quinta-feira, 21 de maio de 2009

Alguém esperava o contrário?

Há notícias que pecam pela falta de originalidade.

No caso das finanças cá do burgo, as notícias deixaram de ser notícia a partir do momento em que a populaça passou a saber o que a casa gasta e a inflexibilidade do governo do Sr. Sócrates.

A prioridade é a consolidação orçamental – mesmo que para tal se gastem uns largos milhões em merdas como o TGV – e a remota possibilidade de brindar a populaça com uma redução de impostos, face à teimosia desmedida e incompreensível do governo, é algo com que só mesmo os mais otários ainda se atrevem a sonhar.

O ministro diz que “no actual contexto de incerteza, qualquer redução de imposto tendia a aumentar a poupança e não a despesa em bens e serviços” e que “devemos ter presente que esta crise cria desafios adicionais para a sustentabilidade financeira a longo prazo.

Que se fecunde essa treta do longo prazo, senhor ministro, porque a populaça está à rasca para aguentar o presente que tem que ser vivido, com muita dificuldade, dia a dia.

Poupança, senhor ministro, é uma ideia lírica e demagoga, porque há muito boa gente que chega ao fim do mês com necessidade de recorrer ao cartão de crédito para ter dinheiro vivo e poder proporcionar alimentação e saúde à família que tem para sustentar.

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