sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Previsões

Sempre defendi que esta coisa de comparar o burgo ao resto da Europa, especialmente no que toca à economia e quando se ouve certas vozes a dizerem que Portugal está a recuperar, ao contrário de outros países, tem muito que se lhe diga.

Um dos argumentos que continuo a defender é que não é possível fazer comparações, uma vez que quando a bosta do euro apareceu no mercado nacional já a nossa economia estava, quando comparada com outros países, muito abaixo da média.

Assim sendo, digo eu, Espanha, França ou Alemanha podem estar a passar por uma enorme crise mas a verdade é que o nível de vida das populaças residentes eram, são e vão continuar a ser superiores ao nível de vida da populaça cá do burgo.

Acho que não é nenhum disparate e até é fácil de compreender esta realidade, em vez de andar, por aí, a atirar com areia para os olhos do comum cidadão.

Ora, finalmente, aparece um crânio que traz credibilidade às palavras deste Vosso modesto interlocutor.

A revista Sábado publica uma interessante entrevista com George Friedman, fundador da Stratfor, empresa de informação e análise geopolítica, onde este perito aborda, em jeito de previsões, uma série de pontos que deverão ser fulcrais num futuro nada longínquo.

Diz o homem que a China vai acabar por fragmentar-se dentro de qualquer coisa como dez anos; a Terceira Guerra Mundial será dentro de quarenta anos, envolvendo países como os Estados Unidos, a Polónia, a Turquia e o Japão; e o aquecimento global do planeta, que, segundo nos é dado a entender, tanto preocupa os actuais governantes por esse mundo fora, vai deixar de ser um problema, uma vez que a populaça mundial vai diminuir.

Considerações destas aparte, e abordando o tema União Europeia, Friedman diz, claramente, que “faz pouco sentido Portugal e a Alemanha terem a mesma moeda, o mesmo banco central e a mesma estrutura administrativa” e que duvida que a moeda única exista daqui a uma geração.

Se estas previsões se confirmarem, chegaremos à conclusão que, afinal de contas, os ingleses é que tinham razão quando aderiram ao que é hoje a União Europeia, ao fazer finca-pé e manter a libra como moeda nacional…

Volta velho escudo. Estás perdoado.

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