornado F0 ou F1.

Já em dias anteriores tinham sido registados outros fenómenos semelhantes em zonas do território nacional dão díspares como Nisa, Ovar e Aveiro.

Ou seja, parece que o pequeno burgo se está a tornar num local privilegiado para este tipo de ocorrência, o que pode, por um lado, ser benéfico, uma vez que pode levar daqui para fora toda a merda existente, e, por outro lado, um perfeito desastre, uma vez que o território é de tal forma pequeno que um F5 nos pode pôr fora de órbita terrestre.

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