segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

A língua cá do burgo

Um político, que estava em plena campanha eleitoral, chegou a uma pequena cidade, subiu para o palanque e começou a discursar:

Compatriotas, companheiros, amigos!
Encontramo-nos aqui, convocados, reunidos ou juntos para debater, tratar ou discutir um tópico, tema ou assunto, o qual me parece transcendente, importante ou de vida ou morte.
O tópico, tema ou assunto que hoje nos convoca, reúne ou junta é a minha postulação, aspiração ou candidatura a Presidente da Câmara deste Município.


De repente, uma pessoa do público pergunta:

Só uma questão, senhor candidato, porque é que o senhor utiliza sempre três palavras, para dizer a mesma coisa?

O candidato respondeu:

Repare, meu caro senhor: a primeira palavra é para pessoas com nível cultural muito alto, como intelectuais em geral;
A segunda é para pessoas com um nível cultural médio, como o senhor e a maioria dos que estão aqui;
A terceira palavra é para pessoas que têm um nível cultural muito baixo, pelo chão, digamos, como aquele alcoólico, ali deitado na esquina.


De imediato, o alcoólico levanta-se a cambalear e diz:

Senhor postulante, aspirante ou candidato: (hic) o facto, circunstância ou razão pela qual me encontro num estado etílico, alcoolizado ou pifado (hic), não implica, significa, ou quer dizer que o meu nível (hic) cultural seja ínfimo, baixo ou mesmo rasca (hic).
E com todo a reverência, estima ou respeito que o senhor me merece (hic), pode ir agrupando, reunindo ou juntando (hic) os seus haveres, coisas ou tarecos (hic) e encaminhar-se, dirigir-se ou ir direitinho (hic) à leviana da sua progenitora, à mundana da sua mãe biológica ou à puta que o pariu!

Sem comentários: